Aprendi uma frase esta semana. Namu Amida Butsu. Repetí-la é criar uma ligação entre o ser e o existir. Ou não. Estou tomado pela idéia de que algo novo, inovador e belo está por vir. Pode ser uma música ou um quadro em uma exposição. Assim tem sido os novos shows do Maskavo. Para as pessoas mais atenciosas existe um tecladista no show novo. Por que?
A necessidade de mudar foi grande. Uma vez uma fã insistiu em dizer que fazíamos playback não tendo consciência de que usávamos um equipamento eletrônico para samplear e sequencear sons e ritmos com o que tocávamos. Mas o tempo passou e hoje estamos mais obstinados em melhorar tecnicamente o show. Um elemento humano a mais é instigante. É uma alma completa que vai explorar nossas canções e colocar algo pessoal, um tempero diferente, no arroz e no feijão. Eu aceito isso com muita fé e tudo está melhor desde tal decisão.
Namu amida butsu. Em Caçapava temos um público bastante fiel, caloroso e atencioso. Sempre me sinto bem ao saber que vamos tocar lá. Inclusive revemos amigos. É muito bom. Estava muito calor também. Aconteceu algo inusitado que eu gostaria de refletir sobre. Um rapaz aparentemente dopado ficava avacalhando a paz de todos a sua volta. Rodava a camisa, esbarrava em quem podia e agitava mais do que era necessário. Poxa, do palco não há o que fazer. Dá vontade de falar, mas a música é a melhor linguagem. Pena que afetou aquele cara de uma maneira muito estranha, a música, a festa e as luzes. Namu amida butsu pra ele também.