Faz tempo que eu não tenho tempo para expor tudo aquilo que tenho observado. Ou seja, estou como a cachoeira da fumaça duas vezes por ano. Resolvi abrir um pouco a torneira da minha mente, desanuviando um rio de emoções que se afloraram com o nascimento do meu filho. Seu olhar quase não se fixa ao meu. Tudo para ele é novidade inclusive eu. Mas minha voz ele conhece, sabe que é a voz do conforto, de um homem que beija, beija e faz prrrrrrrrrrr na barriga dele, beija os pezinhos. Daí, depois de tanto beijo, um carinho apertado para que ele arrote. Fico criando melodias durante este tempo, uma letra pra ele, quem sabe um tema musical. Esta noite sofri pois estive cantarolando uma excelente melodia abraçado com minha mulher e filho. ´Nem me atrevi a decorar, deixar de dormir com eles, para fazer a música. Sei que ela, a melodia noturna, está comigo e se escondeu-se, aparecerá!
Fui tocado por uma maliciosa vontade de vencer. É necessário o carinho para que tudo isso, viver, não seja em vão. Escrevo velozmente e feroz porque não posso ficar. Meu filho só tem olhos pra ele. E eu também. Silêncio.
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