sexta-feira, setembro 22, 2006

Aurora

Sabe-se lá porque o dia é dia e se chama dia. Pois a noite denota o escuro, o sombrio, mas se fosse dia desde sempre, desde antes do saber seria dia a noite e a noite poderia ser qualquer outra coisa. O sol despeja seu brilho, múltiplas linguas saboreando o vácuo e a imensidão do que se chama Espaço, outra grandeza esquecida e perdida na geometria das embalagens. O sol emana energia tamanha, sua explosão tão sem atrito fustigando os átomos macrocósmicos e os planetas, as divisões das órbitas e as estrelas, que irradia em cada poeira gigante uma característica intrínseca ao calor, ao fogo, ao agente transformador e que na Terra fez vapor, depois unicélulas, pluricélulas e depois, ao que tudo indica, deu-se à vida o primeiro sabor dela mesma. Bom dia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário