terça-feira, setembro 26, 2006

O que é melhor para crer?

Não me acostumo com a idéia de morrer que tem os gringos. Eles se matam por qualquer coisa, desejam morrer o tempo todo. Tem a máquina imperialista toda a seu dispôr, dólares que os levam para todos os cantos deste planeta, os levam para dar uma voltinha no espaço, os mais ricos e afortunados capitalistas, mas mesmo assim eles querem morrer! Fico feliz, mas muito feliz mesmo em ser brasileiro. Um tipo mestiço que tem uma genética privilegiada: a força, o sangue, a ciência. Procurei fazer uma pesquisa sobre mestiços pelo mundo todo e encontrei ontem um artigo francês que iluminava um assunto deveras crítico na razão humana: a discriminação racial na Rússia. Sabe-se que Stálin foi um executor mais cruel que Hitler e um perseguidor de minorias implacável escondido nas entranhas de ferro e fogo que esculpiram um gólem feioso, deformação total do que seria um ideal socialista, enfim criou uma utopia do medo. Hoje em dia o neonazismo surge do inferno sob a forma de ódio pelos mestiços, pelo estrangeiro, pelo diferente. Sempre a humanidade temeu a diferença. A globalização é a única resposta para a massificação total de tudo, do modo de vestir, falar, dos conteúdos dos livros, dos filmes mais famosos, dos tablóides ou do mais simples CLIP. O mundo odeia diferenças ou coisas diferentes. Pois bem. Sempre acreditei, aprendi na escola que ser caucasiano era ser branco, um sinônimo de descendência européia do norte, polonesa, russa, finlandesa, búlgara. Nada de francesa ou grega. O caucasiano é um tipo bárbaro dos tempos antes de Roma, do império latino, um fronteiriço da Ásia central e das divisas montanhosas da Europa oriental. O caucasiano é um mestiço hoje em dia, mestiço de todas as guerras que acontecem por lá desde os gregos e hoje são os perseguidos dos neonazistas. O caucasiano não é o branco que eu imaginava. É mestiço como NÓS TODOS BRASILEIROS! Fiquei aliviado com a notícia e dez vezes mais perplexo ainda com o conteúdo do artigo. Somos uns mestiços perseguidos por uma minoria, a maior minoria que existe na minha opinião. Uma minoria de gente que acha que não está sujeita à genética do sexo. Acha e de achismo estamos todos de saco cheio!
O gringo tem medo de morrer porque aterrorizou indiretamente tantos povos, tantas energias, tantas famílias, tantos lares e sociedades que está intrinsicamente ligado a tudo isso, à toda destruição promovida pela minoria capitalista escondida em códigos cifrados das bolsas de valores, das desinformações sobre isso ou petróleo ou aquilo pra que os mestiços, sim, não se unam, não enxerguem além do que está sendo a poeira de nossos globos oculares. O gringo acha que nós mataremos eles. Seja pela briga ou pela dominação do êxodo urbano mundial, pela acirrada disputa pelo trabalho mais tosco e vil que se possa fazer. O gringo enxerga a viedade, a maldade nas coisas e duvida de si e da bondade das empresas e das propagandas. Talvez por isso tema tanto o terrorismo. Aqui no Brasil o terrorismo vem de fora pra dentro. Temos medo é de ficar sem ter o que comemorar porque alegria de pobre é cachaça, festa, esquecimento. Mas é daí que saem os melhores poemas, as melhores melodias, os encontros mais inesperados... e você sentado aí querendo ser gringo ou caucasiano deve estar pensando "me fodi!". Pois é, você se fodeu! Você é mais um perseguido na Rússia e na casa do caralho, mas é feliz no Brasil. Viva a diferença. Viva o medo de morrer. VIVA!
Acho que o dólar da vontade de morrer.

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