Não basta ser a novidade do momento ou ver a novidade na vitrine. É preciso um senso renovador revolucionário para dar passos pra frente e outros tantos pro lado. A arte não tem se renovado tão rápido como os meios de informação e comunicação. Ouvintes, apreciadores estão confusos demais com a livre demanda de tudo. A vida já não se tornou uma livre demanda pelo tempo em si? Tempo e temo pelo tempo que se perde indo de um lugar ao outro fazer sempre a mesma coisa. A mesma merda de coisa toda vez que se sai de casa.
Todos os dias tenho o hábito, assim como o Zé Pessoa, de ouvir música em caixas de som com falantes de 12'' ou maiores. Tenho o hábito de ouvir vinis e músicas conectadas ao meu myspace porque todos os dias tem música lá de graça de artistas de todo o mundo e, sério, tem muitas novidades. AGORA mesmo estou ouvindo uma artista canadense de nome Feist. A música que toca no som tem ao fundo sons de passarinhos... isso me lembra a mim mesmo porque eu tenho diversas gravações caseiras com meu irmão e com amigos tocando com os afinados piares de Durval, nosso canário azul. O próprio foi deste mundo para o dos mortos pela música que produzíramos em um ensaio em 1996. E está aí Feist homenageando pessoas como eu, simples personalidades do cotidiano que são meros eus dos entes queridos que agregamos ao nosso mundo durante o ciclo da vida.
Próxima canção:
vou repetir a segunda canção, so sorry, porque o hábito de me repetir repetindo repetições é o que me dá a sensação de bem-estar comigo mesmo. Eu mando em mim. Eu vou e volto quando quero, com meus pensamentos, com minhas promessas e com minhas canções e audições. E, deveras sortudo, o ser humano comum mais acerta do que erra em suas decisões. Acho isso de um fatalismo maravilhoso que se esconde na poeira das lentes e retinas dos gases que saem dos escapamentos dos carros, vejo vida quando um desconhecido canta como louco atrás de seu volante, fechado em seus vidros, canta feito a puta que o pariu!!! Felicidade é, as vezes, um sintoma da loucura.
Silêncio.
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