terça-feira, julho 17, 2007

Excelente brasileiro - excelente profissional

Os panamericanos jogos estão sendo uma bela demonstração de falta de brio dos atletas brasileiros nas modalidades mais exaltadas pelos meios de comunicação. As ginastas estão todas bichadas e com muitos problemas psicológicos, principalmente em se tratando de estima própria e capacidade de reação aos revezes inerentes às competições deste nível.
O problema de estima do qual sofre o povo brasileiro é dos mais irracionais e não tendo uma explicação lógica só pode ser interpretado como uma característica emocional associada à fraqueza de todo os sistema social do Brasil. Quando um(a) atleta chora antes de fazer sua rotina, assim como foi o caso de Jade Barbosa nas barras paralelas, estando em primeiro lugar e com a responsabilidade de fazer o mínimo para ser medalha de ouro, quando ela chora e simplesmente sucumbe ao medo, isso me causa enjôos, dor de estômago, dor de cabeça. Me dá uma tremenda raiva. Ela chorou porque sabia que não iria ser bem sucedida. Ninguém tem que dizer pra ela "sorria, força" isso já deveria estar lá, o sentimento de vitória plantado no coração pra sempre e sempre e sempre.
Aliás, todos os atletas do Brasil são como jogadores de futebol, salvo excessões como Robert Scheidt, a seleção de vôlei do BRasil. Todos tem o mesmo discurso de perdedor que caracteriza o mundo moderno: eu fiz o melhor que pude. Fez nada. O melhor é competir e sair de cabeça erguida porque faz parte da vida ganhar ou perder e ninguém, nem mesmo eu, tem nada a ver com isso.
Ontem meu amigo ligou aqui em casa para pegar um baixo emprestado. Meu irmão respondeu: te empresto o baixo e o tocador de baixo. Fui na casa dele, peguei meus fenders e meu steinberger, ouvi 3 faixas inéditas cruas, rasculhos de belas melodias e fiz o meu melhor. E foi o melhor mesmo! O que era 9 virou 10! Depois de 3 horas e 3 músicas arranjadas, tocadas e gravadas, o dono das canções me deu vários abraços de felicidade. Nem ele imaginava que eu seria o Robert Scheidt naquela hora. Eu fiz o melhor. Eu sempre busco fazer o melhor e isso me faz melhor. Um brasileiro melhor. E eu não tenho problemas de estima ou sou fraco psicologicamente porque fui preparado pra vencer e perder e ser grato. Obrigado, pai e mãe. Obrigado meus irmãos, mulher e filho. Vocês me fazem mais forte e mais fiel ao que eu chamo de excelência.

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