terça-feira, outubro 23, 2007

não vencerão jamais!

É mais fácil não dizer o por que da ausência
afinal, é preciso descansar até das próprias idéias
abrir mão de ser assíduo
acredito plenamente no ócio
sei que as vezes é preciso sair do primeiro plano
ir para o segundo plano ou talvez para o plano do obsevador
eu deixei de sonhar
mas sempre tenho em mente à capacidade
a mesma linha
a mesma visão
abandonei meu amigo Dani, ele compreenderá?
eu nada direi ao meu pai, estou estudando
está sendo como um parto doloroso
oxitocina
mas daqui hoje, agora, daqui a pouco estarei
pleno
adaptado
seguro
Seguro meu filho no colo
já não sei mais quanto tempo aguentarei seu peso
por enquanto
eternamente
em meu mais íntimo desejo
arde em mim amor demais
estou aqui tão esfarrapado
mas até pra pano velho existe um balde de tesão
café
cachimbo
discovery kids não é tão ruim
é repetitivo
assim como os sinais, os semáforos
insistindo no erro de nos controlar
ah, hoje eu furei uns 4 deles
sem meu filho dentro do carro, é claro
não quero ser um mal exemplo
ainda
bem
que
tenho a coragem de me dirigir a mim mesmo
e tenho coragem de admitir
em silêncio
que hoje está muito melhor do que ontem
e que eu preciso mudar pra melhor
o meu defeito
é não saber mais contar a mesma lorota a mim mesmo
não me convenço mais
é trabalho, trabalho, trabalho
eu faço o que gosto
e eu sei o quanto isso é azedo
o féu é meu breu
coragem
não sucumbi a nenhum vício
apenas sobrevivi aos malefícios
do materialismo hipermoderno
sou antiquado
preciso de terapia
mas não consigo limpar o lodo do meu próprio ralo
sou de cobre ao olho do insolente
sou mais do que qualquer velório
assim como todos os vivos
ai daqueles que sofrem
ai das crianças
escrevi uma canção de protesto sobre elas, inclusive
e outras tantas que ainda serão publicadas e cantadas
ai, quando esse dia virá?
eu trabalho, trabalho, trabalho
e isso também acontecerá
por fruto do trabalho
do amor
e da vontade
somos juntos a mesma metade
Axé, à benção meu orixá, saldações!

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