domingo, agosto 31, 2008

completando o álbum

em Maringá ouvi da voz de um jovem como eu as seguintes palavras: eu leio o que você escreve. Por dois instantes eu refleti sobre esse cumprimento, lembro de olhar no olho do cara e de não conseguir expressar rapidamente o que eu queria. Se eu sorri, foi de felicidade. Entrei no camarim me sentindo responsável por essa horta intelectual aqui, me dei ao luxo de brindar o sucesso que é fazer elos virtuais através da escrita e até esperei que o rapaz fosse no camarim para batermos um papo. Hoje recebi o mail do Oscar, outro parceiro de leituras, para combinarmos uma forma de eu receber seu livro. legal, vamos sim! Vou responder seu mail depois.
Me vejo aqui como quando criança completando álbuns de figurinhas no bafo, forma popular de troca de figurinhas na minha infãncia, e colecionando aventuras nas imagens dessas figurinhas. Outro dia encontrei o único livro de poesias que finalizei e me detive por alguns instantes avaliando minha pessoa, aquele Bruno que escreveu aquelas poesias com 17 anos, e me senti aliviado. Com 17 anos eu não era nem metade do que eu sou hoje. Pudera tanto, nada de genial reside em meus poros.
Se alguma pessoa me vir passando pelo aeroporto não deixará de notar que eu estou sempre carregando algum equipamento antigo de gravação ou instrumento musical. Confesso que carrego pouca bagagem, me faço de mochileiro mesmo para liberar espaço para trazer de volta tantas tralhas que meus anos de nomadismo dinâmico me permitiram dispersar. Hoje me senti feliz em, finalmente, instalar aqui no Micasa, Sucasa a câmara de eco da minha mãe, equipamento famoso nos anos 80 na rádio Globo e que temos disponível desde 2005. Só agora ele volta de sua volta ao mundo em 3 anos, esse Korg Stage Echo. Preciso de cabos, muitos e novos cabos para tantas conexões novas. Para quem curte eletrônica isso aqui é um parquinho: gangorra, balanço e gira-gira.
A hora em que a porta se abriu e meu filho me viu foi emocionante. Eita sorriso mais lindo do mundo, papai!

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