quarta-feira, abril 22, 2009
se me perguntarem, eu digo
já tinha embarcado no avião e estava devidamente acomodado na cadeira 11C, uma daquelas que não reclina, e tirava meu tênis quando ouça a pessoa da poltrona 11A reclamar: que frio dentro deste avião! A pequena mulher levantou seu dedo, apertou o botão de serviço de bordo e esperou a aeromoça que disse: senhora, talvez porque estejas perto da janela que a sensação de frio seja maior, quer mudar de assento? Não, eu sou friorenta, disse a pequena mulher. Eu, que não sou muito de falar, mas de fazer, levantei daquela semi confortável postura e procurei meu casaco para emprestar para a pequena mulher. Pronto, com aquela gentileza os problemas tinham acabado. O avião demorava para taxiar devido ao tráfego intenso de aviões naquele horário; esperamos 20 minutos dentro daquele tubo de aço e então rumamos para casa. A simpática pequena mulher contou bastante histórias dela com sua família, confessou ter um filho com um músico e que ela era muito trabalhadora para poder custear as coisas dos 4 filhos que tem. Eu ouvi bastante, discordei dela umas 3 vezes sobre temas cotidianos, coisas de como criar filhos, estimular a inteligência e música, é claro. O vôo foi suave e a pequena mulher desembarcou ainda me convidando para tomar café em sua botique. Londres, Nova Iorque, São Paulo, Brasília, ela falando de viagens e de trabalho e eu pensando no meu filho, na minha cama e nas minhas responsabilidades do dia posterior trajando a camisa do Corinthians. E lêlê.
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