segunda-feira, junho 08, 2009

s e m e p e r g u n t a r e m, e u d i g o

desenvolvi nos últimos três anos uma capacidade de organização do tempo da qual estou me sentindo escravo e a causa deste pensamento libertador é saber que não tenho muita função no mundo quando fico longe da rotina do meu filho. Toda a minha agenda profissional é uma brecha dentro do que é a minha agenda pessoal e dentro desta pessoalidade existe o fato de eu valorizar a paternidade e tentar corresponder as necessidades deste novo ser e dos estímulos e limites que ele precisa ter e que precisam ser expostos de maneira natural, com todo o amor que a autoridade paterna exige e com toda a força que a educação permite. Daí estou eu aqui, em Brasília, no inverso daquilo que quase toda semana acontece, eu em casa e meu filho passeando com a mãe pelo país, fico desolado. Não sou sortudo e nem azarado. Mas sinto que é o tempo que eu organizei para cuidar tanto dessa rotina saudável que está em jogo e eu estou aqui sem ter o que fazer e sem como falar com ele, ouvir a vozinha fina de criança é muito bom, e estar com o senso alerta 200% sabendo que, daqui do meu assento, não posso e não tenho muito o que fazer. Saudade é foda.

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