A Anistia Internacional (AI) alertou nesta quarta-feira para o grave risco que a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, 42, acusada de adultério, corre de ser executada no Irã.
A mulher foi considerada culpada por ter mantido "relações ilícitas" com dois homens no ano 2006 e desde A AI lembrou hoje, em um comunicado, que a iraniana perdeu sua principal defesa após a saída do Irã de seu advogado, Mohammad Mostafaei.
Para a organização dos direitos humanos, embora em 4 de agosto a condenação à morte de Ashtiani tenha então permaneceu em prisão na cidade de Tabriz.
começado a ser revisada no Tribunal Supremo iraniano, tal revisão poderia tratar-se de uma tentativa das autoridades do Irã para reduzir a pressão internacional.
O grupo ressaltou que enquanto não existir uma declaração expressa da magistratura iraniana anulando a condenação por apedrejamento, Ashtiani "poderá ser morta a qualquer momento".
Por isso, a AI continua recolhendo assinaturas no site para pedir que a execução não ocorra.
EUA
Ontem, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, expressou a preocupação dos Estados Unidos com a situação dos cidadãos que enfrentam risco de execuções "iminentes" no Irã, e pediu que o país não as realize.
"Estamos preocupados com o destino dos condenados à morte depois das eleições de junho de 2009. Os Estados Unidos urgem o governo iraniano a deter estas execuções, em concordância com sua obrigações às convenções internacionais", diz a nota da secretária.
"Os EUA continuarão a defender as pessoas no mundo todo que buscam exercer seu direito universal de se expressar e de defender as liberdades individuais", acrescenta a nota.
ASILO NO BRASIL
Na segunda-feira (9) o embaixador do Brasil em Teerã, Antonio Salgado, se reuniu com o governo local para apresentar aos canais oficiais, formalmente, a oferta de asilo à iraniana.
Mãe de dois filhos, Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada em maio de 2006 a receber 99 chibatadas por ter um "relacionamento ilícito" com um homem acusado de assassinar o marido dela. Sua defesa diz que Sakineh era agredida pelo marido e não vivia como uma mulher casada havia dois anos, quando houve o homicídio.
Mesmo assim, Sakineh foi, paralelamente à primeira ação, julgada e condenada por adultério. Ela chegou a recorrer da sentença, mas um conselho de juízes a ratificou, ainda que em votação apertada --3 votos a 2.
Assassinato, estupro, adultério, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são crimes passíveis de pena de morte pela lei sharia do Irã, em vigor desde a revolução islâmica de 1979.
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