Um dos maiores cineastas em atividade, o alemão Werner Herzog, 68, esteve ontem (16) na sede da Folha, em São Paulo. Ele está no Brasil para participar do 3º Congresso Internacional de Jornalismo Cultural e para abrir um ciclo com sua produção documental.
Em uma conversa com jornalistas, realizada no auditório da Folha, o diretor alemão falou de Bin Laden, suas novas produções e sobre pirataria de filmes, como mostra o vídeo acima.
Ao comentar sobre um de seus longas, "O Homem Urso", Herzog explica que, em uma das cenas --o ataque do urso [ao final do documentário, Timothy Treadwell, o protagonista, é devorado pelos animais que defendia], a câmera estava ligada, mas com a tampa sobre a lente.
"Escutei a fita uma única vez, e não consegui chegar ao fim. Falei para quem estava comigo: 'Isso só vai ser ouvido pelo público sobre o meu cadáver.'"
Já sobre Osama Bin Laden, Herzog afirma que o presidente norte-americano Barack Obama foi inteligente em não divulgar as imagens do terrorista após sua morte, como se fosse um troféu.
"Ele quis dizer que não estamos na cultura dos troféus; que não somos caçadores. Achei prudente e admirável --assim como, no 11 de Setembro, não foram divulgadas imagens dos mortos. E a razão é a mesma: uma convenção silenciosa entre humanos que diz que não se deve violar a dignidade da morte."
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