domingo, setembro 11, 2005
Existe ordem na desordem - trucidando
SInto muito por não estar em minha própria casa. Nada tem compensado a distância de casa. E flagrado por não sorrir me peguei ainda tentando fechar os olhos e vendo meu futuro ardente tão atrelado ao vai-e-vêm das viagens de ônibus em uma espiral de solidão, silêncio e pura paciência que chorar quieto ouvindo Velvet Underground infinito no fone de ouvido era a solução. Apenas uma lágrima me separa da paternidade do átomo e do leite materno e mesmo com tanta coisa para pensar e resolver, o trabalho cada dia mais opressor e a nebulosidade do mercado cdmatográfico talvez não tenha me feito entender. Pura dor no meu coração. Quando eu ouço uma asneira eu me sinto pior ainda. Fui contemplado com a imagem de um tristonho cachorro ao sair do aeroporto. Um daqueles cachorros feios e abandonados, despelados e sarnentos das ruas. Está tudo errado na cabeça daquele animal como uma febre veraneira ou ressaca das brabas enquanto justiça, justiça, nada de justiça para os desmemorizados pelo excesso de uso do celular nos aeroportos, clones urbanos. Números. Hoje eu me senti um número.