domingo, agosto 24, 2008

Faíscas de Ouro

As histórias dos anos 50,60 e 70 da Vila Pompéia que aprendo toda vez que pouso na esquina da Barão do Bananal com a Padre Chico, no bar do Joaquim e do Genival, são ótimas. Você aprende com senhores improváveis sobre as festinhas, as brigas, quem era quem nessa região, e depois ainda pode ter o prazer de comer um sushi ao lado do Luis Carlini, o homem que compôs e tocou o solo mais bonito já gravado neste país em Ovelha Negra, e descobrir que o Cebolinha não era mero personagem do Maurício de Souza e, sim, o cara mais temido da Pompéia nos anos 70. Esse cara tomou 3 tiros de um cara que ele matou com apenas uma bala. As cicatrizes mostram...
de acordo com o Tivelli, a Pompéia é a Liverpool do Brasil. Daqui surgiram as bandas mais importantes de São Paulo Tutti Frutti, Os Mutantes, Made in Brasil, e meus companheiros de copo afirmam que eles ensaiavam, Sérgio, Rita e Arnaldo, lá perto do São Camilo, ou seja, do lado da rua em que eu morei durante 5 anos; a Rita era da Vila Mariana e os irmãos viviam na Venâncio Aires. Eu já fui à frente da casa deles: azul de fachada desgastada, portão de ferro enferrujado.
Mas o grande orgulho da Pompéia entre os meus amigos de bar era o time de futebol da superliga Faíscas de Ouro, que anos depois se tornou a escola de samba da Vila Pompéia, Rosas de Ouro...
tantas histórias, tantas putarias, acabou, acabou acabou
fui dormir e não vi o Brasil ganhar a prata no vôlei

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