terça-feira, março 03, 2009

dois sonhos

Muitas vezes brinquei de interpretar os sonhos de maneira freudiana capturando os símbolos mais evidentes dos sonhos, meus e dos outros. Mas nunca ganhei no jogo do bicho porque sonhei com cobra ou coisa parecida.
Noite passada tive dois sonhos simultâneos muito intensos. O primeiro começou em uma reunião em uma casa de dois andares onde parecia haver algo como uma festa. Eu estava nessa festa meio de bobo porque só conhecia uma pessoa, uma mulher, e ela estava muito ocupada em deixar tudo ok para todo mundo presente. A casa era velha, estreita, me lembra agora aqueles sobrados que existem no Jaguaré, SP, ou em Sobradinho, DF, com escadas de madeira escura, a cozinha bem no começo da casa e tinha apenas um banheiro. Num determinado momento da noite tudo ficou escuro, não era falta de luz elétrica, mas a minha visão do sonho escureceu. Então começou a surrealidade. Um tipo de pânico velado tomou conta do sonho, não haviam mais as vozes e o sentimento de festa. Ficou mórbido. Quando eu percebi, essa mulher conhecida estava matando as pessoas e, no final, tentou me matar. Eu escapuli maestralmente pelo telhado das casas vizinhas e escapei dos tiros que ela tentou me dar.
Depois eu apareci em um porto cheio de barcos e estava saindo de um deles rumo a alguma choupana à beira-mar ou local com mata abundante, muitas pessoas desconhecidas iam comigo nessa empreitada e paramos para bater papo ou beber água em algum momento. Nesse sonho estava tudo calmo, as conversas eram longas e eu estava acompanhado de uma gata com olhos verdes puxados. Uma hora eu fui buscar algo e quando voltei as amigas dela tinham todas ficado com a cara dela, da gata, e eu não sabia mais qual beijar. Me ajoelhei diante de todas elas, mas nos detalhes, ninguém era aquela gata de olho verde puxado... fiquei confuso, por que? por que? Ela sumiu então eu vou embora. Eu fui com o resto da tripulação. Quando chegamos nos barcos o vento ficou maluco e começou a empurrar as embarcações umas contra as outras, eu lembro de estar perto de um barco muito grande na altura das ondas, altas ondas, e elas empurravam eu e mais um monte de gente para o fundo do mar ou contra as madeiras estraçalhadas. Não tinha escapatória daquilo. Um a um, as pessoas iam se afogando e eu só estava esperando a minha vez. Peguei meu celular ainda intacto e gravei um filme para meu filho no meio daquele tumulto, filho, papai não sabe o que está acontecendo, te ama demais, não sabe se vai te ver de novo, o mundo parece ter me pregado uma peça, seja feliz, não me esqueça nunca, te amo, te amo... deu tempo de jogar muito longe o aparelho e esperar o afogamento. Eu fui sem sofrer.

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