Fui uma criança muito sonhadora e um dos meus passatempos preferidos entre as aulas no Alvorada e na Casa Thomas Jefferson era imaginar para onde meus sonhos, meus objetivos, me levariam se eu fosse nascido em outro lugar. Criava aquela ilusão gigantesca dentro da mente, conseguia enxergar pessoas, conseguia ver lugares onde eu nunca estive, fotografias, compunha hinos populares, roques, etc, nada que pudesse me tirar da minha verdadeira realidade.
Na juventude eu fui pai da primeira filha da Madonna. Tive um sonho muito longo sobre o assunto, ela dizia que me amava porque eu não invejava o sucesso dela, me pagava uma passagem por semana de Brasília para New York para eu poder ver nossa filha e me abraçava e beijava como nunca. Visto que não sou jesus e nem luz, hoje acho maneiro saber que o namorado da Madonna é um menino comum. Zina, o homem mais comentado das mesas de bares, repetido por tantas pessoas, já imaginava que teria casa, que conheceria a Sabrina Sato e o Ronaldo, imaginação pra tudo.
Um dia eu li que a Lily Allen gosta de homens mais velhos. Porra, ela só vem namorando anciões mesmo, o último deles é um homem de meia idade, (risos), imaginei que eu também estou nesta mesma reta, a reta da meia idade chegará, e eu serei o sonho de consumo da Lily Allen. Qual o caminho e o preço?
Mas convenhamos, da minha parte acho ela uma gata. Uma gata incondicional.
Da outra parte, convenhamos, eu só fui até os cassinos argentinos, ciudad del este, rosário, venezuela, e na pontinha do uruguai. Quando eu imaginava um lugar, era a Califórnia que aparecia para mim.
A melhor parte de todas elas era ter um fender jazz bass, que eu tenho, mas que eu sonhei anos e anos e anos com isso. O fender perdia nos sonhos para algumas gatas desconhecidas, para um fórmula 1 e para o tenista número 1 de 1993.
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