Sofro de um mau irreversível: eu não sei interferir na vida de quem amo ou na vida de quem me deixa profundamente admirado. Eu fico lá meio bobo olhando, ouvindo as coisas, deixando as palavras aderirem a minha casca mole, as vezes tento ajudar, falo pra fazer isso ou aquilo menos ou então dou força para grandes sonhos e projetos, mas nunca me incluo neles ou fico tentando me encaixar nessas coisas. E esse mau irreversível tem a ver com o fato de eu possuir idéias próprias que muitas vezes não são respeitadas e daí eu deixo minha frustração de lado e fico apenas na rotina e nos planos comuns da vida e as pessoas que eu amo ou admiro ficam sem mim, sem a minha força.
Na verdade isso é fruto de uma estagnação pessoal recente que tem me deixado cabreiro. Ou é a minha necessidade de ver o mundo de novo e voltar a viajar pra tocar ou simplesmente preciso voltar a aprender a ter prazer com coisas que eu esqueci.
Tenho tido contato com uma pessoa pela qual fui apaixonado e tive um relacionamento intenso. Ela me parece muito bem, sempre foi a pessoa mais dedicada no seu metié, tem uma facilidade enorme de deslizar nas análises psicológicas e nos problemas alheios, é uma doida que merece atenção. A minha felicidade em vê-la nessa corrida contra os idiotas e os preguiçosos é imensa. Ela é muito talentosa e consegue fazer algo que sempre me pareceu difícil: fazer três coisas ao mesmo tempo. E ela trabalha aos Domingos. E o dinheiro não destrói sua generosidade. Lindo.
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