segunda-feira, novembro 09, 2009

se me perguntarem, eu digo

Dois meses. Tem dois meses que estou sentindo o ombro direito dolorido. É como seu eu não dormisse na posição certa nunca, é como se eu não conseguisse me curar de algo tão normal, é um incômodo leve que não quer me abandonar. Acho que estou descansado e não tenho feito muitas coisas esportivas. Os pesos que eu carregava ficaram de lado. Quando é de dia o ombro vai melhorando aos poucos e a luxação some. Eu penso comigo, meu amigo deve estar dormindo, mas quando sou eu que estou no mais profundo sono, ele, meu ombro me lembra que dormir virando pro lado direito pode ser um problema. As vezes eu não dou bola e viro mesmo. No geral, o trauma já me pegou dejeito, ou seja, estou sempre dormindo pro mesmo lado com a esperança de poder descansar esse ombro baqueado.
Sofro de um mau irreversível: eu não sei interferir na vida de quem amo ou na vida de quem me deixa profundamente admirado. Eu fico lá meio bobo olhando, ouvindo as coisas, deixando as palavras aderirem a minha casca mole, as vezes tento ajudar, falo pra fazer isso ou aquilo menos ou então dou força para grandes sonhos e projetos, mas nunca me incluo neles ou fico tentando me encaixar nessas coisas. E esse mau irreversível tem a ver com o fato de eu possuir idéias próprias que muitas vezes não são respeitadas e daí eu deixo minha frustração de lado e fico apenas na rotina e nos planos comuns da vida e as pessoas que eu amo ou admiro ficam sem mim, sem a minha força. 
Na verdade isso é fruto de uma estagnação pessoal recente que tem me deixado cabreiro. Ou é a minha necessidade de ver o mundo de novo e voltar a viajar pra tocar ou simplesmente preciso voltar a aprender a ter prazer com coisas que eu esqueci. 
Tenho tido contato com uma pessoa pela qual fui apaixonado e tive um relacionamento intenso. Ela me parece muito bem, sempre foi a pessoa mais dedicada no seu metié, tem uma facilidade enorme de deslizar nas análises psicológicas e nos problemas alheios, é uma doida que merece atenção. A minha felicidade em vê-la nessa corrida contra os idiotas e os preguiçosos é imensa. Ela é muito talentosa e consegue fazer algo que sempre me pareceu difícil: fazer três coisas ao mesmo tempo. E ela trabalha aos Domingos. E o dinheiro não destrói sua generosidade. Lindo.

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