Relax, não vou defender a Rede Globo. Assisto pouco televisão; quando vejo não é a Globo que está sintonizada e quando é na Globo que eu estou vejo BBB. Por que? Há 3 anos tive a percepção de que a comunicação fluí melhor quando o receptor e o locutor falam e sabem as mesmas coisas. Eu assisti 3 novelas inteiras das 8 nos últimos anos, mas já não tive paciência para a última e nem pra essa que está no ar. O BBB, no entanto, ainda me interessa.
Esse é o BBB mais sem graça de todos. As pessoas são fora do padrão global de beleza; são as menos preparadas em se tratando de profissionalismo; e, no entanto, sendo o BBB dos humanos, não emplaca. Fica a curiosidade: a Rede Globo errou na escolha dos integrantes desta edição e está tocando o BUDUM lá dentro pra ver se o programa engata. Até quem está lá dentro, a ruiva que pensa que é cruel pensa, já percebeu a manobra da emissora para apimentar o BBB dos normais. Mais normais do que Os Normais, não é? Essa série, inclusive, eu nunca assisti.
quarta-feira, janeiro 30, 2008
terça-feira, janeiro 29, 2008
O segredo
...daí eu já tinha escrito e guardado em uma gaveta umas 30 letras em seis meses. Muitas delas não eram letras de músicas propriamente ditas; eram idéias musicais. O ritmo de trabalho com o Maskavo estava intenso; o ritmo natural da vida estava mais intenso ainda. O meu local de trabalho, meu escritório, é meu banheiro. Não é por causa da acústica, não. Simplesmente optei pelo local menos visitado da casa para poder trabalhar melodias, tocar um pouco de violão. Mas nada de revisar as letras daquela gaveta...
Depois de acordar injuriado com a preguiça e de averiguar através de minha mulher que eu estava muito molenga, resolvi lavar toda a louça calado disposto a tomar uma atitude: abrir aquela gaveta e fazer algo daquelas folhas escritas. Peguei todas, um caderno novo e fui, uma a uma, escolhendo quais mereciam uma segunda chance. Até hoje não terminei essa triagem, mas de fato resolvi finalizar 11 canções. Dar aquele toque nas letras que, na minha viagem musical, é o tipo de mensagem que merece ser dita. Um universo musical.
Hoje eu terminei uma canção cujo nome provisório é "mais que tudo", uma homenagem aos desdobramentos do yin e do yang na vida de todos os casais que vivem juntos ou que já viveram com alguém mais do que amigavelmente.
A luta para, do nada, sair de uma melodia que eu já conheço e toco a uns 2 meses até uní-la a essa letra foi um mistério que se delongou da hora em que eu acordei até depois do almoço. Só quando o mundo deu essa volta toda, no interlúdio da queda do satélite espião de 90 toneladas, pude ter a clareza do que queria universalizar. Uma melodia que dominasse a letra como uma sucuri e que não fosse maçante para colar em 5 segundos na cabeça. Uma melodia rica que atraí e que não enjoa à priori. Deu muito trabalho. Gravei a canção em um mini-gravador mono para não esquecer a música toda. Ouvi, gostei, avisei meu empresário que o bolo tinha saído do forno e depois mostrei pra minha mulher e saí para tomar café. Esperei os 2 minutos e 49 segundos da gravação acabarem imaginando qual crítica construtiva viria à seguir. Nada ainda. Nada... quase dez minutos se passaram e daí eu tirei os fones do ouvido dela e perguntei algo como: gostou? Minha mulher ainda estava ouvindo e disse: aham, é boa. Já ouvi 5 vezes. Tem que melhorar um pouco a métrica da letra, eu gostei do nome. Ela não enjoa, né?
Missão cumprida...
essa canção começou a ser composta no dia 25/02/05.
Depois de acordar injuriado com a preguiça e de averiguar através de minha mulher que eu estava muito molenga, resolvi lavar toda a louça calado disposto a tomar uma atitude: abrir aquela gaveta e fazer algo daquelas folhas escritas. Peguei todas, um caderno novo e fui, uma a uma, escolhendo quais mereciam uma segunda chance. Até hoje não terminei essa triagem, mas de fato resolvi finalizar 11 canções. Dar aquele toque nas letras que, na minha viagem musical, é o tipo de mensagem que merece ser dita. Um universo musical.
Hoje eu terminei uma canção cujo nome provisório é "mais que tudo", uma homenagem aos desdobramentos do yin e do yang na vida de todos os casais que vivem juntos ou que já viveram com alguém mais do que amigavelmente.
A luta para, do nada, sair de uma melodia que eu já conheço e toco a uns 2 meses até uní-la a essa letra foi um mistério que se delongou da hora em que eu acordei até depois do almoço. Só quando o mundo deu essa volta toda, no interlúdio da queda do satélite espião de 90 toneladas, pude ter a clareza do que queria universalizar. Uma melodia que dominasse a letra como uma sucuri e que não fosse maçante para colar em 5 segundos na cabeça. Uma melodia rica que atraí e que não enjoa à priori. Deu muito trabalho. Gravei a canção em um mini-gravador mono para não esquecer a música toda. Ouvi, gostei, avisei meu empresário que o bolo tinha saído do forno e depois mostrei pra minha mulher e saí para tomar café. Esperei os 2 minutos e 49 segundos da gravação acabarem imaginando qual crítica construtiva viria à seguir. Nada ainda. Nada... quase dez minutos se passaram e daí eu tirei os fones do ouvido dela e perguntei algo como: gostou? Minha mulher ainda estava ouvindo e disse: aham, é boa. Já ouvi 5 vezes. Tem que melhorar um pouco a métrica da letra, eu gostei do nome. Ela não enjoa, né?
Missão cumprida...
essa canção começou a ser composta no dia 25/02/05.
segunda-feira, janeiro 28, 2008
debaixo do sol
você fecha os olhos debaixo do sol
você sente rapidamente algo queimando
uma força infinita de velocidade e calor
quantos segundos? quanto tempo a aguentar?
meditar
transpirar
segundos debaixo do sol
são eternos segundos de ardor
você sente rapidamente algo queimando
uma força infinita de velocidade e calor
quantos segundos? quanto tempo a aguentar?
meditar
transpirar
segundos debaixo do sol
são eternos segundos de ardor
Nariz na farofa
Nos tablóides e nos sites populares, quando o assunto é celebridade, a maioria das notícias é relacionadas ao hábito de usar drogas ou aos vexames associados à vida de badalações dessas celebridades.
O fato é que ninguém está pronto para se recuperar quando, em situação de vigília ou stress, cai de nariz na farofa. A depressão é uma doença que se desenvolve socialmente. O consumo de substâncias tóxicas e entorpecentes é mais antigo que nós mesmos. Mas é o comércio ilegal de entorpecentes que dá todo o incentivo para as almas que não sustentam a velocidade desses tempos hipermodernos. O comércio ilegal de crack, que é pior do que cocaína, que é pior do que heroína, que é pior que o ecstasy, que é pior do que benzina, que é pior do que aspirina, que é pior do que bebidas alcoólicas, que é pior do que tabaco. Nessa escala, que eu estudo na escola desde meus 8 anos de idade, sabe-se o caminho para qualquer vício.
O fato é que ninguém sabe como curar a depressão e o excesso de paranóia que acompanha o sucesso das celebridades nos dias de hoje. O fato é que todo mundo quer ser famoso, cheirar cocaína em alguma festa gran-fina e ser amigo de traficante de luxo.
O filme sobre o Johnny, eu vou assistir, com aquela certeza de que os bodinhos do plano piloto vão torcer mais pelo traficante do que pela família destroçada dele.
Assim como torcem pelo Capitão Nascimento todos os dias quando saem de casa trancados em seus carros esperando que a segurança seja feita em nome da justiça por justiceiros...
E os justiceiros dos filmes também cheiram cocaína. Assim como alguns políticos cheiram cocaína. Assim como alguns músicos cheiram... assim como alguns atores da Globo, assim como os diretores dos programas, as donas de casa, e todo tipo de gente.
A depressão social mundial é um fato. O estímulo ao luxo e ao prazer são as pontas das campanhas de publicidade. Qual a diferença de cheirar compulsivamente e comprar compulsivamente se, em ambos os casos, é a decadência pessoal que igualará à todos nas instituições e clínicas de reabilitação por aí afora?
O fato é que ninguém está pronto para se recuperar quando, em situação de vigília ou stress, cai de nariz na farofa. A depressão é uma doença que se desenvolve socialmente. O consumo de substâncias tóxicas e entorpecentes é mais antigo que nós mesmos. Mas é o comércio ilegal de entorpecentes que dá todo o incentivo para as almas que não sustentam a velocidade desses tempos hipermodernos. O comércio ilegal de crack, que é pior do que cocaína, que é pior do que heroína, que é pior que o ecstasy, que é pior do que benzina, que é pior do que aspirina, que é pior do que bebidas alcoólicas, que é pior do que tabaco. Nessa escala, que eu estudo na escola desde meus 8 anos de idade, sabe-se o caminho para qualquer vício.
O fato é que ninguém sabe como curar a depressão e o excesso de paranóia que acompanha o sucesso das celebridades nos dias de hoje. O fato é que todo mundo quer ser famoso, cheirar cocaína em alguma festa gran-fina e ser amigo de traficante de luxo.
O filme sobre o Johnny, eu vou assistir, com aquela certeza de que os bodinhos do plano piloto vão torcer mais pelo traficante do que pela família destroçada dele.
Assim como torcem pelo Capitão Nascimento todos os dias quando saem de casa trancados em seus carros esperando que a segurança seja feita em nome da justiça por justiceiros...
E os justiceiros dos filmes também cheiram cocaína. Assim como alguns políticos cheiram cocaína. Assim como alguns músicos cheiram... assim como alguns atores da Globo, assim como os diretores dos programas, as donas de casa, e todo tipo de gente.
A depressão social mundial é um fato. O estímulo ao luxo e ao prazer são as pontas das campanhas de publicidade. Qual a diferença de cheirar compulsivamente e comprar compulsivamente se, em ambos os casos, é a decadência pessoal que igualará à todos nas instituições e clínicas de reabilitação por aí afora?
domingo, janeiro 27, 2008
Achei!
Não é todo dia que aprendemos a dizer palavras novas. Nos habituamos a dizer as mesmas expressões da moda e certas gírias, alguns termos chulos leves e perdemos pouco a pouco a naturalidade das coisas.
Uma palavra que eu aprendi hoje foi especial. Ouvi uma senhora na fila do supermercado dizer tudo sobre a neta dela, tudo sobre o que fazia da neta dela uma criança especial. Até eu me emocionei com a descrição dela sobre a neta...especial.
Uma palavra como essa é bem musical, mas difícil de contextualizar. Outro dia conheci um músico de uma nova banda de Brasília: superaudio. Daí eu disse: pô, tem uma banda de brasília que chama supergallo. Daí o cara disse meio assim, criticando à moda, todo mundo é super hoje em dia, e foi com suas malas pra casa. Super é um termo que eu quase nunca uso. É muito "prefixo" pra mim.
Especial
natural
original
quais serão as palavras necessárias para descrever esse tipo de sei lá o que...
Uma palavra que eu aprendi hoje foi especial. Ouvi uma senhora na fila do supermercado dizer tudo sobre a neta dela, tudo sobre o que fazia da neta dela uma criança especial. Até eu me emocionei com a descrição dela sobre a neta...especial.
Uma palavra como essa é bem musical, mas difícil de contextualizar. Outro dia conheci um músico de uma nova banda de Brasília: superaudio. Daí eu disse: pô, tem uma banda de brasília que chama supergallo. Daí o cara disse meio assim, criticando à moda, todo mundo é super hoje em dia, e foi com suas malas pra casa. Super é um termo que eu quase nunca uso. É muito "prefixo" pra mim.
Especial
natural
original
quais serão as palavras necessárias para descrever esse tipo de sei lá o que...
quinta-feira, janeiro 24, 2008
Boa lição de um ex-traficante
No título/link acima é possível ler o texto de Gilberto Dimenstein sobre educação e limites com relação ao consumo de drogas. Quando eu tinha 18 anos lia tudo o que esse cara escrevia e, na época, eu sentia profundo ódio por ele. Na época ele costumava escrever sobre minha geração X, sem começo meio e fim, e eu não me sentia um X, mas percebia a quem se direcionava seus textos na Folha de São Paulo. Hoje eu acho que ele é mais coerente e direto nos seus conteúdos. Continuo leitor assíduo, crítico. Percebi que isso é uma corrida.
Uma vez encontrei com o Luís Fernando Veríssimo, escritor, e me apresentei como leitor de um de seus melhores textos. Era sobre o diabo. O diabo pede sua alma e você entrega se ele operar um milagre moderno: acertar o timer do vídeocassete (velharia da época) ou fazer a mala sair em primeiro lugar na esteira do aeroporto. Como o segundo milagre já aconteceu comigo e, depois de muito tempo eu trombei com ele em um embarque para São Paulo, não pude resistir e disse que o diabo era meu amigo. A mulher dele ficou meio sem jeito e eu também, mas ele entendeu que eu era um daqueles doidos que entende a piada no final das contas. Nada de sorrisos, autógrafos ou tietagem.
Peace
Uma vez encontrei com o Luís Fernando Veríssimo, escritor, e me apresentei como leitor de um de seus melhores textos. Era sobre o diabo. O diabo pede sua alma e você entrega se ele operar um milagre moderno: acertar o timer do vídeocassete (velharia da época) ou fazer a mala sair em primeiro lugar na esteira do aeroporto. Como o segundo milagre já aconteceu comigo e, depois de muito tempo eu trombei com ele em um embarque para São Paulo, não pude resistir e disse que o diabo era meu amigo. A mulher dele ficou meio sem jeito e eu também, mas ele entendeu que eu era um daqueles doidos que entende a piada no final das contas. Nada de sorrisos, autógrafos ou tietagem.
Peace
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Análise
Como é bom balançar
balançar sem parar
nada embaixo dos pés
apenas o ar, apenas o ar
Como é bom rodopiar
no roda-roda girar
nada embaixo dos pés
apenas o ar, apenas o ar
Sou apenas uma criança
sou feliz e nem sei por que
aprendi a contar até seis
one two fi for fai six
Como é bom correr
correr pra lá e pra cá
sem precisar ir a algum lugar
apenas correr, apenas correr
Como é bom falar
falar e gritar para o céu
mamãe e papai e azul
apenas falar, apenas falar
Sou apenas uma criança
sou feliz sem me dar conta
aprendi a cantar o HI-5
essa vida é boa demais
balançar sem parar
nada embaixo dos pés
apenas o ar, apenas o ar
Como é bom rodopiar
no roda-roda girar
nada embaixo dos pés
apenas o ar, apenas o ar
Sou apenas uma criança
sou feliz e nem sei por que
aprendi a contar até seis
one two fi for fai six
Como é bom correr
correr pra lá e pra cá
sem precisar ir a algum lugar
apenas correr, apenas correr
Como é bom falar
falar e gritar para o céu
mamãe e papai e azul
apenas falar, apenas falar
Sou apenas uma criança
sou feliz sem me dar conta
aprendi a cantar o HI-5
essa vida é boa demais
domingo, janeiro 20, 2008
Análise
Tudo me parece na corda bamba
equilibrado por um fio apenas
a vida corre da mesma maneira
cadê aquele nó da insegurança
?
desconfiança ao sair da porta
?
sair de casa é necessário sim
importa
?
tudo me parece silencioso sim
silencioso para os carros sim
a vida corre da mesma maneira
o mundo só tem olhos pros pés
há coragem em manter-se calmo
equilibrado por um fio apenas
a vida corre da mesma maneira
cadê aquele nó da insegurança
?
desconfiança ao sair da porta
?
sair de casa é necessário sim
importa
?
tudo me parece silencioso sim
silencioso para os carros sim
a vida corre da mesma maneira
o mundo só tem olhos pros pés
há coragem em manter-se calmo
quarta-feira, janeiro 16, 2008
Recebi por email - e já fui à Roraima... é meio isso aí. É de assustar
A PRÓXIMA GUERRA
Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou
recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em
Roraima. Trata-se de um Brasil que a gente não conhece.
As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil
um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a
fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até
pessoas com um mínimo de instrução.
Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra
falar a verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10
pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense,
piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com
a terra. Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é
funcionária pública, e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se
concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da
prefeitura é claro. Se não for funcionário público a pessoa trabalha
no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo. Não existe
indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do Território roraimense
é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%,
descontando-se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para
se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades. (Na
única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a
Manaus, cerca de 800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km
reserva indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da
manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos
índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos
não sejam incomodados.
Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos
americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena,
diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e
autorização da FUNAI.
Detalhe: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma
autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A
maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas
a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de
algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou
inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara
de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e
catalogá-las, mas no final das contas pasme, se você quiser montar um
empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí
camu-camu etc., medicinais, ou componentes naturais para fabricação de
remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas
japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos
típicos da Amazônia...
Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: E os
americanos vão acabar tomando a Amazônia e em todas elas ouvi a mesma
resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma
senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles
comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam.
Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que
fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde
iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.
A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de
nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de
nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão
libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já
estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da
fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o
pseudo objetivos de combater o narcotráfico. Por falar em
narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada
Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as
Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada,
principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar
um incidente diplomático)... Dizem que tem muito colombiano traficante
virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a
cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas; porque os americanos querem tanto
proteger os índios. A resposta é absolutamente a mesma, porque as
terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância
de água são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que
chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas,
minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.
Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de
socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao
presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É
pessoal, saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá
diminuir de tamanho. Um grande abraço a todos. Será que podemos fazer
alguma coisa???
Acho que sim.
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique
sabendo desses absurdos.
Opinião pessoal:
Gostaria que você, especialmente que recebeu este e-mail, o repasse
para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria
interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através
dos telejornais antes que isso venha a acontecer.
Afinal foi um momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus
lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza
norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao
mundo a fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação,
no envio deste e-mail.
Celso Luiz Borges de Oliveira Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP
E-mail´s: celso@ufba.br; celso@agr.unicamp.br; celsoborges@gmail.com
Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou
recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em
Roraima. Trata-se de um Brasil que a gente não conhece.
As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil
um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a
fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até
pessoas com um mínimo de instrução.
Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra
falar a verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10
pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense,
piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com
a terra. Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é
funcionária pública, e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se
concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da
prefeitura é claro. Se não for funcionário público a pessoa trabalha
no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo. Não existe
indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do Território roraimense
é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%,
descontando-se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para
se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades. (Na
única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a
Manaus, cerca de 800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km
reserva indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da
manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos
índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos
não sejam incomodados.
Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos
americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena,
diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e
autorização da FUNAI.
Detalhe: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma
autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A
maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas
a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de
algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou
inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara
de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e
catalogá-las, mas no final das contas pasme, se você quiser montar um
empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí
camu-camu etc., medicinais, ou componentes naturais para fabricação de
remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas
japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos
típicos da Amazônia...
Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: E os
americanos vão acabar tomando a Amazônia e em todas elas ouvi a mesma
resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma
senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles
comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam.
Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que
fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde
iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.
A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de
nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de
nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão
libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já
estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da
fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o
pseudo objetivos de combater o narcotráfico. Por falar em
narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada
Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as
Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada,
principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar
um incidente diplomático)... Dizem que tem muito colombiano traficante
virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a
cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas; porque os americanos querem tanto
proteger os índios. A resposta é absolutamente a mesma, porque as
terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância
de água são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que
chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas,
minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.
Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de
socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao
presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É
pessoal, saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá
diminuir de tamanho. Um grande abraço a todos. Será que podemos fazer
alguma coisa???
Acho que sim.
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique
sabendo desses absurdos.
Opinião pessoal:
Gostaria que você, especialmente que recebeu este e-mail, o repasse
para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria
interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através
dos telejornais antes que isso venha a acontecer.
Afinal foi um momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus
lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza
norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao
mundo a fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação,
no envio deste e-mail.
Celso Luiz Borges de Oliveira Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP
E-mail´s: celso@ufba.br; celso@agr.unicamp.br; celsoborges@gmail.com
terça-feira, janeiro 15, 2008
Ainda bem que eu não sou a Britney Spears
Ela é rica, milionária
ela vendeu mais de 70 milhões de cópias de seus discos
ela já usou todo tipo de drogas
ela sai nas colunas sociais e revistas de fofocas
ela é alvo dos paparazzi o tempo todo
ela perdeu a guarda dos filhos
ela não pode mais ver os filhos
é muito bom ser brasileiro
é muito bom poder acordar todos os dias com meu filho me chamando
é muito bom o bom senso
ela vendeu mais de 70 milhões de cópias de seus discos
ela já usou todo tipo de drogas
ela sai nas colunas sociais e revistas de fofocas
ela é alvo dos paparazzi o tempo todo
ela perdeu a guarda dos filhos
ela não pode mais ver os filhos
é muito bom ser brasileiro
é muito bom poder acordar todos os dias com meu filho me chamando
é muito bom o bom senso
terça-feira, janeiro 08, 2008
"Deus me disse para fazê-lo"
Acabei de ler a notícia em que um homem de 25 anos, nos EUA, assassinou à murros sua amiga e depois cozinhou algumas de suas partes. Depois esfaqueou o namorado da ex-namorada, fugiu e quando chegou na casa de seus pais mostrou-lhes o cadáver da mulher. Eles o denunciaram. Uma hora depois, o assassino ligou para a polícia e contou que tinha cometido um crime e estava fervendo partes da vítima; e a polícia conseguiu capturá-lo. O drama começou na sexta-feira e terminou hoje.
Como pode alguém dizer que seus atos foram um comando de deus? Até por que, se deus quisesse uma coisa dessas então quem crê em deus estaria muito, mas muito em perigo.
Como pode alguém dizer que seus atos foram um comando de deus? Até por que, se deus quisesse uma coisa dessas então quem crê em deus estaria muito, mas muito em perigo.
domingo, janeiro 06, 2008
É tempo de proliferar
Estou começando a compor uma canção e resolvi dividir um pouco do processo criativo dela incluindo aqui alguns questionamentos que irão levar ao final da criação da mesma. Até porque, o tema me parece extemporâneo.
Ao sabor do silêncio que paira no bairro de águas claras, o pensamento em minha cabeça não cessa até que algo de trabalho escrito tenha sido produzido em um dia. Essa mecanização da mente, essa auto-sugestão do labor, é algo muito útil nesses tempos de campos inférteis na área da vida. A internet, no entanto, nunca me causou qualquer tipo de urgência ou tensão; minha mente à ela se adaptou de maneira muito particular. É como se ela, a internet, sempre tivesse existido pra mim em algum lugar...
No entanto, uma canção é escrita à mão; caneta preta de preferência. papel branco, apenas um basta para iniciar uma canção. Ela não parte do nada. Ela é o iceberg surgindo no mar gelado. Pode ser na aurora, mas comigo a jornada começa na madrugada bem depois que meu filho e esposa dormem e bem durante o ciclo dos ventos noturnos brasiliense. O iceberg nasce porque, durante meses, todos os dias desde que me mudei pra brasília, tem roupa pra passar amontoada em cima da cama. Isso é um fato, desagrada a mim e a minha mulher imensamente mas só estamos dando jeito nas coisas agora, quase um ano após nos mudarmos para cá.
A cena nunca me emocionou, mas a uns dias atrás ela me causou certo efeito. Tudo por causa da minha opinião sobre a qualidade de vida que leva-se no Brasil. Partindo do princípio do bom senso, eu, percebi que todo brasileiro vive entulhado de coisas sem importância nenhuma. tantas roupas novas e brilhantes que não serão devidamente usadas e, depois de tanto ficarem guardadas, serão doadas com aquele orgulho idiota e aquele sorriso fosco alfinetados no ato da entrega. quem recebe a camisa seminova está entulhado de coisas que eu nem sei como definir, mas está lá entulhado de coisas e ele doa pra pessoas entulhadas de outras coisas, etc... lixo do capitalismo.
No fundo, todo "eu" procura viver da maneira que lhe parece mais adequada, tanto no luxo como na miséria, tanto evitando quanto consumindo absurdamente, pagando à vista ou dividindo no crédito ou até devendo e rolando dívidas e mais dívidas. O fato é que todo "eu" come algo e precisa beber água. E precisa dormir sossegados sem se preocupar com as costas abertas, com a idéia de que lhe furtem algum bem material ou, pior, de que seja abusado ou morto. Tanto dormindo na rua quanto dormindo em casa. O roubo ficou muito sofisticado...
A pilha de roupas lavadas é grande, não é enorme ou maior do que se deve imaginar afinal somos três em casa.
Vamos ver quanto tempo leva para terminar a melodia e cristalizar essa idéia...
Ao sabor do silêncio que paira no bairro de águas claras, o pensamento em minha cabeça não cessa até que algo de trabalho escrito tenha sido produzido em um dia. Essa mecanização da mente, essa auto-sugestão do labor, é algo muito útil nesses tempos de campos inférteis na área da vida. A internet, no entanto, nunca me causou qualquer tipo de urgência ou tensão; minha mente à ela se adaptou de maneira muito particular. É como se ela, a internet, sempre tivesse existido pra mim em algum lugar...
No entanto, uma canção é escrita à mão; caneta preta de preferência. papel branco, apenas um basta para iniciar uma canção. Ela não parte do nada. Ela é o iceberg surgindo no mar gelado. Pode ser na aurora, mas comigo a jornada começa na madrugada bem depois que meu filho e esposa dormem e bem durante o ciclo dos ventos noturnos brasiliense. O iceberg nasce porque, durante meses, todos os dias desde que me mudei pra brasília, tem roupa pra passar amontoada em cima da cama. Isso é um fato, desagrada a mim e a minha mulher imensamente mas só estamos dando jeito nas coisas agora, quase um ano após nos mudarmos para cá.
A cena nunca me emocionou, mas a uns dias atrás ela me causou certo efeito. Tudo por causa da minha opinião sobre a qualidade de vida que leva-se no Brasil. Partindo do princípio do bom senso, eu, percebi que todo brasileiro vive entulhado de coisas sem importância nenhuma. tantas roupas novas e brilhantes que não serão devidamente usadas e, depois de tanto ficarem guardadas, serão doadas com aquele orgulho idiota e aquele sorriso fosco alfinetados no ato da entrega. quem recebe a camisa seminova está entulhado de coisas que eu nem sei como definir, mas está lá entulhado de coisas e ele doa pra pessoas entulhadas de outras coisas, etc... lixo do capitalismo.
No fundo, todo "eu" procura viver da maneira que lhe parece mais adequada, tanto no luxo como na miséria, tanto evitando quanto consumindo absurdamente, pagando à vista ou dividindo no crédito ou até devendo e rolando dívidas e mais dívidas. O fato é que todo "eu" come algo e precisa beber água. E precisa dormir sossegados sem se preocupar com as costas abertas, com a idéia de que lhe furtem algum bem material ou, pior, de que seja abusado ou morto. Tanto dormindo na rua quanto dormindo em casa. O roubo ficou muito sofisticado...
A pilha de roupas lavadas é grande, não é enorme ou maior do que se deve imaginar afinal somos três em casa.
Vamos ver quanto tempo leva para terminar a melodia e cristalizar essa idéia...
quarta-feira, janeiro 02, 2008
Não acredito em virada de ano
Eu pago meus agregados todos para ter de ouvir coisas que me causam certo espanto.
Uma delas eu ouvi hoje. Como o mundo não gira ao meu redor, fui obrigado a passar o ano novo com R$33 na conta corrente depois de ter realizado meus últimos 4 shows de 2007, depois de ter criado algumas canções que estão disponíveis aqui; elas e mais umas 100 canções piores ou melhores, não sei; depois de ter feito tudo o que minha esposa me pediu, todas as pequenas mudanças de atitude e comportamento necessários para se construir dia-a-dia uma família, depois de estar ao lado, como um maestro manco, de um aprendiz de reggae music; depois de sair de uma dívida de dois anos que me impediu o acesso a todo tipo de crédito; depois de mais de 100 úlceras; depois de não ver meu filho nascer; depois de saber que meus agregados estavam, os mais importantes e relacionados a mim, todos se divertindo enquanto meu "sal" está até hoje retido em algum DOC por aí, entre minha insatisfação em escrever sobre isso mas rugindo como um filho da puta à respeito da falta de respeito que é abandonar o trabalhador/motor as suas próprias desculpas esfarrapadas em casa pensando: onde está aquele algo mais para o ano novo?
Começo 2008 como comecei 2007: feliz, pleno, duro, humilhado pelas circunstâncias, descrente, amoroso, buscando uma solução para problemas profissionais, com muita coisa sem importância em cima da cama e com pouquíssimas coisas importantes construídas, realmente procurando acertar o verdadeiro som e exercitando a paciência e o bom senso enquanto ouço que, apesar de ser o dono das músicas, da banda e das dívidas, o mundo não gira ao meu redor.
O mundo gira ao redor de quem está com o dinheiro. E ele não está comigo!
Uma delas eu ouvi hoje. Como o mundo não gira ao meu redor, fui obrigado a passar o ano novo com R$33 na conta corrente depois de ter realizado meus últimos 4 shows de 2007, depois de ter criado algumas canções que estão disponíveis aqui; elas e mais umas 100 canções piores ou melhores, não sei; depois de ter feito tudo o que minha esposa me pediu, todas as pequenas mudanças de atitude e comportamento necessários para se construir dia-a-dia uma família, depois de estar ao lado, como um maestro manco, de um aprendiz de reggae music; depois de sair de uma dívida de dois anos que me impediu o acesso a todo tipo de crédito; depois de mais de 100 úlceras; depois de não ver meu filho nascer; depois de saber que meus agregados estavam, os mais importantes e relacionados a mim, todos se divertindo enquanto meu "sal" está até hoje retido em algum DOC por aí, entre minha insatisfação em escrever sobre isso mas rugindo como um filho da puta à respeito da falta de respeito que é abandonar o trabalhador/motor as suas próprias desculpas esfarrapadas em casa pensando: onde está aquele algo mais para o ano novo?
Começo 2008 como comecei 2007: feliz, pleno, duro, humilhado pelas circunstâncias, descrente, amoroso, buscando uma solução para problemas profissionais, com muita coisa sem importância em cima da cama e com pouquíssimas coisas importantes construídas, realmente procurando acertar o verdadeiro som e exercitando a paciência e o bom senso enquanto ouço que, apesar de ser o dono das músicas, da banda e das dívidas, o mundo não gira ao meu redor.
O mundo gira ao redor de quem está com o dinheiro. E ele não está comigo!
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