sábado, janeiro 22, 2011

Romero Britto celebra vitória de Dilma com anúncio no 'NYT' - ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER

Por achar a presidente Dilma Rousseff "uma coisa maravilhosa", o artista plástico Romero Britto decidiu homenageá-la.

Publicou, na edição desta semana da "The New York Times Magazine", a revista dominical do "The New York Times", um anúncio de página inteira.

Para tanto, calcula ter gasto US$ 20 mil (cerca de R$ 33,5 mil). Aos domingos, a tiragem da revista fica em torno de 400 mil exemplares.

Pernambucano com galeria em Miami, autor de murais ultracoloridos, Britto usou a peça publicitária para apresentar sua versão de Dilma ao público americano.

A presidente é retratada com as cores fortes que caracterizam a obra do artista, com pinturas nas bochechas que lembram o personagem Pablo do programa "Qual é a Música?", do SBT.

Acima da imagem, lê-se "parabéns, minha querida, a nova presidente do Brasil".
Na sequência, o artista parabeniza "todas as mulheres da América Latina".

Britto diz que, dos amigos americanos, só ouve "comentários positivos" sobre a sucessora de Lula.

A empolgação pela "primeira mulher presidente", segundo ele, foi contagiante. Nos Estados Unidos durante as eleições, afirma ter feito questão de votar na petista lá mesmo.

Ele não sabe se Dilma já ficou a par da homenagem, mas disse que pretende presenteá-la com a arte em sua próxima visita ao Brasil. Espera que seja no Carnaval.

No anúncio da revista, abaixo da reprodução da pintura com o rosto da petista, há seis fotos da inauguração do Hospital da Mulher, em São João de Meriti (RJ), em março passado --quando a campanha eleitoral estava a pleno vapor.

Aparecem nos retratos Dilma, Britto, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e seu secretário de Saúde, Sérgio Côrtes.



sexta-feira, janeiro 21, 2011

Liam Gallagher conta que um fã cheirou sua caspa pensando que era cocaína - EFE

Um fã do Oasis cheirou a caspa que Liam Gallagher tinha no cabelo pensando que era cocaína, após uma apresentação do grupo no Festival de Glastonbury.

Quem conta é o próprio Gallagher em uma entrevista à revista especializada em música "Q", na qual relata com riqueza de detalhes como o fã viu um floco de caspa em sua cabeça e apressou-se a cheirá-lo.

O músico, que tem um conhecido histórico de consumo de cocaína, explica que sofre de psoríase em boa parte de seu corpo.

"Tenho a pele ruim. Tenho psoríase por todo o corpo. Em todas as partes, exceto na cara, e de vez em quando na minha cabeça", afirma o mais novo dos Gallagher, que assegura que o episódio ocorreu na presença de várias pessoas após um show em Glastonbury.

Gallagher, cuja nova banda, "Beady Eye", lançará em 28 de fevereiro seu primeiro álbum - "Different Gear, Still Speeding" - fala também da difícil relação que mantém com seu irmão, Noel, que decidiu deixar o Oasis no verão de 2009.

Após a ruptura, Liam revelou que seu irmão quebrou uma guitarra sua, um presente da namorada, em um incidente que, segundo afirma agora, não foi mais do que a gota d'água, já que a relação entre os dois não era boa há anos.

"Não saíamos juntos. Sempre tive minha vida, e ele também. Teria sido assim se tivéssemos trabalhado juntos em um açougue. Ele saiu da banda, isso é tudo", declarou Liam, que no entanto disse que deseja o melhor para o irmão.

Noel também iniciou uma carreira independente e deve lançar seu primeiro trabalho no final do ano.

"Espero que faça discos incríveis, e provavelmente fará", finalizou Liam.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

"É melhor ser avó do ano do que ser Prêmio Nobel", diz cientista Ada Yonath - SABINE RIGHETTI

A israelense Ada Yonath, Prêmio Nobel de química em 2009, coleciona também uma vasta lista de outras premiações. Mas é do título "avó do ano", concedido pela sua neta de 15 anos de idade, que ela gosta mais.

Yonath foi laureada com o prêmio internacional mais importante de ciência por seus estudos com os ribossomos: estruturas celulares que fabricam proteínas e que abriram caminhos para novos antibióticos.

Os trabalhos dela, junto com dois norte-americanos, mostraram ao mundo, pela primeira vez, imagens dos ribossomos com uma definição que permitia interpretar as suas posições atômicas.

Em entrevista exclusiva à Folha concedida em Campinas (SP), durante sua participação na Escola São Paulo de Ciência Avançada, do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), ela falou sobre sua vida pessoal e suas atuais pesquisas.

Aos 71 anos, ela ainda trabalha no Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, onde tem nove orientandos. Mas revelou não ter uma obsessão científica específica. Só gosta muito de estudar.

FOLHA - A senhora foi a primeira cientista mulher israelense a ganhar um Nobel. Foi difícil entrar no mundo da ciência sendo uma mulher?
Ada Yonath - Não, não foi difícil. Existem, sim, problemas de gênero em toda a sociedade, incluindo na ciência. A sociedade ainda acredita que as mulheres devem ser só mães. Mas é a sociedade que deve mudar, e não só os homens. Mas eu não me atenho a questões de gênero. O fato é que há muitas mulheres na ciência hoje em dia. Todos têm dificuldades: a ciência pode ser difícil para homens ou para mulheres. Entendo que a única diferença entre homens e mulheres é biológica: mulheres podem dar à luz. Só isso. Não sou uma militante de gênero.

A senhora tem uma filha que é médica. Acha que foi um exemplo para ela seguir nessa carreira?
O fato de eu ter uma filha mostra que é possível ter filhos e trabalhar duro com ciência. Não acredito que eu seja um modelo para a minha filha. As pessoas devem fazer o que amam, sem modelos.

A senhora teve modelos na sua família?
Não, sou de uma família muito pobre de agricultores de Israel. Meu pai era agricultor e minha mãe era uma mulher normal.

Quando a senhora decidiu ser química?
Eu sempre fui interessada em tudo, era curiosa, gostava de entender processos naturais. Quando era adolescente, queria ir para um kibutz [comunidade agrícola comum em Israel], mas acabei estudando. Quando descobri que existia uma profissão em que era possível estudar e receber por isso, eu decidi seguir essa profissão. Você faz perguntas interessantes a si mesmo e tenta respondê-las. Isso é fantástico.

A senhora começou a trabalhar em Israel e agora está de volta ao seu país, depois de passar alguns anos nos EUA e mais de duas décadas na Alemanha. Como foi viver nesses países?
Eu não vivi, na verdade. Apenas trabalhei. Foi um pouco difícil, especialmente na Alemanha. Até hoje não falo alemão. Mas devo reconhecer que os alemães sempre tentaram me receber muito bem. Foi difícil dentro de mim, porque eu estava longe de casa. Hoje me sinto mais feliz em Israel.

E o que a senhora acha da ciência no Brasil?
Tenho ouvido que a ciência brasileira tem progredido muito. Sei que há muitos cientistas que estão vindo trabalhar no Brasil. Se isso for mantido, o Brasil poderá ser um país pioneiro em alguns anos.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Mulher de premiê japonês diz que não se casaria com ele em outra vida - ROLAND BUERK

A mulher do primeiro-ministro japonês afirmou que não se casaria novamente com o mandatário, Naoto Kan, caso tivesse uma outra vida.

Nobuko Kan disse em uma entrevista que gostaria de fazer algo completamente diferente se tivesse a chance de escolher.

"Eu já vivi esta vida uma vez. Não estaria interessada em fazer o mesmo de novo", disse Nobuko a jornalistas em Tóquio.
"Prefiro viver uma vida totalmente diferente."

Nobuko é famosa no Japão por seus quimonos elegantes e pela língua afiada. O primeiro-ministro já a descreveu como a oposição em casa e como sua crítica mais dura.

APOIO

A primeira-dama japonesa afirmou que apoia o marido, pois é tão dura com ele em casa que Naoto Kan prefere ir ao Parlamento, enfrentar um debate.

"Meu marido às vezes me diz que realmente detesta 'ir ao Parlamento, pois todos são tão cruéis e críticos, mas é muito mais fácil ser submetido a este criticismo no Parlamento do que brigar em casa, com você'", conta Nobuko.

"Esta é uma forma de tirar ele de casa e fazer ele ir ao Parlamento, então talvez esta seja uma forma de apoiá-lo", disse.

Nobuko e Naoto Kan são casados há 40 anos.

A primeira-dama já transformou em arte o ato de criticar entes queridos lançando, em 2010, um livro no qual questionou publicamente a capacidade de seu marido de governar o país.

Com o título O que vai mudar no Japão agora que você é primeiro-ministro, Nobuko Kan critica desde o primeiro discurso de Naoto Kan no Parlamento até o seu senso de moda e inabilidade para cozinhar.

Ela também revelou que, quando se mudou para a residência oficial do primeiro-ministro, tinha colocado na mala apenas roupas de verão caso o premiê fosse tirado do cargo rapidamente.

Naoto Kan assumiu o cargo de primeiro-ministro do Japão em junho de 2010 e já sofreu uma grande queda em sua popularidade.

Kan está reorganizando seu gabinete e ministérios para enfrentar uma ameaça da oposição, de paralisar o governo.

Dilma não quer gastar capital político com reforma da Previdência - VALDO CRUZ

A presidente Dilma Rousseff não vai propor uma reforma da Previdência Social e deve deixar para o Congresso a reforma política.

Segundo Dilma diz a interlocutores, não vale a pena investir em reformas que impliquem custo político e consumo de energia monstruosa neste início de mandato.

A presidente prefere usar seu capital político na aprovação de três ou quatro projetos pontuais da reforma tributária, entre eles a desoneração da folha de pagamento, que devem ser enviados ao Congresso em fevereiro.

Em sua opinião, essa é a prioridade da agenda política para dar mais competitividade ao empresariado nacional, principalmente diante do aumento da competição de produtos externos.

A equipe de Dilma avalia as chances de aprovação da reforma em bloco são praticamente nulas.

Em sua segunda semana de trabalho, Dilma dirá à sua equipe que terá de fazer cortes em seus orçamentos para garantir o cumprimento da meta de superávit primário de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) e vai exigir de todos ministros que façam mais com menos.

O recado será dado amanhã, durante sua primeira reunião ministerial, quando também irá cobrar compromisso com a ética e a prática republicana de gestão.

Segundo ela defende em conversas, esse princípio não será uma recomendação, mas uma exigência. Ela dirá à sua equipe que não vai deixar de tomar providências toda vez que houver uma acusação procedente.

Sua insistência nesse ponto, segundo interlocutores, tem o objetivo de mostrar que não será tolerante com desvios. Na avaliação da presidente, a máquina pública tem de ser transparente, passível de controle total, mas reconhece que não é possível garantir preventivamente que não irão surgir problemas em seu governo.

Para sintetizar seu pensamento sobre o tema, diz não querer a virtude dos homens, mas das instituições.

CRISE COM O PMDB

Depois de enfrentar logo na primeira semana de trabalho um início de crise com seu principal aliado, o PMDB, Dilma decidiu que as indicações de segundo escalão, de autarquias e estatais, ficarão para fevereiro.

A ordem, agora, é fazer tudo negociado para evitar derrotas no Congresso. Sua mensagem à base aliada, no entanto, será que aceitará indicações políticas para esses cargos, mas exigirá que os nomes indicados tenham perfil técnico.

No caso do sistema Eletrobrás, sinaliza que vai levar essa exigência ao extremo, pois deseja impor à estatal um modelo de governança como o adotado na Petrobras. E vai determinar ainda que as subsidiárias da estatal não terão mais autonomia em suas decisões. Medidas que vão afetar um setor com forte influência peemedebista.

Nas agências reguladoras, Dilma tomou a decisão de não aceitar nomeações políticas. Em sua opinião, não será proibido político sugerir algum nome, mas terá de ser o de um técnico. Sem exceção.

Ao orientar sua equipe a enxugar seus orçamentos, dirá que devem ser priorizados cortes em despesas com viagens, carros, gasolina, aluguéis e reformas. Deixará, porém, seus ministros à vontade para escolher onde cortar, desde que dentro da meta de cada um.

Dilma dirá a seus ministros que os investimentos públicos deverão ser poupados, o que inclui principalmente as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Segundo ela, manter e acelerar os investimentos é essencial para garantir a estabilidade econômica do país. Seu lema é que o crescimento do Brasil não produz crise, pois está baseado no aumento da taxa de investimentos e do mercado consumidor.

A presidente ainda não definiu o tamanho do corte, mas reconhece que ele terá de ser suficiente para cumprir a meta de superávit primário de 3% do PIB. Segundo ela, a ordem será buscar a eficiência nos gastos públicos em seu governo.

NÚCLEO DE GESTÃO

Para melhorar a qualidade dos gastos públicos, o governo Dilma vai criar, até março, um conselho de gestão e competitividade, ligado diretamente à Presidência da República. O empresário Jorge Gerdau vai participar desse conselho, cujo primeiro trabalho será no Ministério da Saúde.

Além disso, Dilma vai determinar à sua equipe que trabalhe na criação de portas de saída do Bolsa Família. Sua intenção é utilizar programas de treinamento de mão de obra, tanto da mais qualificada como daqueles que necessitam de uma inclusão produtiva.

A presidente informou ainda a interlocutores que vai criar a Comissão da Verdade, mas vai deixar claro que o objetivo é apurar o que aconteceu no período da ditadura militar, mas que ela não terá poder para alterar a Lei da Anistia.

Segundo ela, isso já é questão definida pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ou seja, a comissão funcionará dentro dos limites já definidos pelo tribunal.

Resgate dramatico de mulher em correnteza na Região Serrana do Rio

Telescópio descobre galáxias a 12 bilhões de anos-luz - BBC Brasil

Mudanças climáticas não podem ser desculpa para enchentes, diz especialista - BBC Brasil

O aumento da incidência de chuvas em consequência das mudanças climáticas globais não pode servir de desculpa para os governos não agirem para evitar enchentes, na avaliação de Debarati Guha-Sapir, diretora do Cred (Centro de Pesquisas sobre a Epidemiologia de Desastres), de Bruxelas, na Bélgica.

"Não é possível fazer nada agora para que não chova mais. Mas temos que buscar os fatores não ligados à chuva para entender e prevenir desastres como esses (das enchentes no Brasil e na Austrália)", disse ela à BBC Brasil.

"Dizer que o problema é consequência das mudanças climáticas é fugir da responsabilidade, é desculpa dos governos para não fazer nada para resolver o problema", critica Guha-Sapir, que é também professora de Saúde Pública da Universidade de Louvain.

O Cred vem coletando dados sobre desastres no mundo todo há mais de 30 anos. Guha-Sapir diz que eles indicam um aumento considerável no número de enchentes na última década, tanto em termos de quantidade de ocorrências quanto em número de vítimas.

Segundo ela, as consequências das inundações são agravadas pela urbanização caótica, pelas altas concentrações demográficas e pela falta de atuação do poder público.

"Há muitas ações de prevenção, de baixo custo, que podem ser adotadas, sem a necessidade de grandes operações de remoção de moradores de áreas de risco", diz, citando como exemplo proteções em margens de rios e a criação de áreas para alagamento (piscinões).

Para a especialista, questões como infraestrutura, ocupação urbana, desenvolvimento das instituições públicas e nível de pobreza e de educação ajudam a explicar a disparidade no número de vítimas entre as enchentes na Austrália e no Brasil.

"A Austrália é um país com uma infraestrutura melhor, com maior capacidade de alocar recursos e equipamentos para a prevenção e o resgate, com instituições e mecanismos mais democráticos, que conseguem atender a toda a sociedade, incluindo os mais pobres, que estão em áreas de mais risco", afirma.

Para ela, outro fator que tem impacto sobre o número de mortes é o nível de educação da população. "Pessoas mais educadas estão mais conscientes dos riscos e têm mais possibilidades de adotar ações apropriadas", diz,

Apesar disso, ela observa que a responsabilidade sobre as enchentes não deve recair sobre a população. "Isso é um dever das autoridades. Elas não podem fugir à responsabilidade", afirma.

Justiça afasta chefe de presídio do DF por suspeita de tortura - Filipe Coutinho

O chefe do núcleo federal do presídio da Papuda, maior penitenciária de Brasília, foi afastado pela Justiça pela suspeita de torturar presos, com agressões físicas e até o fornecimento de água com detergente para os detentos.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o agente da Polícia Federal Avilez Novais cometeu abuso de autoridade e diversos tipos de tortura. Os procuradores ouviram presos e agentes, que relataram "um verdadeiro clima de terror e pavor".

Os procuradores afirmam que Avilez agia em retaliação às queixas e reclamações sobre o tratamento recebido na Papuda, apresentadas pelos presos durante audiências judiciais e inspeções realizadas no local por membros do Ministério Público.

Segundo a denúncia, o chefe do setor federal da Papuda fazia agressões físicas e mentais, e cortava arbitrariamente os banhos de sol e visitas, além de obrigar os presos a dormirem sem colchão e beber água com detergente, o que provocou diarreia e desidratação em vários internos.

Em um dos episódios relatados, os detentos disseram que foram obrigados a correr nus pelo corredor da carceragem, enquanto retornavam às suas celas após o procedimento de revista geral. A situação constrangedora podia ser visualizada no monitor do circuito fechado de TV do complexo penitenciário, localizado na área de administração da unidade.

Em outro caso, os presos foram levados para o pátio apenas de cuecas e lá tiveram de permanecer, por mais de três horas, sob o sol, sentados com as pernas cruzadas ou encolhidas, de cabeças baixas e algemados com as mãos para trás. Dois internos passaram mal e um deles precisou ser encaminhado ao hospital.

RISCO IMINENTE

Na decisão de afastar Avilez, o juiz federal Ricardo Leite diz que novos casos poderiam ocorrer caso o agente permanecesse no cargo.

"Há indício suficiente de autoria, mesmo sendo basicamente as testemunhas detentos do núcleo de custódia. Presume-se que situações semelhantes podem voltar a ocorrer. Assim, o afastamento do agente é medida indispensável e iminente", justificou o juiz.

De acordo com o magistrado, a permanência do agente da PF na Papuda "pode gerar um clima de tensão que não é recomendável em nenhum ambiente".

O juiz deu o prazo de 15 dias para que Avilez se pronuncie, antes de decidir se aceita a denúncia da procuradoria.

A Folha procurou a Polícia Federal, que disse que não vai comentar o caso até que o agente se pronuncie. A PF disse ainda que não estava autorizada a passar os contatos de Avilez ou de seus advogados.

Esse presídio é o mesmo onde o italiano Cesare Battisti, pivô de uma crise entre Brasil e Itália, está preso até que o Supremo Tribunal Federal se pronuncie sobre a decisão do governo brasileiro de libertá-lo.

Vínculos com Espanha e Portugal podem fazer América pagar por crise europeia - DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

A América Latina pode pagar pela crise da dívida na zona do euro, especialmente na Espanha, país que mantém fortes vínculos bancários e financeiros com a região, advertiu nesta quarta-feira o Bird (Banco Mundial).
A política monetária na América Latina está sobrecarregada com a entrada em massa de capital estrangeiro, o que pode desequilibrar o robusto crescimento da região, de 5,7% em 2010, prevê o Bird.

América Latina deverá crescer 4% em 2011, uma desaceleração em relação ao ano passado, acompanhando a queda no ritmo mundial, previsto para 3,3% em 2011, destaca o relatório.

Segundo o Bird, "a América Latina tem estreitos vínculos financeiros e comerciais com Espanha e Portugal, e poderá ser exposta a repercussões significativas se as condições nestes países se deteriorarem".

Caso os bancos de Espanha e Portugal sejam obrigados a reestruturar sua dívida ou buscar liquidez em suas filiais na América Latina, pode haver um endurecimento severo do crédito na região.

Bird destaca que 13% do volume de investimento estrangeiro direto recebido pela América Latina em 2010 procedeu da Espanha, e que os bancos espanhóis possuem 25% do mercado no México, Chile e Peru.

O Banco Mundial destaca que 95% dos fluxos de capital privado e 78% da compra da dívida pública a curto prazo durante 2010 foram parar apenas em nove países: China, Brasil, Índia, Turquia, África do Sul, México, Indonésia, Tailândia e Malásia.

Como consequência, a América Latina, que mostrou uma destacada reação à crise financeira em 2009 e 2010, está suportando altos desequilíbrios.

"Apesar dos esforços para controlar a expansão monetária com taxas de juros mais altas e controles administrativos [incluindo impostos sobre fluxos de capital a curto prazo], muitas moedas na região valorizaram abruptamente, o que prejudica a competitividade" de suas exportações.

O Bird reconhece que a América Latina se beneficia, de todas as formas, do firme aumento dos preços das matérias-primas nos mercados internacionais, exceto pelo impacto do petróleo.

Em 2011, o banco prevê um crescimento de 4,4% para o Brasil, de 3,6% para México, 4,7% na Argentina, 4,4% para Colômbia, 5,5% no Peru e de 5,8% para Chile.

Venezuela mostrará novamente os piores indicadores econômicos, com crescimento de 0,9%.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Família britânica produziu apenas uma sacola de lixo em 2010

Uma família britânica diz ter conseguido produzir apenas uma sacola de lixo em todo o ano de 2010. O casal Richard e Rachelle Strauss e a filha Verona, de 9 anos, reciclam praticamente tudo, plantam grande parte da própria comida e transformam restos de alimento em adubo.

Além disso, eles compram produtos diretamente de produtores locais para evitar embalagens em excesso e quando vão ao açougue, por exemplo, eles levam os próprios recipientes.

Em 2009, eles conseguiram reduzir sua produção de lixo para apenas uma lata. Em 2010, os Strauss, que vivem em Longhope, no condado de Gloucestershire, eles decidiram aumentar o desafio e não produzir lixo nenhum.

"Estamos muito felizes com o resultado. Nós sabíamos que produção 'zero' de lixo seria impossível, mas se você não colocar as metas lá no alto, nunca vai saber o que pode alcançar", disse Rachelle Strauss.

A pequena sacola de lixo continha alguns brinquedos quebrados, lâminas de barbear, canetas e negativos fotográficos.

Contaminação por plástico

A ideia de reduzir drasticamente a produção de lixo da família surgiu em 2008, mas quando Rachelle falou com o marido sobre sua proposta, percebeu que ele não estava interessado.

"Richard só resolveu encampar a ideia depois de ler uma série de artigos sobre os danos causados à vida marinha pela contaminação por plástico. Ele ficou muito impressionado", disse Rachelle à BBC Brasil.

Os Strauss começaram o desafio reduzindo o uso de plástico. Depois, passaram a reciclar e reaproveitar cada vez mais, além de usar baterias recarregáveis e painéis solares para gerar energia.

A experiência foi contada em um site na internet, o www.myzerowaste.com, que acabou virando referência sobre reciclagem e tem mais de 70 mil visitantes por mês.

"Para quem quer reduzir a produção de lixo, minha primeira dica seria pensar no que você está comprando e escolher produtos com menos embalagem e com invólucros que sejam recicláveis. Em segundo lugar, é importante evitar o desperdício de alimento. Aqui na Grã-Bretanha, um terço da comida que compramos acaba no lixo. Em terceiro lugar, tente reciclar o máximo que puder", aconselha Rachelle.

Asteróides: o perigo que vem do espaço

A queda de um grande asteróide provocaria uma catástofre na Terra. Mas o astrônomo Detlef Koschny diz que o risco é pequeno e que os corpos celestes que se aproximam do planeta são identificados com muita antecedência.

O choque de um asteróide contra a Terra parece mais um cenário de horror num filme de ficção científica do que uma situação real. Mas a ameaça existe, de acordo com especialistas. Por isso, eles querem criar um programa internacional de defesa espacial para proteger o planeta.

O assunto foi abordado durante um encontro, em dezembro passado, no Centro Europeu de Operações Espacial, em Darmstadt, na Alemanha. Como resultado do encontro, os especialistas recomendaram às Nações Unidas a formação de um grupo de trabalho internacional, com o objetivo de planejar missões de defesa espacial.

Apesar de raras, grandes catástrofes naturais causadas por asteróides já foram registradas na história do planeta. Por exemplo, a queda de um grande asteróide há 65 milhões de anos no México. O choque do corpo celeste com a Terra mudou radicalmente o clima do planeta e resultou no desaparecimento dos dinossauros. Outro caso mais recente, com impactos comparativamente bem menores, foi registrado em 1908, na Sibéria.

A cada 200 ou 300 anos há o risco de um asteróide perigoso cair sobre a Terra. O próximo a se aproximar do planeta é o Apophis, de 270 metros de diâmetro, que no dia 13 de abril de 2029 estará a uma distância de 30 mil quilômetros da Terra.

No entanto, o risco de um choque é pequeno, como explica o astrônomo Detlef Koschny, coordenador do departamento que monitora asteróides na Agência Espacial Europeia (ESA). Em entrevista à Deutsche Welle, o pesquisador explica que a população mundial não precisa ficar com medo, pois a aproximação de asteróides da Terra sempre é detectada com muitos anos de antecedência.

Deutsche Welle: O asteróide Apophis deverá passar perto da Terra em 2029 e em 2036. Isso lhe preocupa?

Detlef Koschny: Não, nós não estamos preocupados, porque a probabilidade de uma choque é pequena. Mas tratamos o tema com suificiente seriedade para dar início um projeto no qual nos ocuparemos com a observação e uma eventual defesa contra asteróides.

Que tipo de consequências poderíamos sofrer caso um asteróide se chocasse com a Terra nos dias de hoje?

Um bom exemplo é o que aconteceu na Sibéria em 1908. Um asteróide com cerca de 40 metros de diâmetro, o equivalente a um décimo do Apophis, explodiu a uma altura de 15 quilômetros acima da Terra. Felizmente, a explosão aconteceu na Sibéria, em Tunguska, uma região onde praticamente não há moradores. O asteróide destruiu uma área florestal equivalente a uma cidade como Berlim ou Londres. Se um corpo celeste semelhante caísse sobre uma cidade grande, ela seria destruída.

A probabilidade de um asteróide chocar-se contra a Terra depende do tamanho dele. Um impacto provocado por um corpo celeste de uma grandeza de quilômetros, semelhante ao que dizimou os dinossauros, acontece a cada 65 milhões de anos, do ponto de vista estatístico. Ou seja, é realmente raro.

Na Agência Espacial Europeia os asteróides são observados e catalogados. Isso quer dizer que o monitoramento do espaço com telescópios é feito dia e noite pelos astrônomos?

Sim, a princípio é exatamente isso. Nós estamos desenvolvendo uma rede de observação composta por muitos telescópios, que rastreiam todo o céu durante a noite. Isso acontece de maneira automática e se os computadores identificarem algo, os astrônomos precisam fazer uma análise mais detalhada.

Qual o procedimento no caso de descoberta de um asteróide perigoso para a Terra? Existe um alarme imediato para toda a comunidade internacional?

Há um filme no qual Bruce Willis pega o telefone e avisa imediatamente o presidente americano. Naturalmente isso não é verdade, pois seria um problema internacional. Caso houvesse a colisão de um asteróide, o planeta todo seria atingido. Não é possível saber de antemão onde o asteróide cairia. Uma possibilidade seria coordenar a implantação de medidas de segurança por meio do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Como exatamente nós poderíamos nos proteger da queda de um asteróide?

Se um asteróide perigoso for descoberto, isso não significa que ele vai se chocar contra a Terra amanhã, isso poderá durar ainda de 10 a 15 anos. É tempo suficiente para planejar uma missão espacial que voe até o asteróide e o desvie. Seria necessário colidir uma grande massa contra o asteróide, para que ele saísse minimamente da sua rota. Os dez anos que faltariam [para a colisão] seriam suficientes para que ele se desviasse da Terra.

Então quer dizer que podemos olhar para o céu durante a noite de maneira mais tranquila?

Claro. Ninguém precisa ter medo de que uma pedra caia do céu sobre a sua cabeça. É mais importante prestar atenção nos carros quando se atravessa a rua.

Autor: Jan Bruck (df)
Revisão: Alexandre Schossler

Sonzera! apresenta Judas no Balaio Café, 15/01.


..Criada em 2009 na Capital Federal, a banda Judas reflete em sua sonoridade a principal característica da cidade em que nasceu: a diversidade. ....
..Judas conta com um grupo de 6 músicos experientes e atuantes no cenário musical brasiliense, de diferentes influências e procedências, apresentando uma textura musical rica e variada.....
..O violão junto com a viola caipira, a rabeca, pífano e a percussão trazem a sonoridade das tradições musicais populares brasileiras. O contraste desses instrumentos com o baixo elétrico, a guitarra elétrica, a bateria e a escaleta mais o uso de efeitos no violão e na viola fazem o link com o rock e a música pop. ....
..O nome de batismo explora a dicotomia entre o Judas Bíblico e o recém-descoberto Judas redimido do Evangelho apócrifo, pretendendo representar, na figura de um proscrito (não se sabe por que nem de onde, se justa ou injustamente), um andarilho arquetípico - construído de maneira não-maniqueísta - todos aqueles marginalizados que buscam uma espécie de redenção. ......Apesar de apenas 4 meses de vida o Judas foi selecionado em Março de 2010 em duas etapas do Festival Caça Bandas estreando no UK Pub em Brasília por este festival. Por conta disso participou de dois programas de rádio na rádio Cultura FM 100,9.....

Brasileiro se interessa mais por ciência, mas desconhece instituições de pesquisa - SABINE RIGHETTI

Não é só por bola de futebol que o brasileiro se interessa, mas também por pipetas e microscópios. Pelo menos é isso o que sinaliza uma pesquisa do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia).

De acordo com os dados, o brasileiro está mais interessado em ciência e tecnologia do que estava em 2006 e o interesse declarado (ou seja, o que a pessoa afirma ter) já supera até o tema "esportes".

No entanto, apenas 12% dos entrevistados conseguem citar o nome de um cientista brasileiro e só 18% sabem mencionar de cabeça uma instituição científica.

Quem consegue nomear está na parte mais rica da população. "Isso mostra que o Brasil ainda é uma país extremamente desigual", analisa o físico Ildeu de Castro Moreira, coordenador do trabalho.

E os cientistas mais citados são Oswaldo Cruz e Carlos Chagas. "Praticamente ninguém menciona cientistas sociais, sendo que o Brasil têm nomes importantíssimos como Paulo Freire e Gilberto Freyre", completa.

A pesquisa consultou 2.016 brasileiros com objetivo de investigar as atitudes e percepções dos brasileiros sobre a ciência e tecnologia. O trabalho dá continuidade a uma investigação similar realizada em 2006.

RESULTADOS

A amostra foi desenhada de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de modo que os resultados possam ser projetados para o que o brasileiro "médio" pensa sobre vários temas.

O nível de interesse em ciência e tecnologia aumentou significativamente desde 2006. O número de interessados ou muito interessados no tema subiu de 41% para 65% dos respondentes.

Em ambiente, o interesse disparou de 58% para 83% no mesmo período --empatando com o gosto por medicina e saúde.

Para o coordenador do trabalho, o resultado condiz com o momento atual de preocupações ambientais no mundo e no Brasil- especialmente na Amazônia.

FUTEBOL E CIÊNCIA

Outro dado que chama atenção é que o tema "ciência" tem quase o mesmo nível de interesse declarado (65%) que esportes (62%).

"As pessoas, no geral, estão mais interessadas em todos os assuntos. No caso da ciência, isso reflete o momento positivo da situação econômica do país e a ampliação do acesso a espaços e atividades científico-culturais", explica Moreira.

Apesar do interesse científico declarado de boa parte dos entrevistados, 92% dos consultados revelaram que não frequentam museus de ciência (37% dos quais sob a justificativa de que eles não existem na sua região).

Mesmo baixo, o número de visitantes dobrou desde 2006, passando de 4% para pouco mais de 8%.

Entre as pessoas com ensino superior completo, no entanto, o índice de visitação sobe para 14% dos respondentes- e se aproxima dos índices europeus, que é 18%.

MAIS CONFIANÇA

Outro dado que muda de acordo com a escolaridade e classe econômica do entrevistado é o índice de confiança em determinados profissionais como fonte de informação --com exceção de médicos, que são "confiáveis" para todas as classes.

Entre os mais pobres, a confiança nos religiosos é maior do que nos cientistas. Já nas classes com mais recursos e formação, os campeões são os cientistas de instituições públicas. Quem faz ciência em instituições privadas parece ter uma certa descrença do entrevistado.

Em relação à ciência brasileira, a opinião geral é que ela vai bem. A avaliação sobre a posição da ciência do Brasil no mundo tem se tornado cada vez mais positiva.

Para metade dos brasileiros consultados, ela está hoje em uma posição intermediária.

Mas, novamente, o resultado muda conforme a condição econômica: pessoas de classes menos favorecidas têm, em geral, uma posição mais otimista em relação à ciência brasileira.

Em outras palavras, quanto menor o nível econômico do entrevistado, mais ele declara achar que a ciência nacional é bastante avançada.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

China diz ter tecnologia para garantir combustível nuclear por 3.000 anos

A televisão estatal da China anunciou nesta segunda-feira que o país desenvolveu um processo próprio para reprocessar combustível nuclear que poderia garantir o abastecimento de suas usinas por 3.000 anos.

O país lançou um ambicioso programa para construir diversas usinas nucleares, mas a mídia estatal afirma que o atual estoque chinês de urânio --usado no programa nuclear-- é suficiente apenas para os próximos 70 anos.

Há 24 anos cientistas chineses vêm trabalhando no método de reaproveitamento de combustível.

O novo sistema é caro e complexo, mas permite que combustível nuclear usado seja utilizado novamente nas usinas.

A China não é o primeiro país a desenvolver estações para reprocessamento de combustível nuclear -- França, Reino Unido e Índia já têm tecnologias similares para isso.

Mas, no caso chinês, a tecnologia terá implicações ainda mais significativas, já que o país tem procurado reduzir a atual dependência do carvão por meio da diversificação de suas fontes energéticas.