domingo, agosto 30, 2009

Impressões

É de causar boa impressão em qualquer pessoa. No embalo de uma suave canção brasileira e com um resto de inseto entre os dedos, cigarro pendendo nos lábios, também estou impressionado com a facilidade que há em se disponibilizar e de transmitir dados pela web.
Hoje tirei o dia pra nada. Uma dor nas costas me aflinge. O Domingo esteve bonito até agora. Nem sinal de um dia feio ou de alguma notícia ruim até agora. Não possuo tv a cabo e não sinto muito falta dela. Uso uma ferramenta de tv online que é coisa de doido. Muito eficiente, muito veloz, muito IN, tem suas deficiências de definição, mas isso é uma via de mão dupla: quem transmite e quem recepciona, os sistemas tem que ser muito compatíveis e compatibilidade é algo muito abrangente no meio da informática. Mas eu assisti a motog gp, assisti roma e juventus, athletico bilbao e sevilha. Depois disso me ocorreu, me veio a luz um impulso de uma idéia que me persegue. Sempre quis ter uma rádio na internet, tenho todo o projeto dela montado, mas não é uma coisa que eu me sinta muito inclinado a fazer. Muita disciplina. Mas não abri mão de aprender como fazer uma dessas tv online, uma que está trasmitindo aqui de minha webcam agora mesmo. O processo foi fácil demais. Qualquer um pode ter o seu meio de transmissão, pode dividir vídeos e programas de forma muito rápida. Estou impressionado, quis fazer um protótipo pro Bílis Negra... até agora estou transmitindo música com a imagem que der na telha, o pôr-do-sol rolou, agora estou me filmando digitando escrevendo e depois ainda não decidi. Ser locutor ou apresentador de programa na internet não é minha idéia, mas eu e o Breno pensamos em algo legal. Integrar nosso estúdio com essa TV e de repente estaremos fazendo umas coisas com nossos amigos mais talentosos... umas apresentações ao vivo com streaming ao vivo e uma gravação. Melhor do que não fazer absolutamente nada no Domingo. 100% trabalho é um dos meus nomes.

Bílis Negra TV

Watch live video from bilisnegra on Justin.tv

quinta-feira, agosto 27, 2009

Letícia Sabatella para a revista Quem

QUEM: Você declarou seu voto ao presidente Lula. E, ao mesmo tempo, é uma pessoa que sempre apoiou o movimento dos sem-terra (MST). Como está vendo o governo em relação à política agrícola?
LS: Acho que nosso governo realmente precisa atender melhor os movimentos, acho que há uma carência nesse atendimento, sim.

QUEM: Você ainda participa do MST?
LS: Já abraçava a causa, mas é claro que conhecer e ver de perto é bem diferente. Já tinha visto trabalho escravo, a realidade de pessoas em presídios, nas ruas, já tinha vivido esse caos urbano. Quando conheci o MST, vi que tinha muito a ver com o que pensava. Eu vejo solução quando a pobreza se organiza na forma de um movimento, de modo cidadão, para lutar por seus direitos. O que eu vejo é uma truculência do poder oficial. É truculento aceitar a existência de um Estado que mantém trabalho escravo através de políticos, de dirigentes, de pessoas que estão no Senado, no Congresso, que praticam isso.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Omedcast.net - Sensacional!

Watch live video from OMEdICast on Justin.tv

Impressões

Impressões

"Na pós-modernidade, o indivíduo é o centro irradiador dos parâmetros normativos, mas o exercício dos direitos personalíssimos se faz em concorrência com a preservação dos direitos que emergem da inafastável e necessária convivência social. Assim, aquele que se revela inapto a tanto, não pode, invocando o direito de ir e vir, impedir o convívio pacífico dos demais", ressaltou a magistrada e desembargadora do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), Marilene Melo Alves.


Camera Obscura

Impressões



http://hypem.com/track/889406/Pearl+Jam+-+The+Fixer

Impressões

Bom, desde Sábado chove em Brasília. O que causa espanto geral é o tipo de caos generalizado que causa o pensamento: por que está chovendo no período de secura? Pessoas mais crédulas podem estar acreditando nos verdadeiros sinais do final dos tempos e do começo de uma nova era? Ou é apenas o sintoma das muitas atrocidades que a indústria, o comércio, enfim a generalização da produção de bens e de lixo que está atolando o mundo nessas mudanças climáticas? É a mudança de ângulo que o tsunami da Indonésia impôs ao mundo que está determinando essas estranhezas? Pensemos todos juntos, é muita coisa ao mesmo tempo acontecendo e tenho certeza de que, se não é o final dos tempos realmente, é o véu da incerteza que está abrindo seu caminho para uma humanidade mais determinada, mais afim de, ou destruir geral, ou então preservar geral. Como não existe um caminho, um meio termo como a vida dos índios brasileiros e, pelo visto, como os maias e os incas também um dia foram, então ainda vivemos o dilema: ter ou não ter, no que ter tange o ter o necessário e o não ter abdicar daquilo que não parece necessário, o que seria também muita coisa a se jogar fora imediatamente da mente e dos armários. E a necessidade teria que ser um bem individual muito bem plantado nas pessoas, um novo valor sobre a forma de consumir, desde a comida até o reaproveitamento do lixo orgânico, das roupas que usamos diariamente e aquelas que reservamos para os dias especiais (quais dias seriam esses senão todos?); onde estaria a vontade de ser melhor do que se é, do que se foi, do que será se um dia a necessidade for apenas um conceito?
Estou com a impressão de que essa chuva em Brasília não é um sinal apocalíptico ou um reflexo de mudanças astronômicas, mas é uma nuance sobre o particular, sobre a nossa pequenez dentro das gotas de chuva grossa que caem sobre nosso planalto e me pergunto mesmo, de coração cheio, as plantas estarão mais felizes? Os animais peludos estarão mais relaxados de tanta secura e calor juntos? As sinusites e renites e bronquites cessarão por um tempo? Ou este é o clima propenso à gripe suína e estamos caindo em um processo natural pandêmico de reestruturação das massas?
A ordem é não fugir do perigo agora. É a hora de criar coragem, imaginação, saúde e plantar a semente do futuro onde, sim, é onde estará a nova pessoa que a todos nós suplantará. Viverá em terreno lodoso no mundo das personificações do ego ou atingirá a plenitude das transformações da natureza e se transformará em um ser mais belo? Estou aqui enquanto meu coração bater. Quero muito ver o futuro por mais uns 40 anos e prestigiar esse momento histórico de mudanças gerais. Isso aqui é o fundo do poço histórico em muitos sentidos, principalmente no campo da destruição dos bens naturais e da desinformação das pessoas. Mas há algo nos nossos genes que nunca irá desaprender, nunca irá desistir e, quicá, pegará uma nave espacial e irá embora daqui levando uma tela de Picasso, alguns lps e um pedaço de diamante e outro de pedra que faz fogo.

segunda-feira, agosto 24, 2009

se me perguntarem, eu digo: copiei essa do site do G1. Belchior é muito importante.

Fãs e amigos comentam sumiço do compositor Belchior
Músico tem 35 anos de carreira e cerca de 50 discos lançados.
Uma das irmãs diz que último contato foi há três anos.
Do G1, com informações do Fantástico

Um mistério na MPB: o que terá acontecido com Belchior, compositor e intérprete que estourou nos anos 70, foi gravado por grandes nomes como Roberto Carlos e Elis Regina e nunca deixou de receber convites para shows em todo o Brasil? A única coisa que se sabe é que ele sumiu do mapa.

“Tem gente que diz que ele está na Holanda, tem gente que diz que ele está em São Paulo”, conta o fã Luiz do Monte. “Eu procurei alguns empresários que eu sei que trabalhavam com ele. Eles disseram que nunca mais fizeram show com ele, porque não o encontram”, diz o ex-sócio e parceiro Jorge Mello.

Ao todo, são 35 anos de carreira, cerca de 50 discos lançados e uma intensa agenda de shows. Uma obra que é tema até de estudos acadêmicos. “Em 287 páginas, eu analiso toda a obra do Belchior”, afirma a professora Josy Teixeira, da Universidade Estadual do Ceará.

Canções que ele criou viraram clássicos, gravados por nomes como Roberto Carlos e Elis Regina e também pelas novas gerações, como Los Hermanos. “As músicas dele era bem avançadas. Nós é que estávamos atrasados, e ele tava sempre na frente”, ressalta o produtor Antônio Mendes Foguete.

De repente, amigos, parceiros e a família perguntam: onde está Belchior? “Para a família, ele está sumido desde 2007, há dois anos”, afirma Leonardo Scatolini, advogado da ex-mulher de Belchior.

Produtor de Belchior durante 15 anos, Jackson Martins diz que chegou a conversar com ele sobre uma mudança de vida: “ele falou que ia dar uma incerta, que ia mudar a vida dele”. Em um vídeo, Belchior é flagrado cantando em abril deste ano, em Brasília. Ele apareceu de surpresa em um show de Tom Zé. E o público vibrou.

O Fantástico, então, começou a procurar o compositor sumido. A primeira tentativa foi o também compositor Renato Texeira. Ele afirma que não tem notícias de Belchior e acha estranho o sumiço.

O produtor que quer agendar shows para Belchior também não tem pistas. “Não existe notícia. Diariamente, eu ligo atrás dele”, conta Georges Jean.

O Fantástico procurou Belchior por telefone, sem sucesso. Os números mudaram.

“Quando foi um dia, alguns empresários me ligaram falando que queriam fazer um show do Belchior. Eu disse: ‘não sei, não tenho ideia’. Falei para ligarem para os telefones, mas ninguém atende. Eu tentei, e realmente ninguém atendia”, revela Jorge Mello, parceiro e ex-sócio do compositor.

Belchior também é pintor. O fantástico localizou, em São Paulo, o imóvel alugado que ele usava como ateliê. A correspondência se acumula na caixa de correio. Nem sinal do artista.

Descobrimos também o hotel em que ele morou e onde viveu por pouco mais de um ano. Belchior saiu deixando tudo para trás, inclusive um carro Mercedes Benz no estacionamento ao lado.

“Eu convivi com ele de 2006 até 2008, até o dia do sumiço dele, quando nunca mais eu tive notícia. O carro ficou, porque ele tinha dois veículos”, conta o sócio do estacionamento, Miguel dos Santos.

Para aumentar o mistério, em outubro do ano passado, outro carro de Belchior foi abandonado no estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e continua lá até hoje. São quase R$ 18 mil em dívidas. Telegramas enviados pela administração do estacionamento foram devolvidos pelos correios.

Em Fortaleza, uma das irmãs do compositor, Ângela Belchior, diz que teve um último contato com ele há três anos. “Eu acredito que ele está fazendo um presente maravilhoso pra trazer para todos os fãs”, aposta.

3 perguntas
Um primo de Belchior, Ednardo Nunes, que mora em Campinas, começa a desvendar o mistério. Na primeira pergunta, se Belchior estaria ou não no Brasil, ele diz: “sendo um artista do mundo, Belchior naturalmente bate perna por aí, porém a parada dele é realmente São Paulo e Brasil”.

Pai de um casal filhos, separado da mulher, Belchior teria tido problemas familiares? “Belchior é um homem ligadíssimo à família. É um homem de um coração maravilhoso”, ressalta o primo do compositor.

Belchior estaria descontente com a carreira musical, por não ser tão valorizada quanto mereceria?

“Artistas no nível dele têm um melhor aproveitamento para com a questão dos shows, a questão dos eventos. Então, eu acho que isso faz parte de uma revolução que ele possa querer dar na carreira dele”, aposta.

Por que abandonou o hotel e o ateliê? “É uma questão mesmo que ele mudou o roteiro do cotidiano dele, isso sim, porém não é abandono”, diz Ednardo Nunes.

O que dizer, então, dos carros e das dívidas? “Belchior é uma pessoa organizada, com as suas coisas. Então, que seja carro, livro, quadro, que seja a própria situação de não estar no palco, isso faz parte provavelmente do projeto dele, do qual nós estamos curiosos para saber”, declara o primo de Belchior.

A dúvida que todo mundo tem: Belchior vai voltar? “Eu quero acreditar que nós vamos ter uma surpresa muito em breve.”

“Acho que é o que todo mundo está querendo”, comenta Josy Teixeira.

Por ora, a única pessoa que pode esclarecer tantas dúvidas, o próprio Belchior, dá como resposta o silêncio e o sumiço.

Impressões

Madrugada de Segunda-Feira:
choveu no Sábado e no Domingo no inverno brasiliense
Amy Winehouse toca com os The Specials no V Festival e a bandeira mais flagrante no vídeo é a do Brasil

Corinthians empata com o Botafogo em 3 a 3 em jogo com muitos erros de arbitragem e com direito a gol de mão a favor do time do Rio de Janeiro
Rubens Barrichelo ganha sua décima corrida e faz a centésima vitória de um brasileiro na fórmula 1
Usain Bolt ganha sua terceira medalha de ouro no mundial de atletismo em Berlin no revezamento 4x100m. Brasil fica em sétimo lugar na final
Seleção brasileira de vôlei feminino ganha pela oitava vez o Grand Prix com 14 vitórias e nenhuma derrota
Roger Federer atropela Djokovic e ganha o Master 1000 de Cincinatti por dois sets a zero: 6x1 e 7x5

sexta-feira, agosto 21, 2009

A Menina Espantalho

A MENINA ESPANTALHO / THE SCARECROW GIRL from Cássio Pereira dos Santos on Vimeo.



Caros amigos, parceiros e colaboradores:

Gostaria de convidá-los para a exibição do meu filme A Menina Espantalho (2008, DF) durante o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo:

http://www.kinoforum.org.br/curtas

O curta foi selecionado para participar do programa infanto-juvenil e pode ser conferido na Mostra Infantil 2:

22/08 - 16H00 - Museu da Imagem e do Som

23/08 - 15H00 - Cinemateca - Sala BNDES

26/08 - 10H00 - Cineclube Grajaú

30/08 - 16H00 - Centro Cultural São Paulo

Estarei presente nas três primeiras sessões.

Abraços,

Cássio.



SINOPSE:

Luzia mora no campo com seus pais e o irmão Pedro. Quando o irmão começa a frequentar a escola, Luzia mostra sua vontade em acompanhá-lo, mas seu desejo não é respeitado pelo pai autoritário. Enquanto vigia um arrozal, a menina busca outros caminhos para aprender a ler.

ASSISTA A UM TRECHO DO CURTA:

http://www.vimeo.com/3971830

PRÊMIOS EM FESTIVAIS:

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: Melhor Roteiro, Menção Honrosa, Prêmio IESB e Troféu da Câmara Legislativa do DF / Festival de Curtas de Tóquio: Prêmio do Júri Popular - competição internacional / Festival de Cinema Infantil de Florianópolis: 3o. lugar segundo júri oficial / Divercine Montevidéu: Melhor Curta de Ficção e Prêmio UNESCO para Diversidade Cultural.

PRÓXIMAS EXIBIÇÕES:

- Festival de Curtas de São Paulo (agosto)
- FICI - Festival Internacional de Cinema Infantil (de setembro a novembro em 8 cidades)
- BrasilCine - Festival de Cinema Brasileiro na Suécia (setembro)
- Festival de Curtas de Sapporo, Japão (outubro)

ELENCO:

Pâmela Silva, Octávio Santiago, Jane Santos e Vinícius Ferreira

FICHA TÉCNICA:

Direção e roteiro: Cássio Pereira dos Santos
Direção de fotografia: Leonardo Feliciano
Direção de produção: Erika Persan
Direção de arte: Denise Vieira
Música original: Leo Yoloben
Direção de som, edição e mixagem: Camila Machado
Microfonista: Franciso Craesmeyer
1o. assistente de câmera: Emerson Maia
2a. assistente de câmera: Dani Azul
Assistente de arte: Marisa Amélia
Assistentes de produção: Fernando Silva, Laís Vinhal, Alisson David de Andrade, Letícia Santos
Assessoria de imprensa: Lorena Maria
Co-produtores: Danilo José dos Santos e Marina Pereira Molón
Elétrica: Aluízio Alves
Maquinária: Tony Boleli


PATROCINADORES E APOIADORES:

A Menina Espantalho foi realizado com recursos do Edital Curta Criança, uma parceria da TV Brasil com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.

A produção também contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Cruzeiro da Fortaleza (MG), MovieCenter de Brasília e Estúdio Mi Casa Su Casa (Breno Brites e Bruno Prieto), além de toda a minha família em Cruzeiro da Fortaleza, que ofereceu "pouso" e café da manhã para a equipe do filme.

quarta-feira, agosto 19, 2009

Zé Pessoa

Zé Pessoa estava trabalhando como frentista de posto de gasolina. Na verdade cuidava da troca de óleo dos carros e dos filtros de combustível e de ar, mas o serviço era pouco. O posto de gasolina ficava em uma região desolada de Brasília, em uma quadra onde os diplomatas abastecem e trocam de peças em outros lugares, Zé Pessoa não tinha resposta para isso. No entanto, gostava do seu trabalho porque ele era perto de duas escolas, uma pública e outra particular, e a infância logo lhe tomava os pensamentos e o trabalho e o passar das horas não o incomodavam.
Um dia Zé Pessoa recebe um telefonema: lembra daquele trabalho de segurança que você fez pra mim a uns sete meses atrás? Pois é, tem duzentos e vinte e oito reais aqui que eu estou te devendo... busca na hora que você achar melhor, mas o dinheiro está aqui.
Zé Pessoa estava com a mão na massa, trocando o óleo de um Fiat antigo de um dono jovem e bem humorado. Sem muito ponderar o Zé se aproximou do jovem e indagou: moço, se eu tenho duzentos e vinte e oito reais pra receber, eu vou na hora do almoço ou depois do trabalho? O jovem realmente queria dar uma ótima resposta senão não teria dado esta para o Zé: vai na hora do almoço porque adulto pode lanchar ao invés de comer arroz e feijão uma vez na vida. Senão você vai ficar sonhando com estes duzentos reais o dia inteiro.
Zé fez a troca do óleo do carro do jovem, até calibrou os pneus, deu um sorriso pra dentro e foi coletar o dinheiro na hora do almoço. Chegando no lugar, lá estava o telefonador. Olhava para o Zé com cara de feliz, entregou as notas de dinheiro, deu um tapa no ombro do cara e disse: é isso aí. Chegasse meia hora mais tarde, Ó!

quinta-feira, agosto 13, 2009

se me perguntarem, eu digo

Outro dia proferi algo muito impensado sobre a gripe suína, mas era exatamente como eu me sentia, como eu me sinto, quando penso sobre o tema gripe suína. No século passado, nos idos 90s, eu teria formulado uma bela teoria conspiratória sobre o assunto, coisa que eu adoro fazer como um jogo mental para anabolizar o cérebro, ou também para exercitar os neurônios, ou para desviar o pensamento das perversidades da mente, qualquer coisa, até meditar é bom as vezes, e eu proferi porque sinto que já peguei essa gripe suína. Ando muito de avião, o tempo todo mesmo, e meu maior porto é São Paulo, aeroporto de Guarulhos, seis vezes por mês. Não há o que fazer, muito mesmo; algumas pessoas usam máscaras em locais públicos, outras não. Existe fila pra tudo e contato físico é inevitável, da fila do balcão de check in até o embarque em aeroportos e o próprio avião é, na minha opinião desde 2000, o maior celeiro de doenças respiratórias entre as regiões do Brasil. Mas eu sinto meu corpo habituado a todas as condições de clima, mudanças de temperaturas, tipos de comida e temperos, bebidas, porque tive que me moldar por causa da vida de músico, me adaptar aos inconvenientes da vida de músico e assim fiquei muito resistente à doenças em geral. Tenho muito receio até em escrever estas palavras porque tenho filho e não quero que ele tenha alguma doença por causa de ninguém, nem de mim, mas considero que ele tem uma alimentação muito boa e higiene muito boa para o seu dia-a-dia. Enfim, em tempos mais remotos populações morriam por causa de doenças como a peste bubônica, chamada simplesmente de peste, e a informação sobre os casos de doentes e mortos não corria como hoje correm pelos fios e wi fis. Acho que existe um pânico exarcebado sobre o assunto, é o que vende um jornal, uma revista, mas é um problema que deve ser tratado com transparência pelo Ministério da Saúde porque as notícias vinculadas sobre a gripe suína são demais e muito pouco dizem de verdade. Existe uma responsabilidade que nos ata a todos, fico aqui meio feliz de não ter nenhum sintoma de nada realmente, que essa gripe me pegou mesmo foi pelo sono dos que não sabem onde repousam, dos tuaregs modernos que já sabem que existe uma inevitabilidade na evolução da vida e dos seres, assim como um vírus tem vida porque nossa megalomania nos impede de ver que somos parte de um todo que vai do micro ao macro, mas o micro é micro mesmo. Então proferi que já havia pego a gripe, meu amigo disse, não, não pegou, eu disse que sim, afirmei de novo, ele disse que não. Eu realmente acredito que já peguei a gripe suína e ela não teve efeito sobre mim, mas acho que meu amigo é quem está com a razão nesse momento.

terça-feira, agosto 11, 2009

8track

se me perguntarem, eu digo

Há um certo desdém nos motoristas de Brasília
eles, elas, não gostam de usar seta para mudar de faixa
enquanto em linha reta, vejo as motocicletas em zigue-zague
incertas sobre quando ultrapassaram o veículo
incertas em ficar na mesma faixa também
incertas em usar a seta, seus motociclistas
Esse desdém fica evidente quando cruzamos a rodoviária
por baixo, por cima, sempre um susto ou um acidente
as setas piscam em cima da hora, teimam seus condutores
machucar alguém é um fato iminente
Fico muito atento a tudo quando dirijo do Lago Norte ao Plano Piloto
sigo pelo eixão como que perseguido por um fantasma
sempre alguém querendo me ultrapassar, me fechar, sem dar seta
de noite ou de dia, o perigo é quase real
quase não mudo mais de faixa quando estou no trânsito em Brasília

segunda-feira, agosto 10, 2009

se me perguntarem, eu digo

Tenho sido leitor assíduo de dois blogs muito familiares. O Coisa de Homem, do meu irmão Breno, e o Blogjob, da Cynthia Garda. Se vierem discutir comigo esse tal de facebook vou ser direto, que ferramenta extraordinária. Estou ciente que esses dois escritores que tanto me influenciaram na arte da redação mantém veríssimo contato via internet, chat do facebook precisamente, criando e debatendo suas idéias antes de publicá-las em seus blogs. E a natural distância que os separa, ela estando nos EUA e ele estando em Brasília, transforma ainda mais a face deste diálogo entre duas mentes bastante heterossexuais, o que livra o debate deles dos vícios da multidisciplinaridade, nada é absoluto na conversa deles, nada é sobre fuga ou sobre uma nova tendência e sim, eles falam sobre você e eu e também sobre pessoas bem resolvidas com sexo, sexualidade, dinheiro, trabalho, prazer, sono, comida, sedentarismo, amor, etc.
Ainda bem que os dois, que estavam afastados da atividade, resolveram voltar a escrever. Sorte mesmo.