quinta-feira, junho 30, 2011

Brasil quer ser responsável por monitorar deslocamentos de Terra - CAROLINA GONÇALVES


O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o primeiro Monitoramento da Variação das Coordenadas de Estações da Rede Sirgas (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas).
O documento revela todos os deslocamentos de terra identificados entre 2003 e 2010 na América Latina e no Caribe, como movimentos de placas tectônicas, rebaixamentos e elevações de solo. Os dados foram coletados nas 130 estações que integram a Rede Sirgas, monitoradas experimentalmente pelo Brasil.
O relatório pode ser o passo decisivo para a formalização do país como centro oficial de combinação de dados sobre variações de coordenadas.
O Brasil passaria a ser o responsável pelo monitoramento e pela consolidação de informações sobre alterações de solos no Continentes Americanos já a partir de agosto. Atualmente, apenas a Alemanha processa oficialmente essas informações.
As estações, que utilizam Sistemas de Navegação Global por Satélites (GNSS, na sigla em inglês), similar à tecnologia norte-americana do Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês), fornecem com precisão latitudes e longitudes de pontos específicos do planeta, além da avaliação dos movimentos de placas tectônicas, que podem causar, ao longo dos anos, deslocamentos das regiões monitoradas.
Com esses dados é possível definir de forma atualizada, por exemplo, a localização precisa de fronteiras e garantir mais segurança ao planejamento de obras de infraestrutura que envolvem mais de um país.
CÁLCULOS MAIS EXATOS
Cristina Lobianco, coordenadora de Geodésia do IBGE, explica que a precisão das coordenadas aliada ao monitoramento dos diversos pontos cobertos pelas estações permitem cálculos mais exatos no planejamento da construção de uma rodovia internacional ou de um gasoduto binacional, como o Gasoduto Brasil-Bolívia, por exemplo. "A gente podia começar a construir um gasoduto no Brasil e não encontrar o [trecho] da Bolívia por causa de um deslocamento [de terra] de centímetros."
As estações que funcionam como GPS têm como referência comum o centro da terra. O Brasil aderiu ao GNSS em 2005, seguido por outros países do continente. Até essa adesão, cada país tinha como referência seu próprio sistema de coordenadas.
"A origem era diferente, a escala era diferente, então, quando você fazia qualquer cálculo em cima de duas coordenadas, dava resultados diferentes", lembrou a técnica ao explicar os riscos dessa falta de homogeneidade dos sistemas.
Com o Sirgas foi possível, por exemplo, identificar um deslocamento de 8 centímetros no Chile, depois do terremoto que atingiu o país no ano passado. Além desse mapeamento, o sistema ainda pode funcionar como alerta sobre possíveis desastres.
"Todas as placas têm um movimento: ou estão se afastando ou se encontrando. Quando se encontram, há o perigo dos terremotos. A velocidade desse encontro, quantos milímetros ou centímetros ao ano, é que faz com que possamos ligar uma luz vermelha", explicou a responsável pelo Departamento de Geodésia do IBGE.

quarta-feira, junho 29, 2011

Nem redonda, nem uma batata. A Terra é convexa. Mensagem do ET Bilu para a Terra 2011

Conforme prometido há 60 dias, o ET Bilu reapareceu na noite do dia 11 de junho na Fazenda Portal, município de Corguinho/MS para fazer sua primeira revelação à humanidade, gravando a informação durante conversa com o presidente da Associação Projeto Portal, o pesquisador e ufólogo Urandir Fernandes de Oliveira que, com certeza, vai causar muita polêmica no que se refere ao formato e à geografia terrestre.
O ET Bilu afirma que a Terra não é redonda, muito menos uma batata ou geóide, mas convexa nas formas continentais, com os mares nivelados em toda a sua borda coberta de gelo. E mais: a geografia terrestre é diferente do modelo que conhecemos principalmente no que se refere à posição dos continentes. O que vemos em relação ao formato da Terra não passa de ilusão de ótica.
Assista ao vídeo e entenda a teoria do ET Bilu sobre a Terra.




 
Os pesquisadores do Projeto Portal, junto com outros cientistas da área, farão os testes propostos pelo ET Bilu e irão divulgá-los na medida em que os mesmos forem concluídos. Bilu voltará com novas informações, não só sobre o formato da Terra, mas sobre a origem do homem, sobre Jesus Cristo, sobre Deus – o Arquiteto do Universo e muito mais.

Europeus descobrem o quasar mais antigo do Universo



Astrônomos europeus descobriram o quasar mais antigo visto até o momento a partir das observações realizadas com telescópios --entre eles, o de longo alcance do ESO (sigla em inglês de Observatório Austral Europeu), no Chile.

Segundo os resultados do estudo, trata-se do objeto mais luminoso encontrado até agora no Universo primordial --a fase correspondente à "infância do Cosmos"--, que é alimentado por um buraco negro com 2 bilhões de vezes a massa do Sol.

"Este quasar é uma evidência vital do Universo primordial. É um objeto muito raro que vai nos ajudar a entender como cresceram os buracos negros supermassivos em poucas centenas de milhões de anos depois do Big Bang", disse Stephen Warren, líder da equipe de astrônomos.

A luz do quasar, chamado ULAS J1120+0641, demorou 12,9 bilhões de anos para chegar aos telescópios da Terra. Por esta razão, é visto como era quando o Universo tinha apenas 770 milhões de anos.

Anteriormente já se tinha confirmado a existência de objetos ainda mais distantes, mas o quasar recém-descoberto é centenas de vezes mais brilhante que os anteriores.

"Demoramos cinco anos para encontrar este objeto", afirmou Bram Venemans, um dos autores do estudo, em referência ao achado.

"Encontrar este objeto envolveu uma busca minuciosa, mas o esforço valeu a pena para poder desvendar alguns dos mistérios do Universo primitivo", acrescentou.

O brilho dos quasares, dos quais se acredita que sejam de galáxias distantes muito luminosas alimentadas por um buraco negro supermassivo em seu centro, podem ajudar a desvendar a época em que foram formadas as primeiras estrelas e galáxias.

Móveis convida no auditório do CDT-UNB

Humanos podem ter 'bússola interna', mostra estudo - RAFAEL GARCIA

O mecanismo biológico de insetos que funciona como uma bússola pode existir também em pessoas. Um estudo sobre essa capacidade mostrou que uma proteína das células humanas é similar à do sistema de navegação das moscas-das-frutas.
O trabalho, realizado por biólogos da Universidade de Massachusetts, produziu insetos transgênicos para avaliar a hipótese. O experimento envolveu a implantação de um gene humano nas moscas para averiguar o seu papel.
A ideia veio do laboratório de Steven Reppert, que há oito anos estuda a capacidade de orientação espacial de borboletas-monarcas, insetos capazes de migrar do leste dos EUA para o México todo ano sem errar o caminho.
O biólogo suspeitava que as proteínas responsáveis pela façanha eram os criptocromos. A função principal delas é no relógio biológico que marca a duração do dia. Quatro anos atrás, conseguiu provar que estava certo, fazendo um experimento com moscas, animais mais práticos de manusear em laboratório.



TROCA-TROCA
"O que fizemos agora foi substituir a proteína de moscas pela proteína humana e avaliar se ela teria a mesma capacidade de atuar como receptor magnético. E ela tem", disse Reppert à Folha.
"Isso não significa que ela esteja exercendo esse mesmo papel em humanos, mas achamos que seria empolgante levantar a possibilidade de pessoas serem capazes de sentir campos magnéticos."
Teorias sobre magnetopercepção humana tiveram algum prestígio no início da década de 1980, quando o biólogo britânico Robin Baker publicou o livro "Navegação Humana e o Sexto Sentido".
A obra de título com apelo místico caiu no gosto dos adeptos da Nova Era, mas outros cientistas acabaram desistindo da ideia após tentarem replicar os experimentos de Baker sem sucesso.
Reppert cita o trabalho de Baker em seu último estudo na revista "Nature Communications", mas lança uma hipótese um pouco diferente. Para ele, caso a magnetopercepção exista em humanos, sua função não seria a de mostrar os pontos cardeais.
"Chamar esse mecanismo de bússola talvez seja um pouco de exagero", diz Reppert. "Uma bússola ajuda um animal a manter uma direção constante, como no caso das aves migratórias. O que estamos propondo é que o criptocromo teria mais a ver com o modo como humanos percebem o espaço."
Segundo o cientista, relacionar a magnetopercepção com a visão humana foi uma ideia natural, pois os criptocromos atuam na regulação do relógio biológico humano com auxílio da luz.
"A capacidade de sentir campos magnéticos já foi comprovada em diversos animais. Não existe nenhuma razão para descartar de antemão que ela exista em humanos", afirma Reppert.
O biólogo afirma que pretende continuar seus experimentos com moscas e borboletas, mas não planeja estudar humanos pessoalmente. "Se nossa abordagem estiver certa, porém, espero que nosso estudo estimule uma revisão dessa área de pesquisa."

terça-feira, junho 28, 2011

A Presidenta Dilma e o bullying



Nós nunca mais veremos um mês de Julho como em 2011

"Nós nunca mais veremos um mês de Julho" como em 2011.
Ou alguém de nós viverá mais 823 anos?

Boa sorte a nós todos!!!

Julho/2011

Este ano, Julho terá 5 sextas-feiras, 5 sábados e 5 domingos.

Isto acontece uma vez a cada 823 anos. Estes anos são conhecidos como 'money
bags'.

Passe para seus amigos e o dinheiro aparecerá e julho será otimo, baseado no Feng Shui chinês.

Quem parar não recebe, diz a lenda!
Bom, não custa tentar ....

Boa sorte!

THE TEAM - A Season With McLaren - A Man For All Seasons - Part 1 of 14

Ayrton Senna Top Gear Tribute



 
 


Beijo de desconhecida evita que jovem chinês cometa suicídio

A chinesa Liu Wenxiu, de 19 anos, conseguiu salvar um garoto de 16 anos que ameaçava se jogar de uma passarela na cidade de Shenzhen, na China, com um simples beijo. Liu estava passando pelo local quando viu dezenas de pessoas acompanhando o drama do adolescente, que estava com uma faca na mão, pendurado na passarela. Ela conseguiu se aproximar do garoto dizendo para a polícia que era namorada dele e a razão pela qual ele pretendia cometer suicídio.

Na verdade, de acordo com a imprensa local, o menino estava desesperado porque a mãe dele havia falecido e a madrasta não o tratava bem. Para completar, a mulher havia fugido com todo o dinheiro do pai. “Ele me disse que não tinha mais ninguém, ninguém se preocupava com ele ou confiava nele. Eu mostrei as cicatrizes que tenho nopulso direito, de quando eu tentei o suicídio porque ninguém na minha família estava feliz (...). Eu já estive no lugar dele e sei exatamente como foi”, disse Liu.

Durante a conversa, a chinesa beijou o adolescente e a polícia aproveitou para fazer o resgate. Se os dois mantiveram contato depois, não se sabe. Mas Liu Wenxiu foi convocada para ajudar a polícia novamente. O garoto, que foi levado para a delegacia, disse que só contaria a verdadeira razão da tentativa de suicídio se a falsa namorada estivesse presente.

Confira o vídeo com a reportagem da TV local e momento do beijo

segunda-feira, junho 27, 2011

The test of the Shell - Alien Documentary - o ET Brasileiro Bilu

Suposto alienígena aparece em terreno sob disputa judicial - ROBERTO KAZ

Daqui a três dias, segundo um vídeo intitulado "ET Bilu Está de Volta", que circula na internet, o mundo será brindado com novidades "sobre a origem do homem na Terra, sobre a presença de Cristo e também sobre Deus, o arquiteto do Universo".

A revelação será feita por Bilu, o "ET brasileiro", um suposto alienígena de 4.011 anos (nasceu em 10 de novembro de 2000 A.C.).



Natural da constelação de Pégasus, o extraterreste fixou morada em Corguinho, município a 98 km de Campo Grande (MS), onde costuma aparecer para os sócios do Projeto Portal, grupo que estuda aparições alienígenas.

Seu principal interlocutor é o autointitulado paranormal Urandir Fernandes de Oliveira, 48, dono da fazenda que sedia o projeto.

Nos últimos anos, Oliveira tem usado parte do terreno para erguer uma vila com 70 casas "projetadas" por ETs.

Nascido no interior de São Paulo, em uma família de 12 irmãos, ele diz conversar com Bilu desde os 13 anos, idade em que teria descoberto seus poderes mediúnicos.

Manteve o amigo em sigilo até 2009, quando Bilu se apresentou aos frequentadores do Projeto Portal.

Naquele ano, parte da fazenda fora desapopriada, por decreto presidencial, para ser vertida em área quilombola (leia texto ao lado).

ASCENSÃO METEÓRICA

Para um alienígena, nem o céu é o limite: o público do projeto ainda era pouco.

Em 2010, Bilu decidiu difundir sua mensagem em larga escala. "Ele me disse: 'É hora de irmos à mídia'", lembra Oliveira.

Não tardou para que a fazenda fosse visitada pelo programa "Conexão Repórter", do SBT, apresentado por Roberto Cabrini.

A ascensão foi meteórica. Bilu apareceria no "CQC", da Band, e no "Domingo Espetacular", da Record.

Foi neste último que, escondido atrás de um arbusto, transmitiu sua primeira mensagem à humanidade: "Busquem conhecimento".

Recentemente, sua identidade foi debatida no "Superpop", da RedeTV! ("Bilu tem mãe?", inquiriu Luciana Gimenez), e num documentário em inglês, "The Test of the Shell" (o teste da concha).

O documentário foi dirigido por Fernando Motolese, 28, que já criara o vídeo "Save Galvao Birds Campaign" (campanha pela preservação dos pássaros galvão), piada com o locutor Galvão Bueno que teve 1,5 milhão de acessos no YouTube.

Motolese, que tem uma produtora, passou 20 dias no Projeto Portal. Convencido da existência do forasteiro planetário, gastou R$ 4.000 no vídeo, narrado pelo americano Robert Clotworthly --voz do documentário "Ancient Aliens" (antigos alienígenas), do History Channel.

Ele diz que a história de Bilu é "desorganizada demais para ser uma farsa". Vinicius K-pax, responsável pela pesquisa do filme, endossa: "Dizem que o Bilu tem a voz muito fina para ser um ET. Mas qual é a voz certa?".

Desde que foi postado, o vídeo teve 50 mil acessos. Motolese considera vendê-lo a emissoras de TV.

NOME DO GATO

Pedro Dreher, assessor do Projeto Portal de 1999 a 2004, diz que, "se um ET viesse à Terra, o Urandir seria dos menos indicados a intermediar esse contato". E explica: "Todo semestre ele inventava uma coisa grandiosa, como o Ashtar Sheran, comandante supremo dos ETs".

Ademar José Gevaerd, editor da "UFO", revista sobre alienígenas com 23 anos de história, diz que Bilu é "a maior vergonha que aconteceu na ufologia brasileira".

Gevaerd morou em Campo Grande entre 1982 e 2008, onde conheceu Oliveira. Ele diz que "Bilu" era o nome de um gato seu, já morto.

"Eu dizia pro Urandir que os truques dele eram tão ruins que nem meu gato Bilu acreditaria. Ele fez isso para me provocar. ET tem que ter nome de ET, não de bicho."

Oliveira, que já ganhou um processo por danos morais contra o Grupo Editorial Paracientífico, responsável pela "UFO", diz que "Gevaerd nem gostava de gato".

Alheio à polêmica, Bilu continua fazendo suas aparições midiáticas. Ganhou um site (www.biluoetbrasileiro.com.br) e um tabloide virtual ("Jornal do Bilu"), em que opina sobre teletransporte, terremotos e comida orgânica (antenado, o ET condena veementemente a ingestão de refrigerantes).

Recentemente, alfinetou o seriado "Falling Skies", do TNT, que retrata uma invasão alienígena. "Bilu não gosta de nova série sobre ETs na televisão", dizia o texto.

Procurada pela reportagem, a assessoria do canal disse que a série não tem "relação com a verdade". "O canal respeita a opinião dos seus espectadores e não tem o que relatar sobre o tema."

Corinthians 5 x 0 São Paulo - 26/06/2011 Pacaembu, SP.

Mercado Musical começa hoje! - Por Esdras | Publicado:27 de junho de 2011



Hoje começam as atividades do Mercado Musical, uma das etapas do Móveis Convida, com os debates, palestras, rodada de negócios, uma das partes mais legais do Festival.
Seria muito boa a participação de todos, e se puderem ajudar a divulgar, melhor ainda, estamos precisando dessa força.
Essa etapa começa hj 14:00 com o cadastramento no CDT da UNB, ele é um prédio novo na UnB, perto da Finatec – ali, mais pro início da L3 Norte
A programação completa segue no link.
http://moveisconvida.com.br/2011/programacao/
Abaixo segue programação do Mercado Musical mais detalhada, ainda faltam alguns detalhes, mas quase tudo já está aí, e não esqueçam de replicar o convite a amigos e outros artistas. A participação no evento garante certificado de extensão. Vamos fortalecer a música no DF!

DIA01
Mercado Musical hj:
Fabrício Ofuji – Móveis
Fabio Pedroza – Móveis
Ações e oportunidades no novo Mercado Musical:
Fabrício Ofuji – Móveis
Fabio Pedroza – Móveis
Fernando Jatobá – Brown-há e Coletivo Esquina
Lafusa
Mapeando Experiências:
Fabrício Ofuji – Móveis
Fabio Pedroza – Móveis
Bruno Tartalho
Rede Convida: Fórum Nacional de Música
Alê Capone, Rênio Quintas, Fabio PEdroza
DIA02
Plano de negócios 1:
Adm (CEUB) – Fabio sabe o nome de quem vem?
Liliane AD&M
BC – Móveis
Ad&M – Uniceub
Esrutura Admin e Gestão:
Lilian de Paula
Produção Musical:
Diego Marx
Xande Bursztyn
Rede Convida: Grupo de trabalho colaborativo FEstival Móveis Convida
Móveis Coloniais de Acaju Prod. Artísticas
DIA03
Tec,Logísticas:
Alê Capone
Michelle Cano
Divulgação e promoção:
Esdras Nogueira
Hugo Pachiella – alojinhadefilmes.com.br
André Gonzales
Eduardo Borém
Plano de Negócios 2 :
Trabalho mais prático com base no evento, Plano de negócios 01
Rede Convida:
Mediador: Leo Pcult
Sen. Randolfe Rodrigues (Psol/AP)
Bruno César – Móveis Coloniais de Acaju
Rodrigo Canalli(DF) – mestre em Direito, pesquisador da regulação jurídica do software pelo direito autoral, pesquisador do Cultura Digital e Democracia (CDD)
Dia04:
Vitrine: 10min
Rede convida:
Novos Negócios da Música, mudança de mercado e perspectiva
Fabrício Nobre – Contrutora Música ( GO)
Daniel Domingues – Ponte Plural (RJ)
Francine Almeida – Melody Box (SP?)
Caio Tendoline- Toque no Brasil (SP)
Dia05
Rede Convida:
Novas plataformas de negócio, oportunidades e distribuição para o mercado musical
Mediador: Anderson Foca (DF) DoSolProdutora
Oi Novo Som – Liana Brauer de Castro (RJ)
Embolacha – Paulo Monte (RJ)

PIADAS QUASE SANTAS

Um jovem vai à igreja se confessar:
- Padre, eu toquei nos seios da minha namorada.
- Você tocou por cima ou por baixo da blusa dela?
- Foi por cima, padre.
- Da próxima vez pega por baixo, pois a penitência é a mesma.
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O velho acaba de morrer. O padre encomenda o corpo e se
rasga em elogios:
- O finado era um ótimo marido, um excelente cristão, um
pai exemplar!!...
A viúva se vira para um dos filhos e lhe diz ao ouvido:
- Vai até o caixão e veja se é mesmo o seu pai que tá
lá dentro...
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Na hora do almoço, a madre superiora anuncia:
- Irmãs, hoje teremos bananas de sobremesa!!
- Ehhhhhhhhh!!!! Vibram as freiras.
- Em rodelas!!
E as freiras, decepcionadas:
- Ahhhhhhhhh!!!!....
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O paciente está na capital para um exame periódico de
saúde.
- Você bebe?
- Dois copos de vinho por dia...
- Fuma?
Dez cigarros  por dia.
- E sexo?
- Duas ou três vezes... por mês.
- Sóó? Com a sua idade e a sua saúde, era prá ser duas
ou três vezes por semana.
- Sabe como é, né, doutor? Se eu fosse bispo na capital
até que dava, mas numa diocese pequena, no interior...
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A freira vai ao médico:
- Doutor, estou com um ataque de soluço horrível.
Não consigo comer, nem dormir, nada.
- Tenha calma, irmã, que vou examiná-la.
Ele a examina e diz:
- Irmã, a senhora está grávida!
A freira se levanta em pânico e sai correndo do consultório.
Uma hora depois o médico recebe um telefonema da madre
superiora do convento:
- Doutor, o que o senhor disse pra irmã Carmem?
- Madre superiora, como ela tinha uma forte crise de soluço,
passei-lhe um susto dizendo que estava grávida. Ela parou de soluçar?
- Sim, a irmã Carmem parou de soluçar, mas o padre Paulo
fez as malas e sumiu!!!
____________________________________________________________

- Padre, ontem eu dormi com meu namorado.
- Mas isso é pecado, e pecado mortal minha filha.
Reze cinco Pai Nosso de penitência!
A jovem fica mais algum tempo ajoelhada, pensa um pouco, e
depois pergunta:
- Se eu rezar 10  posso dormir com ele hoje de novo?
______________________________
A campainha toca na casa de um camarada muito pão-duro.
Quando ele atende dá de cara com duas freiras pedindo
donativos.
- Meu filho, nós somos irmãs de Cristo e...
- Nossa!!! Como vocês estão conservadas!!!
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Um burro morreu bem em frente de uma Igreja e, como uma
semana depois, o corpo ainda estava lá, o padre resolveu
reclamar com o Prefeito.
- Prefeito, tem um burro morto na frente da Igreja há
quase uma semana!
E o Prefeito, grande adversário político do padre,
alfinetou:
- Mas Padre, não é o senhor que tem a obrigação de
cuidar dos mortos?
- Sim, sou eu! Mas também é minha obrigação avisar os
parentes!
______________________________
Tarde da noite, o padre passa perto de um cemitério e
leva o maior susto quando escuta:
- Hum, hum, hum!
O padre pára, reza um pai-nosso, faz o sinal da cruz,
enche-se de coragem e pergunta:
- Do que é que essa pobre alma está precisando?
- Papel higiênico !!!
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Numa madrugada qualquer um ladrão entra pelos fundos de uma casa e começa, em silêncio, a arrombar a porta dos fundos.
Logo no início, escuta uma voz sussurrando:
- Jesus ta te olhando!
O ladrão se assusta, olha para os lados (na penumbra),
mas não vê nada...
Segue tentando arrombar a porta e escuta novamente a voz:
- Jesus tá te olhando!
Meio incrédulo, mas com a certeza de ter escutado a frase, olha novamente ao seu redor e nada...
Quando reinicia sua "tarefa", ouve novamente a voz:
- Jesus tá te olhando!
Dessa vez, ele percebe de onde vem a voz e acende a lanterna, iluminando um canto da área de serviço...
Nisso, ele vê um papagaio na gaiola e já aliviado, pergunta:
- Ah... é você o Jesus?
E o papagaio responde:
- Não. Eu sou o Judas.
- Judas??? E quem é o louco que bota o nome de Judas em um papagaio???
- O mesmo que botou o nome de Jesus no Pitbull.

Piada

'Lei Gratuidade de Estacionamento' - Lei Estadual nº 1209/2004

Lei aprovada!

Vitória

Enfim a Lei do estacionamento em shopping!!

A lei do estacionamento em Shoppings, já está vigorando.
'Lei Gratuidade de Estacionamento' - Lei Estadual nº 1209/2004.
O atendente de caixa sabe, porém, só faz se você pedir.
É necessário que o valor da compra no shopping onde você estacionou seja
10 vezes maior que o valor do estacionamento.
Exemplo:
Se o valor do estacionamento é de R$3,00 e você gastou R$ 30,00 no
shopping, com qualquer coisa, alimentação, roupa, ...
Peça o cupom fiscal e apresente ao caixa do estacionamento.
Eles terão que carimbar e validar o ticket, sem você precisar gastar nada mais.
Espalhem a informação, pois é Lei.
Apareceu inclusive no jornal da Globo.
Essa funciona mesmo, mas, é claro que os shoppings não farão propaganda disso!
Avise aos seus amigos!!!

Coisas de mineiro

Um mineiro, num dia de comemoração conjugal, leva sua esposa a um restaurante francês de alto nível.
Chegando lá, comeram sem olhar preço. Era tudo felicidade, até que o educado e sorridente maridão pede a conta. Ao ver a despesa de R$ 600,00, ele se assusta e começa a reclamar:
- Êita ferro, sô! Nóis num cumemo cuver.
- Estava aí, senhor. Não comeram porque não quiseram! - dispara o garçom.
- Mas ô disbocado de uma figa! Nóis tamém num tomamo esse champanhe francês que nem o nome sei falar direito.
- Estava aí, senhor. Não beberam porque não quiseram! - repete o garçom, com uma certa ironia.
- Ô seu discunjurado véio! E essa sobremesa... Além dum preço bsurdo, nóis também num cumemo.
- Estava aí, senhor. Não comeram porque não quiseram! - repete o garçom, já debochadamente.
Furioso com o garçom, o mineiro dispara:
- Tudo bem. R$ 600,00, menos os R$ 550,00 por você ter cumido minha muié, sô!
E o garçom interrompe:
- Êpa! Mas isso é um absurdo! Eu nem olhei para a sua esposa, senhor!
E o mineiro, colocando R$ 50,00 na mesa e já se levantando, respondeu:
- Ela tava aí, sô! Não cumeu purque num quis...

segunda-feira, junho 20, 2011

Joana Prado

Goleiro russo faz gol da própria área e elogia o vento



O goleiro russo Andrey Zaitsev, 20, do Zenit-B, fez um gol de dentro da própria área na última sexta-feira sobre o Volga-B, pelo campeonato russo de juvenis.

Apenas outro goleiro do Zenit tinha feito um gol da mesma maneira. Foi Zurab Shekhtel sobre o lendário Lev Yashin (Aranha Negra), do Dynamo Moscou, em 1950.

sexta-feira, junho 17, 2011

PROCURA-SE - Trailer - filme de Iberê Carvalho

PROCURA-SE - Trailer from Iberê Carvalho on Vimeo.



Trailer do curta de ficção infantil PROCURA-SE selecionado pelo edital de curtas com temática infanto-juvenil do Ministério da Cultura.
Direção: IBERÊ CARVALHO
Produção: PAVIRADA FILMES, TMTA E START FILMES
Elenco: BIANCA TERRAZA, BRUNA COBELLO, HEITOR VELEZ, GOG, MURILO GROSSI, ROQUE FRITSH, FELICIA JOHANSEN, MARTA AGUIAR, DELVINEI DOS SANTOS, SIMILIÃO AURÉLIO E UM ENCANTADOR ELENCO DE APOIO MIRÍM.

O primeiro DJ do Brasil

quarta-feira, junho 15, 2011

Americanos esterilizados em programa de eugenia lutam por indenização do Estado

Americana Elaine Riddick foi esterilizada aos 13 anos após estupro
Em 1968, nos Estados Unidos, Elaine Riddick foi violentada por um vizinho que ameaçou matá-la se ela relatasse o ocorrido a alguém.

Criada em ambiente cercado de abusos, filha de pais violentos, na empobrecida cidadezinha de Winfall, na Carolina do Norte, a adolescente tinha 13 anos de idade.

Nove meses mais tarde, quando estava no hospital, dando à luz uma criança - fruto do crime de que tinha sido vítima - Riddick foi violentada pela segunda vez, agora pelo Estado - ela diz.

Uma assistente social que a tinha declarado "mentalmente fraca" pediu ao Eugenics Board - órgão americano encarregado de implementar no país as ideologias da Eugenia - que esterilizasse a adolescente.

Hoje tida como uma falsa ciência, a Eugenia foi um dos pilares do Nazismo na Alemanha e chegou a ser considerada um ramo respeitável das Ciências Sociais.

O termo quer dizer "bom nascimento" e foi criado em 1883 pelo britânico Francis Galton. A ideologia propunha o estudo de agentes capazes de melhorar ou empobrecer as características raciais de gerações futuras, física ou mentalmente.

Mais de 60 mil americanos foram esterilizados, muitos contra a vontade, como parte de um programa que terminou em 1979. Seu objetivo, na prática, era impedir que pobres e deficientes mentais procriassem.

Décadas mais tarde, um Estado americano - a Carolina do Norte - está considerando indenizar as vítimas.

Coerção
As autoridades da Carolina do Norte forçaram a avó de Riddick a escrever um "x" no formulário de autorização. Após fazer o parto do bebê por cesariana, os médicos esterilizaram Riddick.

"Mataram meus filhos", ela diz. "Mataram os meus antes de chegarem", diz Riddick, que sofreu décadas de depressão e outras doenças, e hoje tem 57 anos.

Quase 40 anos após a última pessoa ter sido esterilizada como parte do programa de Eugenia da Carolina do Norte, o Estado criou um grupo de trabalho para tentar localizar as 2.900 vítimas que, estima-se, ainda estariam vivas.

O grupo espera reunir as histórias pessoais das vítimas e recomendar ao Estado que lhes ofereça alguma forma de indenização. Entretanto, com as finanças públicas sob pressão, não está claro se o Legislativo vai concordar.

"Sei que não posso corrigir (a injustiça) mas ao menos posso reconhecê-la", disse o deputado estadual Larry Womble.

Ele espera "contar ao mundo que coisa horrenda o governo fez com jovens meninos e meninas".

O movimento de esterilização nos Estados Unidos foi parte de um amplo esforço para "limpar" a população do país de características considerados indesejadas.

Entre as políticas adotadas estavam evitar a mistura de raças e o estabelecimento de cotas de imigração rigorosas para europeus do leste, judeus e italianos.

Um total de 32 Estados americanos aprovaram leis permitindo que as autoridades esterilizassem pessoas consideradas não aptas a procriar, começando com a Indiana, em 1907. O último programa terminou em 1979.

As vítimas foram criminosos e jovens delinquentes, homossexuais, mulheres de tendências sexuais tidas como "anormais", pessoas pobres recebendo ajuda do Estado, epiléticos ou pessoas com problemas mentais.

Em alguns Estados, as grandes vítimas do programa foram populações de origem africana e hispânica.

Puritanismo
Segundo historiadores, as esterilizações, aparentemente feitas com o "consentimento" de vítimas e familiares, aconteciam, na prática, à base de coerção.

Camponeses analfabetos recebiam formulários para assinar, detentos eram advertidos de que não seriam libertados com seus corpos intactos, pais pobres eram ameaçados de perder assistência pública se não aprovassem a esterilização de filhas "depravadas".

Entre alguns dos pedidos de esterilização recebidos pelo Eugenics Board em outubro de1950 estavam:

-Uma jovem de 18 anos, separada do marido, que tinha "comportamento anti-social"

-Uma vítima de estupro, negra, com 25 anos, que apresentava "tendências sexuais anormais"

- Uma menina de 16 anos que tinha sido enviada para uma instituição do Estado por "delinquência sexual" e cuja tia havia dado "assinatura de consentimento"

- Uma mulher branca, casada, com três filhos, cuja família havia dependido do Estado por muitos anos, e que tinha um "histórico de casamentos com índios e negros"

Segundo o historiador e especialista em leis Paul Lombardo, da Georgia State University, a motivação por trás das medidas era a indignação com a ideia de que pessoas que haviam desrespeitado códigos de conduta sexual acabariam precisando de assistência pública.

"Nesse país, sempre fomos muito sensíveis a noções de histórias públicas de sexualidade inapropriada", disse.

"É nossa formação puritana entrando em conflito com nosso senso de individualismo".

Os programas de esterilização também se baseavam em critérios raciais.

Segundo Lombardo, o discurso era: "Quanto menos bebês negros tivermos, melhor. Vão todos acabar dependendo de ajuda do Estado".

Carolina do Norte
Embora os especialistas calculem que milhares em vários Estados americanos tenham sido esterilizados como parte do programa no século 20, a Carolina do Norte se destacou por sua eficiência em implementar as medidas.

A maioria dos Estados promoveu esterilizações de detentos e pacientes em prisões e outras instituições.

Na Carolina do Norte, no entanto, assistentes sociais atuando na comunidade podiam fazer petições ao Estado para que indivíduos fossem incluídos no programa.

As autoridades de saúde calculam que dos 1.110 homens e 6.418 mulheres esterilizados na Carolina do Norte entre 1929 e 1974, cerca de 2.900 estejam vivos.Hoje, vários Estados examinaram seu passado e fizeram pedidos oficiais de desculpas.

No caso da Carolina do Norte, isso ocorreu em 2003. Mas alguns no Estado querem que o processo vá mais além.O deputado estadual Larry Womble continua a fazer campanha por indenização monetária para as vítimas.

Com a crise nas finanças públicas, no entanto, há poucas chances de que legisladores aprovem um pedido de US$ 58 milhões em indenizações - US$ 20 mil para cada vítima.

Uma das pessoas envolvidas na campanha é Charmaine Cooper, diretora-executiva do grupo de trabalho Justice for Sterilization Victims Task Force, criado pelo Estado.

"Minha esperança é de que o Estado reconheça que nunca haverá um bom momento para indenizações".

Entre as vítimas que deverão prestar depoimento está Riddick, que hoje vive em Atlanta. Para ela, a perspectiva de uma indenização de US$ 20 mil é um insulto.

"Deus disse, sejam fecundos, multipliquem-se. Eles não pecaram apenas contra mim, pecaram contra Deus".

Old Man Troulling

Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília – Por que marchamos?

Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília – Por que marchamos?

Em Brasília, marchamos porque apenas nos primeiros cinco meses desse ano, foram 283 casos registrados de mulheres estupradas, uma média de duas mulheres estupradas por dia, e sabemos que ainda há várias mulheres e meninas abusadas cujos casos desconhecemos; marchamos porque muitas de nós dependemos do precário sistema de transporte público do Distrito Federal, que nos obriga a andar longas distâncias sem qualquer segurança ou iluminação para proteger as várias mulheres que são violentadas ao longo desses caminhos.

No Brasil, marchamos porque aproximadamente 15 mil mulheres são estupradas por ano, e mesmo assim nossa sociedade acha graça quando um humorista faz piada sobre estupro, chegando ao cúmulo de dizer que homens que estupram mulheres feias não merecem cadeia, mas um abraço; marchamos porque nos colocam rebolativas e caladas como mero pano de fundo em programas de TV nas tardes de domingo e utilizam nossa imagem semi-nua para vender cerveja, vendendo a nós mesmas como mero objeto de prazer e consumo dos homens; marchamos porque vivemos em uma cultura patriarcal que aciona diversos dispositivos para reprimir a sexualidade da mulher, nos dividindo em “santas” e “putas”, e muitas mulheres que denunciam estupro são acusadas de terem procurado a violência pela forma como se comportam ou pela forma como estavam vestidas; marchamos porque a mesma sociedade que explora a publicização de nossos corpos voltada ao prazer masculino se escandaliza quando mostramos o seio em público para amamentar nossas filhas e filhos; marchamos porque durante séculos as mulheres negras escravizadas foram estupradas pelos senhores, porque hoje empregadas domésticas são estupradas pelos patrões e porque todas as mulheres, de todas as idades e classes sociais, sofreram ou sofrerão algum tipo de violência ao longo da vida, seja simbólica, psicológica, física ou sexual.

No mundo, marchamos porque desde muito novas somos ensinadas a sentir culpa e vergonha pela expressão de nossa sexualidade e a temer que homens invadam nossos corpos sem o nosso consentimento; marchamos porque muitas de nós somos responsabilizadas pela possibilidade de sermos estupradas, quando são os homens que deveriam ser ensinados a não estuprar; marchamos porque mulheres lésbicas de vários países sofrem o chamado “estupro corretivo” por parte de homens que se acham no direito de puni-las para corrigir o que consideram um desvio sexual; marchamos porque ontem um pai abusou sexualmente de uma filha, porque hoje um marido violentou a esposa e, nesse momento, várias mulheres e meninas estão tendo seus corpos invadidos por homens aos quais elas não deram permissão para fazê-lo, e todas choramos porque sentimos que não podemos fazer nada por nossas irmãs agredidas e mortas diariamente. Mas podemos.

Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamos antes do casamento, já fomos chamadas de vadias por simplesmente dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas à noite e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e estupradas por vários homens ao mesmo tempo durante a Ditadura Militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.

Mas, hoje, marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir enquanto mulheres. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e somos todas livres! Somos livres de rótulos, de estereótipos e de qualquer tentativa de opressão masculina à nossa vida, à nossa sexualidade e aos nossos corpos. Estar no comando de nossa vida sexual não significa que estamos nos abrindo para uma expectativa de violência, e por isso somos solidárias a todas as mulheres estupradas em qualquer circunstância, porque foram agredidas e humilhadas, tiveram sua dignidade destroçada e muitas vezes foram culpadas por isso. O direito a uma vida livre de violência é um dos direitos mais básicos de toda mulher, e é pela garantia desse direito fundamental que marchamos hoje e marcharemos até que todas sejamos livres.

Somos todas as mulheres do mundo! Mães, filhas, avós, putas, santas, vadias...todas merecemos respeito!

terça-feira, junho 14, 2011

Morrendo em perfeita saúde - João Ubaldo Ribeiro

Não agüento mais de culpa, acusado de suicidar-me a cada instante, por matérias de revistas e jornais, pelos amigos e por desconhecidos íntimos com que me bato aqui nas ruas do Baixo Leblon. Venho de tempos bem mais amenos. Antigamente, o sujeito acordava, tomava uma xícara de café com leite e comia um pãozinho com manteiga. Hoje, isto não é mais possível e chega mesmo a ser encarado com horror pelos mais radicais. O café, além de poder conter substâncias ilicitamente adicionadas pelo fabricante, também causa males recentemente descobertos por um laboratório de Glasgow, ou Amsterdã ou Jacarta, que poderão deixar o freguês abestalhado, tarado, astênico ou hiperexcitável a ponto de matar a família e ir ao cinema. Leite, só desnatado e olhe lá, porque faz mal a muita gente que nem suspeita disso. Talvez a maior parte de vocês não saiba, mas muitos adultos têm intolerância ao leite e seu consumo os deixará abestalhados, tarados, astênicos, etc. Antigamente, ninguém sabia disso, de maneira que nosso avozinho podia tomar seu leite morno tranqüilamente aos 80 anos, enquanto hoje, se fizer isso, não passa dos 60. Pãozinho, nem pensar. Além dos aditivos, como o tremebundo bromato, é perigosíssimo carboidrato de farinha refinada, a ser temido como o diabo teme a cruz. E manteiga deve ser brevemente incluída nas listas de drogas proibidas, juntamente com cocaína e heroína. E uma omeletezinha? E ovos estrelados, daqueles reluzentes como o sol, que a gente encarava com requintes de esfregadinhas de pão na gema? Com presunto? Com bacon? Livrai-nos, Senhor, de todas essas pragas infernais.
Vocês se lembram do tempo da margarina? Já faz algumas décadas, mas, coincidindo com safras recordes de uma de suas matérias-primas principais, o milho, apareceram, principalmente nos Estados Unidos, onde os excedentes do milho eram colossais, centenas (ou milhares) de estudos mostrando como a margarina era muitíssimo preferível à execrável manteiga, razão por que devíamos consumi-la aos potes. Agora, não é mais assim, a margarina é cheia de aditivos químicos (aliás, é outra coisa interessante, esse negócio de químico, pois, afinal, toda matéria é química de uma forma ou de outra — água é a composição química de dois átomos de hidrogênio com um de oxigênio) e, segundo diversos, bem mais letal do que a manteiga.
E carne, meu Deus do céu? É caso de se embuçar, para ir a uma churrascaria. Outro dia, à beira do pranto, meu amigo Carlinhos Judeu apareceu no boteco com a nova dieta que seu médico lhe havia prescrito. Após cuidadoso escrutínio, todos os da mesa concluíram que a única alimentação permitida a Carlinhos, sete dias por semana, 30 dias por mês, era peito de frango com certas verduras. Quem come carne vermelha é expulso de certas mesas, como se fosse um canibal. Há quem não coma mamíferos. Deve ser porque o mamífero mamou e ficou contaminado com o maldito leite. Não se pode comer mamífero nem no Ártico, onde Brigitte Bardot recomendou aos esquimós um regime vegetariano, sendo recebida com certa perplexidade, porque indubitavelmente é bastante difícil plantar alface e repolho no Pólo Norte.
E o tempo da macrobiótica, lembram vocês? As pessoas iam a estabelecimentos de aparência lúgubre, ao som de cítaras sinistras, onde sentavam em almofadas sebosas e mastigavam 30 vezes cada bocado das estranhíssimas iguarias que eram servidas (inclusive uma certa “água descansada” que uma vez me serviram na Bahia, e morro de preocupação porque hoje em dia só bebo água cansada), para depois todo mundo sair macilento e contrito, na convicção de que em breve alcançaria o Nirvana por via da tortura alimentar. Na ocasião, fui muito atacado por sustentar que, ao praticar a macrobiótica, o sujeito ficava com a aparência de 70 anos, mas disso não passava. Suponho que ainda devem haver praticantes soltos por aí, embora seguramente evitem passar pela porta do São João Batista à noite, a fim de não serem abatidos a estocadas de madeira no coração.
Resta o delicado aspecto da malhação, sobre o qual há mais teses do que sobre o marxismo antigamente. Deve-se malhar, é a unanimidade, assim como acabar o capitalismo era unanimidade dos marxistas. Mas, como em relação à ideologia, aí cessa a harmonia, porque os teóricos divergem em cada minúsculo pormenor da malhação.
Às vezes vejo amigos e amigas minhas — eis que todo dia há uma matéria sobre malhação nos jornais de tevê — contando as horas diárias a que se entregam às mais exóticas contorções e a aparelhos que seriam rejeitados por Torquemada como excessivamente cruéis. Quem hoje não malha é um marginal. E nos tentam vender, em ofertas mirabolantes pela tevê, uma tal quantidade de tralhas que nos transformarão em seres eternamente sadios, sem estresse e sem problemas, que, se comprássemos tudo, íamos ter de morar num galpão do cais do porto.
É a qualidade de vida, me explicam. É óbvio que não se deixa de morrer, mas se vive mais e com muito melhor qualidade de vida. Qualidade de vida como, cara-pálida? Comendo palha, sem beber, sem fumar, sem comer doce, sem perder noite, aplicando cremes e loções várias vezes ao dia, sem isso, sem aquilo (e aquiloutro também, de acordo com um médico que apareceu uma vez na Bahia, afirmando que o homem é programado para ter quatro ou cinco orgasmos em toda a vida, pois mais do que isso dá câncer na próstata e debilidade mental), dedicando enorme parte da existência a escovar os dentes e o resto a preocupar-se com eventuais transgressões.
Que me perdoem a insensibilidade, mas dispenso essa qualidade de vida e prefiro morrer doente mesmo a esticar as canelas em perfeita saúde.

Toro Y Moi - "New Beat" Official Video

The International Space Station with ATV-2 and Endeavour - Foto por Paolo Nespoli



This image of the International Space Station with the docked Europe's ATV Johannes Kepler and Space Shuttle Endeavour was taken by Expedition 27 crew member Paolo Nespoli from the Soyuz TMA-20 following its undocking on 24 May 2011. The pictures are the first taken of a shuttle docked to the ISS from the perspective of a Russian Soyuz spacecraft. Onboard the Soyuz were Russian cosmonaut and Expedition 27 commander Dmitry Kondratyev, ESA's Paolo Nespoli and NASA astronaut Cady Coleman. Coleman and Nespoli were both flight engineers. The three landed in Kazakhstan later that day, completing 159 days in space.





This image of the International Space Station with the docked Europe's ATV Johannes Kepler and Space Shuttle Endeavour was taken by Expedition 27 crew member Paolo Nespoli from the Soyuz TMA-20 following its undocking on 24 May 2011. The pictures are the first taken of a shuttle docked to the ISS from the perspective of a Russian Soyuz spacecraft. Onboard the Soyuz were Russian cosmonaut and Expedition 27 commander Dmitry Kondratyev, ESA's Paolo Nespoli and NASA astronaut Cady Coleman. Coleman and Nespoli were both flight engineers. The three landed in Kazakhstan later that day, completing 159 days in space.


Peru se declara livre do analfabetismo - Renata Giraldi

A pouco mais de um mês de deixar o poder, o presidente do Peru, Alan García, avaliou que ontem (13) foi um dia “decisivo e histórico” para o país. García afirmou que o Peru “está livre” do analfabetismo. "Esta é uma etapa maravilhosa na justiça social", afirmou. Segundo ele, nos últimos anos o número de peruanos alfabetizados chegou a 1,7 milhão, dos quais 70% são mulheres.

Porém, o presidente se disse preocupado porque cerca de 550 mil novos alfabetizados estão desempregados. De acordo com analistas políticos e econômicos, um dos principais desafios de Ollanta Humala, sucessor de García, é a falta de emprego no Peru e o elevado percentual de pobreza no país – aproximadamente 30% da população são considerados na faixa de pobreza.

No entanto, García se concentrou na conquista da redução de analfabetismo do país. O presidente afirmou que a queda para menos de 4% é uma das exigências internacionais. De acordo com ele, é uma ação de "justiça social". "Nós somos livres, como diz o nosso hino, mas a partir de hoje estamos livres do analfabetismo, que excluiu, oprimiu e torturou milhões de peruanos ao longo de nossa história", disse.

De acordo com os dados do governo, em 2006, a taxa de analfabetismo era 11% e agora foi reduzida para menos de 4%. O presidente agradeceu o apoio dado por “milhares de educadores” ao projeto. Os participantes dos cursos tiveram mais de 270 horas de estudo.

Durante a cerimônia, na sede do governo do Peru, María Huamaní Martinez, da cidade de Apurimac, uma das mulheres alfabetizadas, disse que estava feliz pela “oportunidade de ler e escrever”. Em seguida, García levantou a bandeira com a inscrição "Peru livre de analfabetismo".

As informações são da Presidência da República do Peru.

Veja como acontece um eclipse lunar; fenômeno será no dia 15/06/2011



No próximo dia 15 de junho, as pessoas que moram em países fora da América do Norte vão poder observar o eclipse lunar. O fenômeno vai começar às 14h24 (horário de Brasília) e deve terminar às 20h. Mas o processo em que a sombra da terra cobre completamente a lua vai durar cerca de 1h41min.

Espanhol que diz ter visitado todos os países é 'europeu que mais viajou pelo mundo'


Um espanhol de 57 anos afirma ter dado a volta ao mundo quatro vezes, visitado 766 destinos diferentes e, entre eles, todos os países registrados na ONU.

Jorge Sánchez foi apontado pelo site MostTraveledPeople.com como o europeu que mais viajou no mundo e ocupa o quarto lugar entre as pessoas que visitaram mais lugares.

No entanto, Sánchez afirma que ainda não visitou vários destinos e está se preparando para outra volta ao mundo.

O turista espanhol nasceu em um pequeno vilarejo na Catalunha e afirmou em entrevista à BBC que teve seu primeiro impulso de viajar quando ainda era criança.

"Quando tinha cinco anos vi um Mapa Mundi e me empolguei ao ver um mundo tão grande", disse. "Decidi que iria conhecer o mundo todo, ainda que não soubesse se iria conseguir."

E para isto, Sánchez começou cedo: aos 13 anos saiu de casa sem a permissão dos pais rumo a uma região do deserto do Saara, que, na época, era uma província espanhola na África e não exigia passaporte.

Mas, quando o jovem turista decidiu cruzar a Mauritânia, foi detido em um posto militar e enviado de volta à Espanha, onde seus pais o esperavam.

"(Os pais) Estavam muito aborrecidos, principalmente meu pai. 'Se quer viajar, espera até fazer 18 anos', disse."
Com passaporte
Depois deste episódio, Sánchez esperou até os 18 anos, tirou o passaporte e começou uma viagem por toda a Europa.

"Fui a Paris. Foi meu primeiro destino. Coloquei meu passaporte debaixo do travesseiro. Eu adorava meu passaporte. O guardava com medo, o acariciava", contou Sánchez à BBC.

Para financiar suas viagens pelo mundo, o espanhol trabalhava nos lugares que visitava. Para economizar, dormia em albergues da juventude.

Sua primeira volta ao mundo durou 1.001 dias e, com o tempo, suas jornadas ficaram mais ousadas, com viagens a zonas de conflito.

Outras viagens o levaram aos locais mais isolados do mundo, como Mustang, no Tibete, onde a entrada era proibida.

No Afeganistão, na época do governo de Mohamed Nayibulá, que era pró-União Soviética, Sánchez foi preso sob suspeita de ser espião.

"Queria voltar ao meu país por uma rota mais curta, cruzando pelo Afeganistão, Irã e Turquia. Não tinha muito dinheiro. Mas cheguei apenas até Kandahar", lembra o viajante.

Como ele não tinha visto para atravessar o Afeganistão, Sánchez foi levado a Cabul, julgado e mantido preso durante quatro meses, até que o governo espanhol apresentou um pedido de desculpas às autoridades afegãs e ele foi liberado para voltar à Espanha.

Três casamentos
No entanto, as viagens custaram a Sánchez três casamentos.

"Tenho três filhas de três mulheres diferentes. Me casei, mas elas descobriram que meu primeiro amor é viajar", afirmou.

"Viajar é mais importante que o casamento. Naturalmente sinto falta das minhas filhas, da minha ex-esposa, mas meu desejo de conhecer o mundo é muito forte."
Sánchez reconhece que seu desejo de viajar é tão forte que pode ser comparado a uma doença.

"Existe uma doença chamada dromomania, a compulsão por viajar constantemente, e talvez eu sofra um pouco (desta doença)", afirmou.

Mais da metade
Se Sánchez fizer as contas de todo o tempo que passou viajando, o total seria de 30 anos, mais de 50% de sua vida.

Apesar disto, o espanhol afirma que não pensa em parar, pois ainda há muitos lugares para conhecer.

Entre os locais que ele pretende visitar estão ilhas remotas na Oceania, como Tokelau e outras ilhas isoladas no sul do Oceano Pacífico.

"Vou continuar com as minhas viagens enquanto tiver capacidade física e dinheiro. Acho que viajarei para o resto da minha vida, até morrer", afirmou

Cientistas induzem célula a emitir raio laser

Cientistas americanos induziram uma célula a produzir luz laser, diz um artigo publicado na revista científica Nature Photonics.

A técnica se baseia em uma célula que foi programada geneticamente para produzir uma proteína - encontrada naturalmente em uma espécie de água-viva - capaz de emitir luz.

Quando a célula é iluminada com uma tênue luz azul, passa a emitir luz laser verde direcionada.

O trabalho pode ter aplicações na geração de imagens microscópicas de qualidade superior e também em tratamentos médicos que utilizam luzes.

A luz laser se diferencia da luz normal porque ela tem um espectro mais reduzido de cores, como ondas de luz que oscilam juntas, em sincronia.

As formas mais modernas de laser utilizam materiais sólidos construídos cuidadosamente para produzir lasers usados em diversos aparelhos eletrônicos, entre eles, escaneadores de supermercados, tocadores de DVDs e robôs industriais.

Avanço
O trabalho dos cientistas Malte Gather e Seok Hyun Yun, do Wellman Center for Photomedicine do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, estabelece um precedente importante: esta é a primeira vez que um organismo vivo produz a luz laser.

A dupla usou uma proteína verde fluorescente (Green Fluorescent Protein, ou GFP, na sigla em inglês) como um meio de ganho, para a amplificação da luz.

Objeto de muitos estudos, a molécula GFP - encontrada originariamente em uma espécie de água-viva - revolucionou a biologia ao agir como uma "lanterna" que pode iluminar sistemas vivos.

Gather e Yun programaram células do rim humano para produzir GFP.

Banhadas em Luz
As células foram colocadas, uma de cada vez, entre dois minúsculos espelhos com 20 milionésimos de um metro de comprimento.

Os espelhos funcionaram como uma "cavidade laser" na qual raios de luz foram refletidos múltiplas vezes, banhando a célula.

Quando a célula foi exposta à luz azul, passou a emitir luz verde intensa e direcionada.

As células continuaram vivas durante e depois do experimento.

Em uma entrevista que acompanha o artigo na Nature Photonics, os cientistas observaram que o sistema vivo é "auto-regenerativor". Ou seja, se as proteínas que emitem luz são destruídas no processo, a célula simplesmente produz mais proteínas.

"Em terapias baseadas em luz, diagnóstico e geração de imagens, as pessoas procuram formas de transportar luz emitida por uma fonte externa de laser para um ponto profundo no interior do tecido."
"Agora, podemos abordar o problema de outra forma: amplificando a luz no (próprio) tecido".

WikiLeaks para a ditadura - Por Hugo Studart


 
Insólito constatar que a ex-torturada Dilma Rousseff mantenha uma política restritiva de acesso aos documentos secretos da ditadura militar. É verdade que, em abril, o governo publicou portaria facilitando o acesso aos papéis sob a guarda do Arquivo Nacional.

Depois, Dilma anunciou a intenção de terminar com o sigilo eterno de documentos do Estado. Dias atrás [quarta-feira, 26/5], foi a Unesco quem anunciou, em Paris, que os documentos da ditadura viraram “memória do mundo”, algo similar a “patrimônio da humanidade”.

Na casca, todos esses fatos aparentam dar maior relevância e transparência aos acervos. Na essência, são irrelevantes para a reconstituição da história.

Sob lupa

Há anos que se arrasta no Congresso o projeto da lei de acesso aos documentos públicos. Significa, na prática, que hoje, tal qual nos tempos da censura prévia dos militares, o Arquivo Nacional tem poderes totais de só permitir o acesso aos documentos depois de burocratas examinarem o teor das informações. Querem antes saber se há informações incômodas aos ex-guerrilheiros ou às suas famílias. Efetivam, então, uma conjuração prévia dos conteúdos.

No momento em que se discute a criação da Comissão da Verdade, para rememorar ou punir atos de exceção da ditadura, só política de ampla, geral e irrestrita transparência dos documentos será capaz de resgatar nossa memória.

O melhor caminho a seguir é mandar tudo para a internet, tal qual o WikiLeaks. A relevância desse site foi disponibilizar um sistema colaborativo, em que especialistas podem analisar os conteúdos e registrar suas análises aos leigos.

Instituições como a Universidade de Brasília e a Unicamp já têm plataforma similar à do WikiLeaks. Implementar de fato o direito à memória e à verdade está mais fácil do que se imagina.

O governo Dilma não pratica a dura censura prévia dos militares. Mas não busca a transparência que o momento histórico exige.

Mas, afinal, o que há de relevante nos documentos da ditadura? Os militares não eram ingênuos. Não registraram em papéis provas de tortura ou o local onde estão os desaparecidos. Mas deixaram rastros dispersos em burocráticos relatos de missões, análises políticas, dossiês e inquéritos de presos políticos.

Na mão de leigos ou burocratas, esses papéis têm pouca serventia. Com estudiosos, ajudariam a tecer uma intrigante trama histórica.

Sem conjurações

Nesses documentos há, por exemplo, o nome do sargento que matou sob tortura o operário Manoel Fiel Filho. Há também mexericos – relatos de adultérios e de “pederastia” –, além de curiosidades risíveis pela irrelevância.

Uma guerrilheira do Araguaia é descrita como “feia, dentuça e aparentando mais idade do que tem”. E daí? Esse documento permanece trancado no Arquivo Nacional, para não constrangê-la.

Verdade seja dita, os documentos mais relevantes sobre o período militar não estão nos arquivos públicos, mas nos acervos pessoais de militares. Desde 1996, muitos deles e de seus familiares estão entregando papéis e imagens a jornalistas ou a historiadores.Há pelo menos oito acervos pessoais importantes – de três militares e de cinco pesquisadores. Podem somar mais de 30 mil páginas.

Eu mesmo venho formando um acervo há 20 anos, buscando documentos em arquivos públicos ou com ex-militares. Há dois, quis doá-lo ao Arquivo Nacional, mas desisti quando descobri que nem mesmo o próprio doador teria acesso.

Agora, busco uma instituição disposta a catalogá-los e publicá-los na internet, como o WikiLeaks. Os outros donos de três acervos querem o mesmo. Tudo na internet, sem exorcismos ou conjurações de documentos feitas por burocratas oficiais.

***

[* Jornalista e historiador, autor de A Lei da Selva, sobre a guerrilha do Araguaia, e observador independente do grupo de trabalho interinstitucional que busca os corpos dos desaparecidos políticos]

Improviso escocês - Andy Murray fazendo essa gracinha contra Jo-Wilfried Tsonga



Sobre o golpe vencedor por baixo das pernas, Murray explicou, depois do jogo, que errou a passada e acabou ficando em cima da bola. Assim, precisou fazer o golpe daquela maneira. De qualquer modo, a execução foi perfeita. Um bate-pronto cruzado, sem chance de defesa para o adversário. E era preciso algo tão bem feito. Tsonga vinha em disparada na tentativa alcançar a bola.

quinta-feira, junho 09, 2011

segunda-feira, junho 06, 2011

Europa virou sistema de partido único, diz filósofo húngaro - CLAUDIA ANTUNES





A última crise financeira enterrou os resquícios de diferença entre social-democratas e conservadores na Europa e vale para o continente a frase que o escritor Gore Vidal cunhou para caracterizar os EUA: é um sistema de um só partido com duas alas direitistas.
A afirmação é do filósofo húngaro István Mészáros, professor emérito da Universidade de Sussex (Reino Unido), que chega ao Brasil nesta semana para lançar livros e fazer palestras em quatro capitais. "É irônico que na Grécia e na Espanha a tarefa de impor uma dureza cada vez maior aos trabalhadores tenha sido passada a governos ditos socialistas e assumida por eles. Se quisermos superar a paralisia imposta pelo 'sistema de partido único', é preciso mudar o processo de tomada de decisões políticas", disse ele em entrevista à Folha.
Considerado um dos principais teóricos marxistas vivos, Mészáros, 81, deixou a Hungria após a invasão soviética de 1956. Se notabilizou pelas críticas à gestão opressiva no antigo bloco socialista, contidas em seu livro "Para Além do Capital" (Boitempo). Para ele, a crise que se manifesta hoje nos países ricos é estrutural e não parte dos movimentos cíclicos tradicionais do capitalismo. Portanto, diz, não está no horizonte uma "longa onda ascendente" de recuperação econômica.
Mészáros participa neste mês no Brasil de eventos de lançamento de um livro de ensaios em sua homenagem ("István Mészáros e os Desafios do Tempo Histórico") e do segundo volume de sua obra "Estrutura Social e Formas de Consciência", ambos da editora Boitempo. As apresentações ocorrerão no dia 8 em São Paulo e em seguida em Salvador (dia 13), Fortaleza (dia 16) e Rio de Janeiro (dia 20).
Leia abaixo a íntegra da entrevista, feita por e-mail.

FOLHA - A resposta dos social-democratas à crise foi voltar às ideias de John Maynard Keynes sobre intervenção estatal, enquanto governos de esquerda na América Latina reforçaram o papel do Estado no desenvolvimento. Eles estão certos?
ISTVÁN MÉSZÁROS - Governos social-democratas sempre tentam voltar a Keynes para solucionar o que acreditam ser crises financeiras. Isso pode trazer alívio temporário, mas não uma solução real. Isso porque as chamadas crises financeiras são também sociais, com extensas ramificações, especialmente sob as atuais condições de desenvolvimento socioeconômico global.
Nas últimas décadas nós assistimos a uma significativa --e também perigosa-- virada em favor do domínio econômico-financeiro, como uma alternativa em última instância inalcançável ao desenvolvimento produtivo, muitas vezes com consequências incontroláveis ou até mesmo fraudulentas, mesmo quando sancionadas pelo Estado. Em muitos países o resultado foi e continua sendo a falência maciça, seguida de resgates feitos pelo Estado, que mergulha mais e mais no chamado "endividamento soberano".
Na Europa três países estão obviamente falidos --Grécia, Irlanda e Portugal--, enquanto vários outros, incluindo economias maiores como a Itália e o Reino Unido, não estão muito longe disso. É verdade que "Estados soberanos" podem intervir para se proteger, por meio do agravamento de seu próprio endividamento. Mas também há um limite para isso, e ir além pode gerar problemas ainda piores. A dura verdade é que agora nós ultrapassamos as mais otimistas recomendações keynesianas: em vários países o volume de dívida insustentável chegou aos trilhões de dólares.
FOLHA - Como o sr. interpreta o predomínio de governos de direita hoje na Europa, incluindo uma forma bem extremada na Hungria?
MÉSZÁROS - Esses problemas são em grande medida cíclicos, e no próximo ciclo os governos podem ir para a outra direção. Mas o aspecto mais importante dessa questão é o tipo de desenvolvimento político-institucional a que estamos assistindo nas últimas duas décadas ou mais. O escritor americano Gore Vidal o caracterizou bem quando disse que nos Estados Unidos temos "um sistema de partido único com duas alas direitistas". O mesmo é verdade na maioria dos países europeus. É suficiente lembrar que tanto na França quanto na Itália os antigos partidos comunistas se transformaram em forças políticas muito difíceis de distinguir de seus oponentes neoliberais.
Claro que na Hungria a mudança no Parlamento assumiu uma forma chocante [dois terços das cadeiras estão na mão do ultraconservador Fidesz]. No entanto, é necessário lembrar que o partido que o antecedeu por oito longos anos no governo [nominalmente social-democrata] esteve muito longe de ser um partido de esquerda, com sua devoção a impor aos trabalhadores as políticas neoliberais mais dolorosas, disseminando o ressentimento e a alienação.
Se quisermos superar a paralisia do "sistema de partido único com duas alas direitistas", é preciso mudar o processo de tomada de decisões políticas. Na Grécia e na Espanha, por exemplo, temos supostamente governos "socialistas", mas nada que devamos comemorar. E na Inglaterra, na próxima eleição, devemos ver o retorno de outro governo "socialista". À luz da experiência passada, quem seria corajoso o suficiente para sustentar que um governo do "Novo Trabalhismo" representaria mais do que uma mudança cosmética?
FOLHA - O sr. está otimista com as últimas manifestações populares na Espanha e na Grécia?
MÉSZÁROS - A palavra otimista não cabe muito bem. Não penso nesses termos porque sei que muita coisa pode dar errado e, como resultado, muitas vezes os mais vulneráveis e fracos têm que arcar com o maior peso. No entanto, estou certamente esperançoso, e reconheço que é preciso encontrar esperança, do contrário seria apenas um "pensamento positivo" que se extinguiria numa ilusão derrotista.
De fato, há uma boa base para estar convencido de que nem a Grécia nem a Espanha podem se conformar com os requerimentos prescritos a elas pelo sistema bancário internacional. Também nesse aspecto há um limite. É de fato muito irônico que nesses dois países a tarefa de impor um arrocho cada vez maior aos trabalhadores tenha sido passada a um governo "socialista" e assumida por ele.
Inevitavelmente, essa circunstância carrega com ela um processo de aprendizado penoso e o necessário reexame das respostas institucionais tradicionais dadas à pergunta "o que fazer?". Seria ingênuo pensar que esse aprendizado pudesse trazer resultados rápidos. No entanto, a dimensão positiva de tudo isso é que grupos cada vez maiores de trabalhadores se veem diante do desafio inevitável de reavaliar tantos as formas de tomada de decisão com que se acostumaram no passado quanto as respostas a ela. Seria arrogante presumir que nada de significativo possa emergir desse processo.
FOLHA - Qual será sua principal mensagem aos universitários que o ouvirão no Brasil?
MÉSZÁROS - Em certo sentido é muito simples. Quero chamar sua atenção para a natureza da crise de nosso tempo e a necessidade de lidar com ela o mais rápido possível. Porque o que devemos encarar não é a crise cíclica tradicional do capitalismo, que vai e vem em intervalos regulares, mas algo radicalmente diferente. É a crise estrutural global do sistema do capital em sua integralidade, que não pode ser conceituada nos termos habituais da "longa onda descendente" (downturn) seguida da confortadora "longa onda ascendente" (upturn), dentro de um período de mais ou menos cinco décadas. Há muito tempo essa caracterização perdeu credibilidade e não há nenhum sinal da fictícia "longa onda ascendente".
A razão pela qual é importante reposicionar nossa atenção nessa direção é porque uma crise estrutural requer remédios estruturais radicais para sua solução. O que está em jogo é muito grande porque nossa crise estrutural está se tornando mais profunda, em vez de diminuir. A crise financeira global a que fomos submetidos nos últimos anos é um aspecto importante disso, mas só um aspecto. Não há lugar para a autocomplacência quando trilhões de dólares jogados fora mal puderam arranhar a superfície do problema real.
FOLHA - O sr. previu uma confrontação entre os EUA e a China. Também sugeriu que a China não pode ser classificada como um país capitalista. Ainda pensa assim?
MÉSZÁROS - Sim, nos dois casos, mesmo se desde que eu escrevi isso, há 12 anos, muitas coisas mudaram e devem continuar mudando. O principal ponto é a diferença dramática no nível de desenvolvimento econômico dos dois países, com sinais de conflitos de interesse significativos decorrentes desse fato surgindo em partes diferentes do planeta, incluindo a África e a América Latina.
Considerar a China simplesmente como um país capitalista é simplista demais. O fato é que alguns setores vitais da economia, especialmente na produção de energia e na extração de material estratégico, estão em grande medida sob o controle do setor estatal. Além disso, e isso é um fato de importância seminal, o setor bancário e o câmbio --questão muito debatida e ressentida pelos EUA-- estão sob controle estatal completo. Tente convencer as empresas capitalistas e o sistema bancário nos EUA a imitar isso.
Conflitos de interesse nessas linhas podem não apenas se intensificar como se tornar não administráveis, ao ponto da explosão. Mas claro que seria loucura pensar nisso em termos de fatalidade. No entanto, muitos problemas herdados do passado terão que ser confrontados no tempo certo para resolver as contradições subjacentes.
FOLHA - O sr. disse uma vez que "revoluções reverberam por séculos, até que suas causas profundas sejam resolvidas". O sr. vê alguma reverberação de revoluções passadas nas revoltas que ocorrem nos países árabes?
MÉSZÁROS - Sem dúvida podemos ouvir potentes reverberações, ao lado dos temas prementes às populações dos países em questão. É quase impensável que o chamado "Estado pós-colonial" de dominação e dependência da segunda metade do século 20 pudesse ser mantido permanentemente nesses países. E claro que estamos muito longe do fim desse processo doloroso.
Também não podemos nos esquecer que a grande maioria das pessoas nos países afetados tem o problema básico de se alimentar, problema que está se agravando com o aumento do preço dos alimentos em todo o mundo.
Além disso, quando o presidente Obama (ou os redatores de seus discursos) falam das virtudes da "democracia", eles falham em reconhecer que o governo criminalmente repressivo do presidente egípcio Hosni Mubarak, que deve ser julgado em agosto, esteve em total subserviência em relação aos EUA por três décadas. Isso sem mencionar a ausência total de qualquer referência crítica à Arábia Saudita, que é feudal, mas lucrativa militarmente.
As reverberações que ouvimos devem continuar e se tornar mais altas, porque têm uma base causal e uma realidade irreprimível.

Fotos extemporâneas de 2011 - por Bruno Prieto