segunda-feira, junho 26, 2006

Raízes da História - Holanda vs Potugal na Copa do Mundo de 2006

Para a maioria das pessoas foi apenas mais um jogo de futebol ou um jogo na Copa do Mundo de 2006. Para a maioria das pessoas foi um jogo violento, cheio de cartões amarelos, quatro jogadores expulsos, apenas um gol de Maniche, português, e isso é um lado da história. Mas eu vi o jogo com outros olhos. Afinal, eu gosto de História.
Existe, sim, uma rixa histórica, medieval, entre Holanda e Portugal. Uma rixa que se prolongou e acirrou com a expansão das colõnias européias pelo novo mundo, pela América mais precisamente, e que nada mais era do que uma corrida pelo domínio da economia mundial. Holandeses, que são anglo-saxões e vikings, tem em sua origem uma característica especial para os tempos médios. Eram protestantes, em sua maioria, ou judeus e viviam sobre à sombra maligna da Igreja Católica Romana, perseguidos e punidos com violência em toda parte da Europa. Mas na Holanda tinham construído um país com liberdade de culto, com uma cidade comercial famosa, Flandres, e era berço de muitos intelectuais e ousados comerciantes que, embalados pela fé sebastiana nas viagens ao mar, o qual os lusitanos teriam como seu quintal, e foram buscar mais perto de casa o que só havia na Índia e no Sul do continente africano. Portugal, antes conhecido como Condado Portucalense, foi um presente do Rei da Espanha para um cavaleiro depois de seu êxito na guerra de expulsão do mouros e no combate a infiéis da cristandade. Era, no entanto, profundamente influenciada pela matemática e pela arquitetura árabe e tinha no mar a esperança de crescer como potência. Com as ousadas viagens à Índia e com o aumento do mercado na Europa em busca de especiarias, e principalmente pela tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453, os portugueses foram obrigados a inventar novas rotas para manter seu comércio. Em 1500, chegados ao Brasil, logo não acharam por aqui nada que lhes convinha. Mas em águas caribenhas já se encontravam holandeses pirateando ou procurando terra para colonizar, mesmo ela sendo da Espanha por causa de um acordo com Portugal, para plantio da mais nova iguaria em voga nos círculos da nobreza e dos burgueses europeus: o açúcar. Os holandeses aportaram no nordeste brasileiro algumas vezes e por aqui modificaram as estruturas sociais do Nordeste com sua Companhia das Índias Ocidentais.
Quando os portugueses se deram conta de que tinham que estabelecer a soberania da colônia, através da ocupação social e da exploração do pau-brasil, já estavam em franca concorrência com os holandeses em busca de atrativos e novidades no mercado. O holandês, empreendedor, foi um explorador voraz. O português, empreendedor, foi um explorador iludido.
No jogo me atentei a isso aí e mais um monte de coisas que eu sei sobre Portugal e Holanda, agregando-se ali ou aqui alguma dúvida que eu tiro quando chego em casa, quando pego meus livros e descanso um pouco à cabeça.
Um jogo de futebol para a maioria, mas pra mim foi um jogo com 500 anos de história e rixas, por isso a agressividade, as faltas em excesso e as expulsões. Silêncio.

segunda-feira, junho 19, 2006

Extemporâneas N# 4 - O Brasil precisa de um plano melhor

Pra mim não é muito fácil ler notícias pela internet. O efeito que um jornal ou revista tem em minhas mãos é muito maior do que tem a informalidade dos meus olhos refletindo a radiação do monitor colorido. Uma coisa na qual eu acredito bem mais ou menos são nos meus olhos e por isso eu aceito o experimental e o espontâneo como uma bela faceta humana. Mas me impressiona como, depois de anos de estudo e observação, pequenas linhas em sites de notícias me desapontam.
Meu pai uma vez me disse que teria um dia na minha vida onde eu teria que escolher entre viver uma ideologia pessoal política ou apenas viver surfando o sistema apoiado meramente no estar vivo e poder apreciar aquilo que é bom nas coisas da vida. Demorei muito para compreender que meu pai tem razão quando diz isso pra mim, afinal nada que eu tenho foi construído facilmente. Minhas mãos calejadas, sim, calos de verdade porque já brinquei muito com enxada, tijolos, sacos de fumo de arapiraca, corte de grama, lava-carros humano e muito mais, parecem úteis depois de tantas práticas mecânicas, servem para me alimentar e acariciar os cabelos, os pêlos, a pele, as penas, o algodão. Política parece não ter sentido. Marx me assusta pois ele previu o que somos em suma: escravos do salário. Mesmo que o salário seja uma surrealidade do brasileiro e, na melhor das piores hipóteses, o buraco da previdência social pois não teve político capaz de entender que para uma reforma, para uma revolução interior, é necessário abrirmos mãos de privilégios coletivos. É necessário começar do ZERO para que, de uma vez por todas, uma idéia séria sobre dinheiro ampare com modernidade a falência do governo, o buraco negro das contas. Li que o PPS vai apoiar Alckmim discretamente. Alckmim? Já me deparei com o fantasma-Lula e não entendi nada do que aconteceu com seu governo, apesar das estatísticas favoráveis, na verdade o que era preciso mudar e melhorar, o que era preciso coragem vermelha pra igualar e aparar arestas não foi feito. Continua-se a po´lítica dos números e do assistencialismo social público. Meu sogro foi ótimo quando disse que estamos vivendo as legislações do século XVIII, eu me sinto colonizado como um brasileiro do século retrasado também. Pense bem, a dissidência do PT apoia o PSDB, o PT não está em posição de encarar as deficiências estruturais de cento e poucos anos de República e nossa república, uma das únicas verdadeiramente, é uma bagunça, e as opções para o VOTO ficam restritas ao interesse pessoal, ao ego e dinheiro e a moral e aética ficam em segundo plano. Quantas vezes vi amigos votarem em candidatos que ia priviliegiar seus pais literalmente. Eu nunca fiz isso. Não sei mais o que fazer com meu voto pra falar a verdade. Já discuti sobre o voto nulo, já escrevi uma música que fala levemente sobre isso mas não sei se o preparo político do povo intelectual e burguês e da indústria do Brasil tem a capacidade de incorporar novos canditados além destes poucos que nos representam mal e porcamente. Em quem eu votaria depois de anular meu voto? O presidente colombiano recém-eleito, Uribe, disse que a América Latina está pagando o preço por colocar no poder pessoal sem profissionalização política e intelectual em cargos de responsabilidade. Taí, eu concordo com este político mas sofro muito por isso. Eu já tinha pensado muitas vezes nisso e só as contas, a vida na estrada e minha família já me dão mais do que muito para pensar. A vida, como eu disse, nunca me foi fácil. Grato e feliz eu me sinto por isso. Sinto que carrego uma cruz bem menos pesada do que muita gente por aí. A saúde me é companheira e da minha mulher e filho também. Tenho uma avó de 90 anos e outra de 75. Na genética em mim existe uma química favorável à velhice. Bem, Brasil, é preciso coragem para mudar. Eu sou do tipo de homem que, se meu pai aceitasse suborno, eu não mais falaria com ele e ele bem sabe disso. Eu entregaria meus irmãos se eles fossem bandidos. Eu sou moderno a esse ponto. Silêncio.

domingo, junho 18, 2006

A gente é aquilo que o sentimento e a emoção não é - uma energia!

Me flagro diariamente em um diálogo profundo com meu trabalho. Cada dia que passa eu sinto que fica mais importante criar bases, ritmos, uma poupança segura para desempenhar minha responsabilidade com alegria. Durante minha juventude, tocar baixo sempre foi uma diversão muito boa. E hoje, tenho certeza, o nível de intimidade que eu tenho com o meu instrumento de trabalho é quase uma relação erótica e sexual, rola uns pegas aqui e ali, mas o beijo é sempre de língua. Também me sinto fragilizado quando não estou conseguindo seguir os dois ritmos que eu sou obrigado a acompanhar enquanto transando um som, um show, aquele momento mágico que rola no palco: o ritmo da bateria e o embalo do público. A relação exata entre o bumbo, a caixa e o sorriso das pessoas que vão a um show do Maskavo é diretamente proporcional ao preparo emocional necessário para embalar milhares de corações por minuto. O baixo é minha segurança e tem sido o elo de meus dedos com os pés dos fãs. Eu vibro em uníssono. Preciso que o ritmo surja das entranhas da bateria. O primeiro toque da baqueta na pele da bateria é o mais importante. A primeira nota na cabeça do tempo que sou obrigado a tocar tem que ser um veludo. O violão é o tempero. A interação do baixo com a bateria é conhecido pelo nome de swing. Com swing, com tudo. Sem swing, sem tudo. Aliás, swing hoje é também uma prática sexual coletiva, consensual e faz parte do imaginário popular. Eu acho que tocando baixo sou capaz de fazer uma pessoa gozar. Não tenho sentimentos e emoções guardados quando estou tocando. Não fico raciocinando também. Mas na hora H, quando o ritmo se perde em nosso medo, falta de preparo e falta de concentração, quando tudo está quase dando errado, a luz! Uma música ótima para reunir a energia que perdemos em nosso medo. Pois bem, eu não vascilo. E se vascilo, ninguém vê. Silêncio.

quarta-feira, junho 07, 2006

A Iinfluência de Coltrane em meus neurônios cheios de saudade!

A Maioria dos excelentes discos que eu já ouvi e ouço, porque já me acostumei a idéia de que bastam cem discos para você saciar toda sua fome de música, tem como figuras essenciais ritmistas, os quais eu admiro tanto que dói. Me lembro de quando eu era uma criança e as pessoas queriam ser guitarristas, solistas como Stevie Vai ou Joe Satriani, tocar uns rocks velozes como os do Megadeth. Pô, os três primeiros discos do Metallica o meu irmão mais bonito tem, eu já ouvi muito tudo aquilo e acho autêntico pra caralho, mas não é a minha música preferida. Mas lá nos idos de 92 o que pegava em Brasília era o Metal, não esse metal Massacration que de tão bom me dá uma certa nostalgia a lá Mamonas Assassinas, esta sim, um fenômeno do excraxo ridículo, que salve-se o Premeditando o Breque, coisa sensacional e marcante de minha infância, e os músicos da época iam ter aulas na Musimed com o Parente e com o Fred. Eu mesmo fui aluno por dois meses do Fred, mas algo chamado dinheiro, depois a preguiça de andar de ônibus duas vezes por semana com o baixo no lombo me fizeram acreditar que eu era capaz de aprender a tocar baixo sozinho. Foi a melhor decisão que eu já tomei na vida. Me guia até hoje por qualquer caminho. Tocar a vida sozinho. A raça mais difícil de encontrar pra fazer um som legal é baterista. Na época tinha o César Borgatto, eu achava ele um baterista de merda, mas adorava as técnicas que ele usava pra tirar um som. Eu pensava “preciso de um Borgatto mais porra louca, mais novo e que não seja careca!” Tinha um fenômeno da bateria chamado Maurício, um desses talentos genuínos que o pai apoiava porque é assim que um pai tem que agir. Tinha 13 anos, tocava Pink Floyd, Led Zeppelin e tinha pratos Zyldjan, todos. Aquilo me motivou. Eu tinha 16 anos, era mais velho, mais pobre e não tinha apoio algum em casa pra levar música a sério. Por isso mesmo que um baterista sério seria a chave para que uma banda desse certo. Se fizesse os meus pais rebolarem o jogo estaria meio-ganho. A outra parte, é claro, era a escola. Sempre ensaiei em casa com meu irmão gêmeo e o meu irmão mais novo ensaiava com a banda de rock psicodélico dele. Tinha um menino canhoto-guitarrista chamado Filipe, o cara mais talentoso que eu já vi tocar guitarra e, com um detalhe, com o coração. Ele era o hendrix, pra mim. E é sério quando eu digo que ele era o HENDRIX. Canhoto, solista e compositor e extremamente livre dedilhando sua péssima guitarra, uma Jennifer Strato. Que guitarrinha ruim! Mas o menino era fantástico e motivava todo mundo, eu e a minha banda, a banda dele todinha, meus pais e a vizinhança sentava na varanda, um dos meus vizinhos fumava um e ficava ouvindo a gente tocando The Beatles, Nirvana, Smashing Pumpkis, The Pixies, Led Zeppelin, Rolling Stones, Mutantes, Raul Seixas, The Smiths, Pink Floyd e todas as nossas composições. Era o nosso Woodstock porque, pra melhorar tudo, tinha platéia feminina. Isso era um hábito desde que eu me entendo por banda. Minha primeira banda, os The Sounders, tinha esse apelo feminino. A gente convidava as amigas da escola pra ir ouvir a gente ensaiando The Beatles, Raul e Roberto Carlos, tomar banho de piscina. Todo Sábado na casa do James, onde começou a minha crença de que toda banda boa não ensaia em estúdio pago. Pagar pra tocar dói muito! O menino Hendrix-Filipe foi a excessão sobre guitarra que eu já vi. Ele explodia ao vivo, solava muito bem e tinha espírito, um feeling pro bom gosto da porra. Meu irmão gêmeo é outro excelente guitarrista porque sabe criar harmonias que cantam, dobram a voz. Isso, depois que eu descobri o Jazz, é a coisa mais linda a se fazer em uma música. E se o guitarrista for bom, a magia fica rock n'roll. Tanto que os quartetos de Jazz mais famosos do mundo NUNCA tiveram um guitarrista. O baterista que tocou comigo durante anos era musical, esforçado, mas era uma merda. A minha mãe costumava dizer que o esforço que eu colocava individualmente e na própria banda era desequilibrado, superior ao dos demais integrantes. Na época eu achava isso um absurdo, mas hoje eu dou razão a minha mãe. Todos os dias eu e o Breno tocávamos de manhã, antes de ir pra escola, de tarde, de noite. Todos os dias, mais os ensaios de Sábados e Domingos. E, no fundo, por ser autodidata, eu via que me desenvolvimento musical era lento, progressivo e estiloso. Uma coisa eu aprendi. Ninguém toca como eu. Ninguém mesmo. Já me convenci que uma das razões pelas quais eu apoie o experimentalismo em todos os sentidos é o fato de que a auto-influência somada a convivência com o meio será capaz de dar instrumentos para que cada um seja bom naquilo que se dedica. Meu colega baterista era baterista de final de semana. Pra mim isso nunca bastou. Quando eu entrei no Maskavo eu percebi que tinha muita coisa a aprender sobre baixo. O reggae estava em minhas veias, mas não nos meus dedos e no meu coração. Com o Prata, com o Quim e com o Marceleza eu pude extrapolar, dar vazão a um coisa que eu sempre admirei no contrabaixo: a capacidade instrumental de poder ser um instrumento melódico e rítmico. Nas minhas experiências e músicas anteriores eu conseguia, de uma certa maneira, ser melódico. Mas o rock, em si, faz o baixo parecer muito mais um som profundo e presente do que pontuante e misterioso. James Jamerson, Jimmy Garrison, Sting, Andy Rourke, Peter Hook - o cara do New Order - , Geddy Lee são alguns exemplos de contrabaixistas que iam além do instrumento e de suas limitações. Um instrumento de 4 cordas muito elegante, inclusive. O reggae, com Aston Barret e Robbie Shakespeare, pra mim não seria nada sem Carlton Barret e Sly Dunbar. Os dois melhores bateristas do MUNDO! Tem uma caralhada de caras bons no rock, Stuart Copeland, John Boham, Mitch Mitchell, etc, mas esses dois jamaicanos deram o toque final que mais influencia as batidas de dance no mundo hoje em dia. O Raggamuffin, o DanceHall, o Funk, o HipHop, o Rap, o Reggae, o Rock. Eis que o up-down beat do reggae dominou o mundo sobre a forma de uma quimera, uma Hidra de Lerna de 200 cabeças. Mas ninguém se pergunta de onde vem e pra onde vai o reggae? Eu me pergunto todos os dias porque eu gosto tanto de reggae e de jazz, afinal são músicas genuinamente mestiças, como o forró, o baião, o xaxado, o bumba-meu-boi, muitas outras que eu não conheço. Aprendi a gostar de músicas dos orixás, a música da Bahia antiga e mística e brasileira, da música chamada Bossa Nova e estou aprendendo violão. Que instrumento bonito e charmoso. Se tiver um bom percussionista, então...

A Morte

A Morte não é exclusiva e nem é o fim. A morte é como o selo de uma carta
que você quer enviar para uma pessoa distante. A morte, enfim, é um meio de
vida e de sentir que existe vida em tudo. Em uma sociedade dominada pela
rapidez da informação, está cada vez mais difícil digerir o que é real e o
que é apenas notícia. Está difícil dicernir o que é volátil e o que veio pra
ficar. A sociedade civil, de professores, médicos, policiais, músicos, vive
nas cidades com aquele medo de ser assaltado, medo de perder a namorada,
medo de não ter dinheiro para comprar fraldas descardáveis. Medo de quase
tudo que não se tem poder. Mas ninguém pode com a morte. A morte é o cessar
da vida, do coração, mas não da memória, da lembrança, da saudade e das
referências e influências que as pessoas, em vida, legam aos seus
familiares. Por isso ter filho, como a natureza sabiamente ensina, faz parte
do ciclo da vida e da morte.
Uma morte acidental, um assassinato, é muito sério. É brutal para a família
e para os amigos. É brutal porque fere a natureza e seu ciclo perfeito. Fere
porque geralmente acontece, um assassinato, por causa de inveja,
má-educação, por causa do excesso de materialismo a que somos submetidos. As
expectativas de um jovem são rasas e muito pouco criativas. Faculdade é bom,
mas pra que? Posso ser morto, assim como uma menina em São Paulo, pelo
namorado no campus da Universidade pública. Posso ficar rico e famoso e
tomar um tiro perdido na frente de uma boate, assim como aconteceu em São
Paulo no final do ano passado com um conhecido, posso estar dirigindo e ser
fuzilado porque não quis parar meu carro. Putz, ser conivente com bandido já
é a melhor maneira de não morrer em uma cidade. Abre-se mão do que se chama
segurança por uma casa em um condomínio fechado. Mas seu vizinho pode ser
ladrão do colarinho branco. Qual a diferença afinal?
Pra mim a diferença são as prioridades. Se o que fizeram no Rio de Janeiro, uma
tentativa de assalto contra uma família, onde uma das pessoas era o músico
dos Detonautas e amigo, Rodrigo, onde deixaram o carro baleado, o menino
morto e seu irmão ferido, não fosse algo que me aproximou da morte, então
continuaremos todos cínicos e silenciados pelo medo e pela incapacidade de
reagir a algo tão violento, mas que parece real nos noticiários, jornais e
bate-papos de boteco.
A guerra precisa acabar dentro de casa. Normalmente é assim que acontece a
primeira morte: a morte do bandido.



--------------------------------------------------------------------------------