segunda-feira, maio 24, 2010
Maria Longhitano se torna primeira mulher sacerdote na Itália
A italiana Maria Longhitano, 35, se tornou neste sábado a primeira mulher sacerdote a ser ordenada em Roma, na Itália, pela Igreja Vétero Católica --um movimento católico independente não reconhecido pelo Vaticano e vinculada ao movimento anglicano.
Longhitano foi ordenada sacerdote durante uma cerimônia na Igreja Anglicana no centro da capital italiana e agora poderá abençoar e rezar missa na paróquia Jesus de Nazaré em Milão.
"É um ato importante que rompe com tradições milenares", assinalou o sacerdote vétero-católico que oficiou a posse, destacando o trabalho da nova sacerdotisa em Milão "em favor dos doentes, das crianças e dos necessitados".
Longhitano afirmou saber que "abriu um novo caminho", embora tenha destacado que "foi um percurso de emoção e medo". "Sem as mulheres, o catolicismo, que quer dizer universalidade, fica mutilado", disse.
A sacerdote criticou ainda a proibição da Igreja Católica de ordenar mulheres.
Participem do Boicote ao Posto de Gasolina da 214 sul!
No dia 15 de maio de 2010, uma verdadeira barbárie aconteceu no Posto de Gasolina da 214 Sul, em Brasília-DF. Anísio Oliveira Lemos, 46 anos, foi espancado pelo dono do posto, Daniel Costa, 23 anos, apenas porque pediu que as pessoas que ouviam música em som altíssimo, baixassem o volume do som para que ele pudesse dormir, às 3 da manhã.
Leia mais sobre o caso em:
http://www.posto214sul.blogspot.com/
Já que o Estado é omisso, vamos fazer a nossa parte!
Repassar esta mensagem é um ato de cidadania.
Nossa sociedade agradece!
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sexta-feira, maio 21, 2010
Brasileiro trabalha até dia 28 apenas para pagar tributos - MARCOS CÉZARI
Os brasileiros terão de trabalhar até a sexta-feira da próxima semana, dia 28 deste mês, apenas para cumprir suas obrigações tributárias com os fiscos federal, estaduais e municipais. Serão 148 dias de trabalho no ano, um dia a mais do que os trabalhados em 2009 e o mesmo número de 2008.
O cálculo faz parte do estudo sobre os dias trabalhados para pagar tributos, divulgado ontem pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Segundo o estudo, hoje os brasileiros trabalham quase o dobro do que trabalhavam na década de 1970 (76 dias) apenas para os fiscos.
Os brasileiros estão entre os que mais pagam tributos no mundo, perdendo apenas para os suecos (185 dias) e os franceses (149 dias). Os espanhóis (137), os norte-americanos (102), os argentinos (97), os chilenos (92) e os mexicanos (91) trabalham menos do que os brasileiros.
Com base no estudo, o IBPT diz que 40,54% da renda bruta dos contribuintes estará comprometida neste ano com tributos.
Nesses 148 dias, os três fiscos arrecadarão quase R$ 500 bilhões --ontem, o Impostômetro (painel na capital paulista que registra, em tempo real, a carga tributária no país) já marcava mais de R$ 460 bilhões.
Os 148 dias foram calculados para o rendimento médio mensal. Para a baixa renda (até R$ 3.000), são 141 dias trabalho (de 1º de janeiro até hoje). Para a média renda (R$ 3.000 a R$ 10 mil), são 157 dias, ou seja, até 6 de junho. Para a renda alta (mais de R$ 10 mil), serão 152 dias -até 1º de junho.
O IBPT também calculou quanto os brasileiros comprometeram de sua renda bruta para pagar tributos sobre a renda, o patrimônio e o consumo. Na média, 40,54% da renda de cada cidadão estará comprometida neste ano com os três níveis de governo. Em 2009, foram 40,15%, e, em 2008, 40,51%.
O cálculo faz parte do estudo sobre os dias trabalhados para pagar tributos, divulgado ontem pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Segundo o estudo, hoje os brasileiros trabalham quase o dobro do que trabalhavam na década de 1970 (76 dias) apenas para os fiscos.
Os brasileiros estão entre os que mais pagam tributos no mundo, perdendo apenas para os suecos (185 dias) e os franceses (149 dias). Os espanhóis (137), os norte-americanos (102), os argentinos (97), os chilenos (92) e os mexicanos (91) trabalham menos do que os brasileiros.
Com base no estudo, o IBPT diz que 40,54% da renda bruta dos contribuintes estará comprometida neste ano com tributos.
Nesses 148 dias, os três fiscos arrecadarão quase R$ 500 bilhões --ontem, o Impostômetro (painel na capital paulista que registra, em tempo real, a carga tributária no país) já marcava mais de R$ 460 bilhões.
Os 148 dias foram calculados para o rendimento médio mensal. Para a baixa renda (até R$ 3.000), são 141 dias trabalho (de 1º de janeiro até hoje). Para a média renda (R$ 3.000 a R$ 10 mil), são 157 dias, ou seja, até 6 de junho. Para a renda alta (mais de R$ 10 mil), serão 152 dias -até 1º de junho.
O IBPT também calculou quanto os brasileiros comprometeram de sua renda bruta para pagar tributos sobre a renda, o patrimônio e o consumo. Na média, 40,54% da renda de cada cidadão estará comprometida neste ano com os três níveis de governo. Em 2009, foram 40,15%, e, em 2008, 40,51%.
Advogada que deu golpe milionário no INSS é condenada a devolver R$ 200 milhões - Da Agência Brasil
A advogada Jorgina de Freitas, conhecida por causar um rombo sem precedentes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na década de 90, foi condenada a devolver R$ 200 milhões aos cofres públicos. A decisão é da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que também condenou o contador Carlos Alberto Mello e manteve o bloqueio de todos os bens dos envolvidos na fraude para leilão.
Até agora, mais de R$ 69 milhões subtraídos pelo golpe já foram devolvidos. O valor total do desvio seria da ordem de R$ 500 milhões, mais de 50% de toda a arrecadação do INSS à época.
Jorgina foi condenada a 14 anos de prisão em 1992, mas fugiu para a Costa Rica, onde ficou até 1997. Ela foi recapturada pela Justiça brasileira em 2008 e está presa desde então. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou recurso de Jorgina para apelar da sentença que a condenou pelas fraudes.
quarta-feira, maio 19, 2010
Manifestação indígena termina em conflito na Câmara - Eduardo Bresciani
Uma manifestação de dezenas de indígenas acabou em conflito na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (19). Segundo a segurança da Casa, os índios tentaram invadir o plenário após entrar na Casa por um anexo. Um líder dos indígenas afirmou que o movimento é pacífico e deseja apenas fazer reivindicações relativas à causa.
O coordenador do departamento de polícia judiciária da Polícia Legislativa da Câmara, Antonio Carlos de Abreu, afirma que os indígenas tentaram invadir o corredor que dá acesso ao plenário e, por isso, a segurança da Casa interveio. "O objetivo deles é invadir o plenário. Eles queriam mostrar força".
O líder indígena Antoê afirma que o movimento é "pacífico" e que as armas que portavam, como arco e flecha, foram retidos pela segurança da Casa já na entrada em acordo com o movimento. Ele disse ter sido agredido pela segurança no meio do tumulto e que um dos indígenas, de 80 anos, também foi agredido. "Levei uma pancada na costela e muita gente apanhou", disse o líder.
Abreu confirma que teve tumulto. Ele estava com a camisa social rasgada e disse ter perdido sua carteira e seus óculos no meio da confusão. Ele não negou a possibilidade de agressão a um idoso no meio do tumulto. "Eu estava na linha de frente para tentar impedir a entrada. Foi furtada minha carteira e meu óculos. Mas foi só 'soquinho'. No meio do empurra-empurra ninguém pergunta a idade. No meio da confusão é impossível saber quem bateu e quem apanhou".
O coordenador da Polícia afirma que algumas armas realmente foram retidas nas entradas, mas, segundo ele, alguns indígenas conseguiram entrar armados com porretes e pedaços de pau. A Polícia Legislativa conseguiu, no fim, impedir a invasão.
Segundo Antoê, a intenção dos índios é pedir que a Câmara revogue um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de dezembro do ano passado que reestruturou a Fundação Nacional do Índio. De acordo com o líder, o decreto tem permitido a invasão de terras indígenas. Ele fez críticas também ao Programa de Aceleração do Crescimento e à construção da usina hidrelétrica Belo Monte, no Pará.
Presidente Lula pede alfinete para esvaziar seu ego - Clóvis Rossi
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva despediu-se da Espanha ontem admitindo que precisaria de um alfinete para esvaziar seu ego.
Foi ao receber o prêmio "Nueva Economía Fórum 2010", em cerimônia na qual sua colega argentina, Cristina Kirchner, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, inflaram devidamente o ego do brasileiro.
Barroso considerou "espantoso" o índice de popularidade de Lula. O presidente reconheceu que não é fácil obter 83% de popularidade, mas atribuiu os méritos ao "povo brasileiro".
"Mais importante que os números das pesquisas de opinião é eu ter despertado no mais humilde dos brasileiros a certeza de que pode e deve chegar à Presidência da República".
É fácil, segundo Lula: "É só chegar e se preparar".
O discurso foi, acima de tudo, um olhar sobre toda a sua carreira política, desde os tempos em que os líderes estrangeiros tinham vergonha de se encontrar com ele, até o presidente multi-ideológico, como ele se definiu em entrevista ao jornal "El País" publicada há 10 dias.
Na verdade, é um "multi-classista", porque, segundo ele, "nunca os empresários ganharam tanto dinheiro como no meu governo; 99% dos acordos salariais resultaram em aumentos reais; e os pobres nunca tiveram um tratamento tão humano e civilizado", afirmou.
O presidente fez apenas uma referência breve sobre sua recente missão no Irã: disse que fora a Teerã seguindo a antiga regra de que "é conversando que a gente se entende". Acrescentou: "É preciso entender a posição dos outros".
De acordo com carta, Panahi entrou em greve de fome - ANA PAULA SOUSA
Três dias depois da leitura de uma carta do cineasta iraniano Jafar Panahi durante o festival de Cannes, um outro texto do cineasta começa a circular pela cidade.
Pelo visto, as autoridade iranianas não apenas não se sensibilizaram com as manifestações pela soltura do artista como endureceram.
Uma carta que teria sido enviada por Panahi, da prisão, por meio de um amigo, Abbas Bakhtiari, foi publicada hoje pelo site literário "La Règle du Heu" (a regra do jogo, em português).
O texto é impressionante. Nele, o cineasta afirma estar sendo submetido a maus tratos e diz ter entrado em greve de fome.
(...) No sábado, 15 de maio, os guardas entraram na nossa cela, tiraram nossas roupas e nos mantiveram nus por uma hora e meia (...)
(...) No domingo, me levaram para a sala de interrogatório e me acusaram de haver filmado o interior da minha cela, algo que é complemente falso (...)
(...) Eu não como nem bebo nada desde o domingo de manhã e juro, pelo cinema no qual acredito, que eu vou interromper minha greve de fome enquanto meus direitos não forem respeitados (...)
A carta, divulgada por Bakhtiari, diretor do centro cultural Pouya, é encerrada com uma frase bastante dura:
"Meu último pedido é que meu corpo seja entregue a minha família para que ela possa me enterrar onde desejar."
Lenda da F-1, projetista da Red Bull cria carro mais rápido do ano com lápis e papel - Guga Fakri
Com a pole position de Mark Webber em Mônaco, a Red Bull chegou a seis poles consecutivas e bateu o feito da McLaren de 1999, última vez em que uma equipe tinha largado na frente cinco vezes seguidas no início de uma temporada. O feito coloca a equipe das bebidas energéticas na terceira colocação nesta estatística. A McLaren de 1999 cravou nove poles seguidas. O recorde absoluto é da Williams de 1993, 15 poles consecutivas.
Em comum nesses carros? A assinatura. Todos são projetos do engenheiro aeronáutico Adrian Newey. E o que a Red Bull quer é que o RB6 continue se igualando a esses carros históricos: Mika Hakkinen foi campeão mundial com a McLaren de 1999 e Alain Prost conquistou seu quarto título mundial com a Williams de 1993.
Com seis títulos no currículo (Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill, Jacques Villeneuve e dois de Mika Hakkinen), o inglês é considerado um dos maiores projetistas da história da categoria. Por isso, vale cada centavo dos cerca de R$ 22 milhões que recebe por temporada - salário que só seria menor que o do espanhol Fernando Alonso e o do alemão Michael Schumacher.
Curiosamente, apesar da fama e de toda a tecnologia disponível atualmente, o gênio da engenharia ainda trabalha como em 1980, quando começou sua carreira na equipe Fittipaldi, dos irmãos Wilson e Emerson. Em tempos de supercomputadores, Newey ainda desenvolve seus projetos revolucionários com um lápis e um pedaço de papel.
“Ele é meio que um dinossauro, porque é a única pessoa da Red Bull que não sabe usar o computador. Ele trabalha em um pedaço de papel, na única mesa de desenho que temos na fábrica. As pessoas costumam usar a palavra ‘gênio’. Ele está sempre um mês na nossa frente, e cabe ao resto do pessoal da fábrica tentar alcançá-lo”, diz o chefe da Red Bull, Christian Horner, em entrevista ao site da equipe.
Segundo o próprio Adrian Newey, suas ideias aparecem de forma inusitada. “Às vezes acordo no meio da noite e fico pensando em um problema que preciso resolver no carro. Se consigo achar a solução, desenho ou anoto na mesma hora para lembrar ao acordar”, revela o engenheiro.
Os grandes beneficiados pelo projeto de sucesso de Newey são os próprios pilotos Sebastian Vettel e Mark Webber, que lideram o campeonato e tentam colocar seu nome na história com o título de 2010. Segundo Webber, o fato de ter Newey no time gera uma expectativa elevada sobre o carro que terá nas mãos.
“Todo mundo quer ver o que Adrian está desenhando. Quando ele está criando um carro novo, todos nós ficamos ansiosos e temos uma expectativa muito alta sobre ele. É um cara muito legal e é muito fácil trabalhar com ele”, diz o australiano ao site da Red Bull.
Em comum nesses carros? A assinatura. Todos são projetos do engenheiro aeronáutico Adrian Newey. E o que a Red Bull quer é que o RB6 continue se igualando a esses carros históricos: Mika Hakkinen foi campeão mundial com a McLaren de 1999 e Alain Prost conquistou seu quarto título mundial com a Williams de 1993.
Com seis títulos no currículo (Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill, Jacques Villeneuve e dois de Mika Hakkinen), o inglês é considerado um dos maiores projetistas da história da categoria. Por isso, vale cada centavo dos cerca de R$ 22 milhões que recebe por temporada - salário que só seria menor que o do espanhol Fernando Alonso e o do alemão Michael Schumacher.
Curiosamente, apesar da fama e de toda a tecnologia disponível atualmente, o gênio da engenharia ainda trabalha como em 1980, quando começou sua carreira na equipe Fittipaldi, dos irmãos Wilson e Emerson. Em tempos de supercomputadores, Newey ainda desenvolve seus projetos revolucionários com um lápis e um pedaço de papel.
“Ele é meio que um dinossauro, porque é a única pessoa da Red Bull que não sabe usar o computador. Ele trabalha em um pedaço de papel, na única mesa de desenho que temos na fábrica. As pessoas costumam usar a palavra ‘gênio’. Ele está sempre um mês na nossa frente, e cabe ao resto do pessoal da fábrica tentar alcançá-lo”, diz o chefe da Red Bull, Christian Horner, em entrevista ao site da equipe.
Segundo o próprio Adrian Newey, suas ideias aparecem de forma inusitada. “Às vezes acordo no meio da noite e fico pensando em um problema que preciso resolver no carro. Se consigo achar a solução, desenho ou anoto na mesma hora para lembrar ao acordar”, revela o engenheiro.
Os grandes beneficiados pelo projeto de sucesso de Newey são os próprios pilotos Sebastian Vettel e Mark Webber, que lideram o campeonato e tentam colocar seu nome na história com o título de 2010. Segundo Webber, o fato de ter Newey no time gera uma expectativa elevada sobre o carro que terá nas mãos.
“Todo mundo quer ver o que Adrian está desenhando. Quando ele está criando um carro novo, todos nós ficamos ansiosos e temos uma expectativa muito alta sobre ele. É um cara muito legal e é muito fácil trabalhar com ele”, diz o australiano ao site da Red Bull.
Telefonia celular tem baixa qualidade e preço alto, diz ministério - Da Agência Câmara
O coordenador jurídico do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, Amaury Martins Oliva, afirmou nesta terça-feira (18), em audiência na Câmara, que, levando em consideração a qualidade do serviço de telefonia celular no Brasil, o consumidor brasileiro paga caro por um produto ruim.
Este ponto é, em parte, sustentado por pesquisa da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que apontou o Brasil como o país que cobra a quarta tarifa de celular mais cara do mundo.
No entanto, representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e das operadoras de telefonia afirmaram que os preços do mercado são inferiores aos da pesquisa. O assunto foi discutido hoje em audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor.
Dados divergentes
Segundo o gerente-geral de Comunicações Terrestres da Superintendência de Serviços Privados da Anatel, Nelson Mitsuo, e o diretor da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), Eduardo Levy, a pesquisa foi baseada no valor dos planos básicos das operadoras, sem levar em consideração as promoções.
Segundo Levy, o valor do minuto efetivamente cobrado do consumidor é 30% menor do que o preço apontado pela UIT. Mitsuo ressaltou o serviço de telefonia pré-pago, que não foi tratado pela pesquisa da UIT. “O pré-pago é um telefone público de bolso, em que a pessoa pode fazer chamadas a cobrar ou pagar até cinco centavos pela ligação”, afirmou.
Eduardo Levy disse ainda que as operadoras brasileiras registram lucros menores do que a média mundial e criticou a carga tributária imposta ao setor, que, segundo ele, elevam as tarifas cobradas. “A telefonia paga mais impostos do que cigarros e perfumes. A cada R$ 100 de serviços prestados, R$ 40 são impostos”, criticou.
O deputado Dimas Ramalho (PPS-SP) ironizou o quadro negativo apresentado pelo diretor da Telebrasil. “Se os preços efetivos são menores do que o da pesquisa, a carga tributária é alta e a margem de lucro é pequena, então quer dizer que a telefonia é um péssimo negócio?”, disse o parlamentar.
Ranking de reclamações
Para Amaury Martins de Oliva, o preço cobrado pelas operadoras deve ser avaliado em relação à qualidade do serviço prestado. Ele lembrou que as operadoras de telefonia celular estão no ranking das reclamações aos órgãos de defesa do consumidor.
“De uma forma geral, o serviço é caro e há uma quebra da expectativa do consumidor em relação ao serviço prometido pela operadora e aquele prestado”, criticou Amaury. Segundo ele, das dez empresas que estão no topo das reclamações aos órgãos de defesa do consumidor, quatro são operadoras de telefonia celular.
O diretor da Telebrasil afirmou que o número de reclamações é pequeno em relação ao número total de consumidores das operadoras, que é de 238 milhões, e enfatizou que as operadoras têm se esforçado para atender melhor os clientes. “Os números absolutos de reclamações são altos; analisados em proporção, esse número cai”, disse Levy.
O representante do DPDC, no entanto, disse que o órgão já comparou o número de reclamações das operadoras de celular e de empresas financeiras, como as operadoras de cartões de crédito, que tem número de clientes semelhantes. “O setor de telecomunicações é 85% mais reclamado do que o de finanças, que também tem uma quantidade enorme de consumidores. Com essas duas grandezas é possível comparar a qualidade da prestação dos serviços”, disse Amaury.
Este ponto é, em parte, sustentado por pesquisa da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que apontou o Brasil como o país que cobra a quarta tarifa de celular mais cara do mundo.
No entanto, representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e das operadoras de telefonia afirmaram que os preços do mercado são inferiores aos da pesquisa. O assunto foi discutido hoje em audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor.
Dados divergentes
Segundo o gerente-geral de Comunicações Terrestres da Superintendência de Serviços Privados da Anatel, Nelson Mitsuo, e o diretor da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), Eduardo Levy, a pesquisa foi baseada no valor dos planos básicos das operadoras, sem levar em consideração as promoções.
Segundo Levy, o valor do minuto efetivamente cobrado do consumidor é 30% menor do que o preço apontado pela UIT. Mitsuo ressaltou o serviço de telefonia pré-pago, que não foi tratado pela pesquisa da UIT. “O pré-pago é um telefone público de bolso, em que a pessoa pode fazer chamadas a cobrar ou pagar até cinco centavos pela ligação”, afirmou.
Eduardo Levy disse ainda que as operadoras brasileiras registram lucros menores do que a média mundial e criticou a carga tributária imposta ao setor, que, segundo ele, elevam as tarifas cobradas. “A telefonia paga mais impostos do que cigarros e perfumes. A cada R$ 100 de serviços prestados, R$ 40 são impostos”, criticou.
O deputado Dimas Ramalho (PPS-SP) ironizou o quadro negativo apresentado pelo diretor da Telebrasil. “Se os preços efetivos são menores do que o da pesquisa, a carga tributária é alta e a margem de lucro é pequena, então quer dizer que a telefonia é um péssimo negócio?”, disse o parlamentar.
Ranking de reclamações
Para Amaury Martins de Oliva, o preço cobrado pelas operadoras deve ser avaliado em relação à qualidade do serviço prestado. Ele lembrou que as operadoras de telefonia celular estão no ranking das reclamações aos órgãos de defesa do consumidor.
“De uma forma geral, o serviço é caro e há uma quebra da expectativa do consumidor em relação ao serviço prometido pela operadora e aquele prestado”, criticou Amaury. Segundo ele, das dez empresas que estão no topo das reclamações aos órgãos de defesa do consumidor, quatro são operadoras de telefonia celular.
O diretor da Telebrasil afirmou que o número de reclamações é pequeno em relação ao número total de consumidores das operadoras, que é de 238 milhões, e enfatizou que as operadoras têm se esforçado para atender melhor os clientes. “Os números absolutos de reclamações são altos; analisados em proporção, esse número cai”, disse Levy.
O representante do DPDC, no entanto, disse que o órgão já comparou o número de reclamações das operadoras de celular e de empresas financeiras, como as operadoras de cartões de crédito, que tem número de clientes semelhantes. “O setor de telecomunicações é 85% mais reclamado do que o de finanças, que também tem uma quantidade enorme de consumidores. Com essas duas grandezas é possível comparar a qualidade da prestação dos serviços”, disse Amaury.
terça-feira, maio 11, 2010
quinta-feira, maio 06, 2010
Futuro brilhante do Brasil está fora de alcance, diz 'Financial Times - da BBC Brasil
Problemas como o trânsito, as favelas, a precariedade dos aeroportos e estradas, e a deficiência no tratamento de água e esgoto estão atrapalhando o "futuro brilhante" do Brasil, segundo uma série de reportagens produzidas para um caderno especial sobre a infraestrutura nacional, publicado nesta quinta-feira pelo jornal britânico Financial Times.
"Os planos estão na mesa. A economia está crescendo. Os investidores estão fazendo fila... Mesmo assim, o novo futuro brilhante do Brasil parece ainda estar fora de alcance", diz o artigo que abre o caderno.
"O panorama para a infraestrutura (brasileira) é profundamente irregular", afirma o FT.
Como exemplo de problemas, o jornal cita a "assustadora" tarefa de se urbanizar favelas, evidenciada pelos recentes desabamentos no Rio; a melhoria "lenta" dos transportes públicos enquanto o país compra mais carros do que suas ruas comportam; a confusão sobre as responsabilidades de Federação, Estados e Prefeituras sobre o tratamento de água e esgoto; atrasos em projetos causados por "falhas de gerenciamento e o peso da burocracia"; e até "ideologias" entre o que deve ser privatizado ou mantido sob o controle do governo.
'PAC não é fracasso'
O FT destaca ainda que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007, enfatizou a importância dos gastos em infraestrutura para o desenvolvimento do país, "mesmo não tendo alcançado seus objetivos".
"Seria errado desqualificar o PAC como sendo um fracasso", diz o jornal. "Ele trouxe empregos, casas e uma vida melhor para muitas pessoas que vivem nas favelas. E colocou o investimento em infraestrutura de volta ao centro do cenário político." Em vários artigos separados, o FT examina a situação dos vários setores da infraestrutura, como habitação, eletricidade, energia, construção civil, bancos, agricultura e indústrias naval e siderúrgica, analisando obstáculos e avanços.
O diário também dedica uma reportagem à "dificuldade" que o Brasil está tendo para preparar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio, em 2016.
"Apesar da confiança depositada no país pelos organizadores dos dois maiores eventos esportivos do mundo, ainda há uma montanha íngrime a ser escalada em termos de colocar a infraestrutura - transportes, hotéis e estádios - em um alto nível internacional antes dos prazos de 2014 e 2016", afirma o FT.
"Os planos estão na mesa. A economia está crescendo. Os investidores estão fazendo fila... Mesmo assim, o novo futuro brilhante do Brasil parece ainda estar fora de alcance", diz o artigo que abre o caderno.
"O panorama para a infraestrutura (brasileira) é profundamente irregular", afirma o FT.
Como exemplo de problemas, o jornal cita a "assustadora" tarefa de se urbanizar favelas, evidenciada pelos recentes desabamentos no Rio; a melhoria "lenta" dos transportes públicos enquanto o país compra mais carros do que suas ruas comportam; a confusão sobre as responsabilidades de Federação, Estados e Prefeituras sobre o tratamento de água e esgoto; atrasos em projetos causados por "falhas de gerenciamento e o peso da burocracia"; e até "ideologias" entre o que deve ser privatizado ou mantido sob o controle do governo.
'PAC não é fracasso'
O FT destaca ainda que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007, enfatizou a importância dos gastos em infraestrutura para o desenvolvimento do país, "mesmo não tendo alcançado seus objetivos".
"Seria errado desqualificar o PAC como sendo um fracasso", diz o jornal. "Ele trouxe empregos, casas e uma vida melhor para muitas pessoas que vivem nas favelas. E colocou o investimento em infraestrutura de volta ao centro do cenário político." Em vários artigos separados, o FT examina a situação dos vários setores da infraestrutura, como habitação, eletricidade, energia, construção civil, bancos, agricultura e indústrias naval e siderúrgica, analisando obstáculos e avanços.
O diário também dedica uma reportagem à "dificuldade" que o Brasil está tendo para preparar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio, em 2016.
"Apesar da confiança depositada no país pelos organizadores dos dois maiores eventos esportivos do mundo, ainda há uma montanha íngrime a ser escalada em termos de colocar a infraestrutura - transportes, hotéis e estádios - em um alto nível internacional antes dos prazos de 2014 e 2016", afirma o FT.
quarta-feira, maio 05, 2010
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