Não me acostumo com a idéia de morrer que tem os gringos. Eles se matam por qualquer coisa, desejam morrer o tempo todo. Tem a máquina imperialista toda a seu dispôr, dólares que os levam para todos os cantos deste planeta, os levam para dar uma voltinha no espaço, os mais ricos e afortunados capitalistas, mas mesmo assim eles querem morrer! Fico feliz, mas muito feliz mesmo em ser brasileiro. Um tipo mestiço que tem uma genética privilegiada: a força, o sangue, a ciência. Procurei fazer uma pesquisa sobre mestiços pelo mundo todo e encontrei ontem um artigo francês que iluminava um assunto deveras crítico na razão humana: a discriminação racial na Rússia. Sabe-se que Stálin foi um executor mais cruel que Hitler e um perseguidor de minorias implacável escondido nas entranhas de ferro e fogo que esculpiram um gólem feioso, deformação total do que seria um ideal socialista, enfim criou uma utopia do medo. Hoje em dia o neonazismo surge do inferno sob a forma de ódio pelos mestiços, pelo estrangeiro, pelo diferente. Sempre a humanidade temeu a diferença. A globalização é a única resposta para a massificação total de tudo, do modo de vestir, falar, dos conteúdos dos livros, dos filmes mais famosos, dos tablóides ou do mais simples CLIP. O mundo odeia diferenças ou coisas diferentes. Pois bem. Sempre acreditei, aprendi na escola que ser caucasiano era ser branco, um sinônimo de descendência européia do norte, polonesa, russa, finlandesa, búlgara. Nada de francesa ou grega. O caucasiano é um tipo bárbaro dos tempos antes de Roma, do império latino, um fronteiriço da Ásia central e das divisas montanhosas da Europa oriental. O caucasiano é um mestiço hoje em dia, mestiço de todas as guerras que acontecem por lá desde os gregos e hoje são os perseguidos dos neonazistas. O caucasiano não é o branco que eu imaginava. É mestiço como NÓS TODOS BRASILEIROS! Fiquei aliviado com a notícia e dez vezes mais perplexo ainda com o conteúdo do artigo. Somos uns mestiços perseguidos por uma minoria, a maior minoria que existe na minha opinião. Uma minoria de gente que acha que não está sujeita à genética do sexo. Acha e de achismo estamos todos de saco cheio!
O gringo tem medo de morrer porque aterrorizou indiretamente tantos povos, tantas energias, tantas famílias, tantos lares e sociedades que está intrinsicamente ligado a tudo isso, à toda destruição promovida pela minoria capitalista escondida em códigos cifrados das bolsas de valores, das desinformações sobre isso ou petróleo ou aquilo pra que os mestiços, sim, não se unam, não enxerguem além do que está sendo a poeira de nossos globos oculares. O gringo acha que nós mataremos eles. Seja pela briga ou pela dominação do êxodo urbano mundial, pela acirrada disputa pelo trabalho mais tosco e vil que se possa fazer. O gringo enxerga a viedade, a maldade nas coisas e duvida de si e da bondade das empresas e das propagandas. Talvez por isso tema tanto o terrorismo. Aqui no Brasil o terrorismo vem de fora pra dentro. Temos medo é de ficar sem ter o que comemorar porque alegria de pobre é cachaça, festa, esquecimento. Mas é daí que saem os melhores poemas, as melhores melodias, os encontros mais inesperados... e você sentado aí querendo ser gringo ou caucasiano deve estar pensando "me fodi!". Pois é, você se fodeu! Você é mais um perseguido na Rússia e na casa do caralho, mas é feliz no Brasil. Viva a diferença. Viva o medo de morrer. VIVA!
Acho que o dólar da vontade de morrer.
terça-feira, setembro 26, 2006
sexta-feira, setembro 22, 2006
Aurora
Sabe-se lá porque o dia é dia e se chama dia. Pois a noite denota o escuro, o sombrio, mas se fosse dia desde sempre, desde antes do saber seria dia a noite e a noite poderia ser qualquer outra coisa. O sol despeja seu brilho, múltiplas linguas saboreando o vácuo e a imensidão do que se chama Espaço, outra grandeza esquecida e perdida na geometria das embalagens. O sol emana energia tamanha, sua explosão tão sem atrito fustigando os átomos macrocósmicos e os planetas, as divisões das órbitas e as estrelas, que irradia em cada poeira gigante uma característica intrínseca ao calor, ao fogo, ao agente transformador e que na Terra fez vapor, depois unicélulas, pluricélulas e depois, ao que tudo indica, deu-se à vida o primeiro sabor dela mesma. Bom dia!
segunda-feira, setembro 11, 2006
Amputechture - The Mars Volta álbum novo - Crítica
Por exercício mental me propus a fazer uma redação. E a próxima coisa que me motivou a tanto foi o disco, mais novo disco, da banda californiana The Mars Volta. Pelo novo, AMPUTECHTURE, uma construção musical com formas, sombras e cores bastante instigantes, amputações? Não saberia dizer o que isso significa, mas amp é bastante psicológico, deve fazer você querer arrancar ou querer desejo de ser arrancado de algum pensamento ou lugar comum. É um pouco isso que rola na primeira audição de Amputechture. Parece que tudo começou pra esta banda com a morte de Julio Venegas, eu não sou um fã. Mas só pelos timbres já vale muito a pena a audição das idéias particulares de Cedric Bixler Zavala (voz e letras) e de Omar Rodriguez-Lopez (guitarra e melodias, arranjos). A segunda faixa particularmente TETRAGRAMMATON impressiona pelo solo de bateria preciso, pela explosão de guitarras e na psicolelia que produz a poliritmia. É muito difícil entender alguma coisa de primeira, mas as melodias são teatrais, muito bem construídas e sugerem muita coisa boa, muitas referências de bom gosto e um tom King Diamond nos falsetes. Gosto muito dos sons das palavras que não entendo. Produzem ótimos efeitos, no entanto. A quarta música diz muito também, mas é difícil chegar até ela. Até lá serão longos mais de 28 minutos. Valerá a pena? Pra mim foi como andar no bosque de Marília, só que viajando na imaginação dos outros. O bom gosto, no entanto, e a vitamina que o The Mars Volta esconde é MECCAMPUTECHTURE. Fiquei emotivo e acho que isso deixou de ser crítico, no final. Para quem se interessar o link com a viagem deles é este aqui http://www.myspace.com/themarsvolta (deve ser provisório a execução na íntegra do álbum e gratuita) e das faixas posteriores, eu recomendo a sexta. Viscera Eyes.
Questão de classe
Estou bastante incomodado com o uso excessivo da palavra POBRE em tudo o que se relaciona à eleição. Estou cansado que os jornalistas examinem de seus escritórios, de seus notebooks, o que representa a palavra pobreza quando lida e relida diariamente. Causa repúdio. Um descenso, uma gota. De que adianta escrever sobre ela todos os dias, de conceituar o cotidiano do brasileiro, defini-lo simplesmente como, menos do que uma classe, julgar ser o pobre o inverso do rico. Isso é um insulto que vem da direita para a esquerda. Ficou tão sem conteúdo, tão futilizada a palavra pobre que, não só sendo o patrimônio, o último sopro de vida de Regina Casé, é a caravana do mais boy apresentador e poeta do BBB, Pedro Bial, o pobre virou a cara de quem mesmo?
Toda vez que penso em pobreza uma pessoa vai e mexe no meu lixo. Todo os dias é assim. Incomoda olhá-la lá buscando algo para vender. Algo que esteja misturado às fezes da minha gata, às fraldas do meu filho, às embalagens de papelão. Eu aviso, explico sobre toxoplasmose. Mas a pobreza, a verdadeira pobreza humana me responde, tudo bem, dotô, é o risco. É o risco mesmo, minha velha senhora, minha jovem mãe de três filhos todos subnutridos e sujos, meu bom senhor. Um dia desses um jovem como eu, assim como eu mesmo, me pediu dinheiro pra ir a APAE cuidar de seu filho recém nascido, assim como o meu filho, e eu tinha 5, 20, 50, mas não tinha 1 ou 2 reais. Bem, pensei no meu filho e imediatamente dei os 5 dizendo SUMA DAQUI QUE ME DÓI SABER QUE VOCÊ EXISTE, SENHOR. Ele foi embora sem me olhar nos olhos nenhuma vez. Sua voz cortava até papel... era muito triste ele ter que ir a APAE às 23h enquanto minha mulher dava de mamar ao nosso bebê que, de tão saudável, impressiona. Fiquei triste pela falta de sorte daquele jovem senhor, assim como eu. No outro dia tive que ir à rodoviária, ossos do meu ofício, e 2Km de distância da minha casa vejo uma enorme placa desbotada, devia estar ali a tempos, escrita em azul escuro APAE...
Por isso que quando eu leio sobre o pobre eu odeio o jornalismo. Está claro que ninguém tem propósito quanto a isso. Está na nossa cara. Está impresso como ferro quente em carne bovina no peito de todo mundo a vergonha que é ter de conviver com isso. Qual proposta seria melhor do que acabar de vez com o que nos incomoda? Quem está ganhando algo com a palavra POBRE estampada em camisetas, bonés, no blog do Josias. Eu não tenho salário, carteira assinada, previdência, seguro de saúde ou vida. Mesmo assim minha ex-empregada queria me processar depois de um mês de trabalho onde ela recusou todos os direitos de trabalho quando recusou ter sua carteira assinada. RECUSOU, pode? E não cumpria a única ordem que eu dei explicitamente à ela: o horário de saída. Isso é que é pobreza. Eu não me engano com o que estão dizendo por aí. Ouço e leio o que quero, penso o que quero e não digo pra ninguém se sou isso ou aquilo. Mas me incomoda o descaso. Se ser pobre é como fazer parte de uma classe, assim como tem sido reportado nos jornais por aí, ser rico virou uma grande miragem, uma classe que é uma miríade de confusões onde a felicidade pode ser a desonestidade ou a frustração porque a verdadeira riqueza é ter saúde, uma pessoa amada, filhos e rodeado de coisas boas, necessárias. Em Brasília tem mais gente rica e sofredora do que pobres infelizes, pode ter certeza. Eu sou de lá, mas sou feliz no interior de São Paulo. Sou um pobre jovem rico pai de família, sacou? Isso não é uma questão de classe, ser pobre ou rico, isso é uma questão de falta de classe, de delicadeza mesmo. Silêncio.
Toda vez que penso em pobreza uma pessoa vai e mexe no meu lixo. Todo os dias é assim. Incomoda olhá-la lá buscando algo para vender. Algo que esteja misturado às fezes da minha gata, às fraldas do meu filho, às embalagens de papelão. Eu aviso, explico sobre toxoplasmose. Mas a pobreza, a verdadeira pobreza humana me responde, tudo bem, dotô, é o risco. É o risco mesmo, minha velha senhora, minha jovem mãe de três filhos todos subnutridos e sujos, meu bom senhor. Um dia desses um jovem como eu, assim como eu mesmo, me pediu dinheiro pra ir a APAE cuidar de seu filho recém nascido, assim como o meu filho, e eu tinha 5, 20, 50, mas não tinha 1 ou 2 reais. Bem, pensei no meu filho e imediatamente dei os 5 dizendo SUMA DAQUI QUE ME DÓI SABER QUE VOCÊ EXISTE, SENHOR. Ele foi embora sem me olhar nos olhos nenhuma vez. Sua voz cortava até papel... era muito triste ele ter que ir a APAE às 23h enquanto minha mulher dava de mamar ao nosso bebê que, de tão saudável, impressiona. Fiquei triste pela falta de sorte daquele jovem senhor, assim como eu. No outro dia tive que ir à rodoviária, ossos do meu ofício, e 2Km de distância da minha casa vejo uma enorme placa desbotada, devia estar ali a tempos, escrita em azul escuro APAE...
Por isso que quando eu leio sobre o pobre eu odeio o jornalismo. Está claro que ninguém tem propósito quanto a isso. Está na nossa cara. Está impresso como ferro quente em carne bovina no peito de todo mundo a vergonha que é ter de conviver com isso. Qual proposta seria melhor do que acabar de vez com o que nos incomoda? Quem está ganhando algo com a palavra POBRE estampada em camisetas, bonés, no blog do Josias. Eu não tenho salário, carteira assinada, previdência, seguro de saúde ou vida. Mesmo assim minha ex-empregada queria me processar depois de um mês de trabalho onde ela recusou todos os direitos de trabalho quando recusou ter sua carteira assinada. RECUSOU, pode? E não cumpria a única ordem que eu dei explicitamente à ela: o horário de saída. Isso é que é pobreza. Eu não me engano com o que estão dizendo por aí. Ouço e leio o que quero, penso o que quero e não digo pra ninguém se sou isso ou aquilo. Mas me incomoda o descaso. Se ser pobre é como fazer parte de uma classe, assim como tem sido reportado nos jornais por aí, ser rico virou uma grande miragem, uma classe que é uma miríade de confusões onde a felicidade pode ser a desonestidade ou a frustração porque a verdadeira riqueza é ter saúde, uma pessoa amada, filhos e rodeado de coisas boas, necessárias. Em Brasília tem mais gente rica e sofredora do que pobres infelizes, pode ter certeza. Eu sou de lá, mas sou feliz no interior de São Paulo. Sou um pobre jovem rico pai de família, sacou? Isso não é uma questão de classe, ser pobre ou rico, isso é uma questão de falta de classe, de delicadeza mesmo. Silêncio.
domingo, setembro 10, 2006
Análise crítica
Minha mulher sempre me faz lembrar o que é mais importante. Seus apontamentos, conselhos, até seu silêncio ou olhar envezado, aquele olhar que me diz, bem, meu bem, melhora isso aí, troca a lâmpada, respire o ar seco e renovado de casa. Ajude, me inspira. Mesmo que isso me faça lembrar das dores nas costas, do peso que é a benção da saúde, do meu filho só querer ficar no nosso colo, não que estejamos mimando ele, o frio faz dor toda a impressão do meu filho. O que é o frio, diabos? ele sofre calado, eu tento ser mais maduro e, no colo, ele fica quente e seguro. O que me faz lembrar o motivo desta crítica. Porque está na cara que criticar virou uma tarefa do cotidiano, um prazer do submundo das conversas, dos chats, dos msns da vida. Críticas que não servem para nada, no final das contas, porque só dizem respeito ao indivíduo, a necessidade de sermos alguém materializado no sucesso de bens, de diplomas e viagens, alguém que venda a alma pro capeta mesmo e diga, vou bem, nem sei porque estou aqui trabalhando, minha saúde? o seguro cobre! af, Há existência da crítica até nos desabafos mais triviais. Tudo é voltado pra genialidade da pós-modernidade. Um grande e insípido NADA!
Mas a arte de criticar, esta em questão, talvez tenha existido no Brasil... em uma época em que eu nem era nascido. na época do meu avô, talvez. Não tenho causa pra me aprofundar na história da crítica pois nada estudei sobre ela. estou a escrever de coração e alma sangrando. A crítica é uma arte tão profunda quanto o seu objeto de investigação. Por isso a crítica tem fins de explorar o que mentes pouco treinadas, com percepções pessoais as vezes embaçadas pelo cansaço, pelo trabalho, pela Rede Globo; pela falta de carinho em existir no Brasil, penso, a crítica serve como um telescópio. Um excelente telescópio que não traduz o que investiga, normalmente ilustra e desenvolve paralelos contemporâneos ou explicita sonhos que se traduzem na imaginação ou vivência de quem criou o objeto de estudo, a obra de arte. percebo que neste meu parâmetro 90% do que se diz crítica é, na verdade, sensacionalismo, tablóide, especulação sobre a vida alheia, excesso de fama ou do que se pode chamar glamour sem glamour.
Tive a oportunidade de ler um pequeno livro chamado "Crítica da Razão Pura", de Immanuel Kant, um filósofo alemão. Sua obra aborda o que é a pedra filosofal da metafísica, o objeto de estudo sobre a natureza do que sentimos, conhecemos e sabemos, intuitivamente ou por impressão, talvez o reflexo do espelho do que seria a viagem no tempo e espaço. (As únicas constantes em nossa vida, exclusive.) Seu trabalho, nas palavras dele, é na verdade a análise crítica dos ideais empiristas máximos do século XVII, coisas de gente velha, de Descartes, Aristóteles, de Hüme, onde ele desperta do "sono dogmático" aos 53 anos de idade. Critica a filosofia da razão porque ele entende que espancar a macaca pode levá-la à morte. Busca abrir os horizontes do inexplicável para que, ao invés de Deus, se questione o potencial do que é interno e do que é percepção. A macaca é a essência da alma. por que bate o coração? por que temos dejavús? É possível a transcendentalidade material? São coisas que até hoje poluem a mente das pessoas e elas nem sequer se questionam o porque de suas vidas estar tão previsível, tão melancólica e chata. Imagina o alemão vivendo o iluminismo no meio de alienados? Eu imagino o Brasil hoje pior do que a Europa toda a 200 anos atrás em muitos sentidos, e sendo pessimista, concordo quando Caetano Veloso diz que existem canções demais.
Um viva ao experimentalismo, dóa a quem doer!!!
Para que a crítica tenha validade ela tem que, sobretudo, ter transparência. levantar pontos fortes e fracos, tirar do lugar comum o que é um paradigma ou desvendar um grande segredo. Mas do jeito que a crítica anti-profissional tem sido feita, principalmente porque enfoca justamente coisas não científicas, inumanas, fotografias, ela perde seu caráter fundamental. Abram os olhos para o que é crítica. Duvide de uma crítica. kant foi longe assim. Quem sabe?
Mas a arte de criticar, esta em questão, talvez tenha existido no Brasil... em uma época em que eu nem era nascido. na época do meu avô, talvez. Não tenho causa pra me aprofundar na história da crítica pois nada estudei sobre ela. estou a escrever de coração e alma sangrando. A crítica é uma arte tão profunda quanto o seu objeto de investigação. Por isso a crítica tem fins de explorar o que mentes pouco treinadas, com percepções pessoais as vezes embaçadas pelo cansaço, pelo trabalho, pela Rede Globo; pela falta de carinho em existir no Brasil, penso, a crítica serve como um telescópio. Um excelente telescópio que não traduz o que investiga, normalmente ilustra e desenvolve paralelos contemporâneos ou explicita sonhos que se traduzem na imaginação ou vivência de quem criou o objeto de estudo, a obra de arte. percebo que neste meu parâmetro 90% do que se diz crítica é, na verdade, sensacionalismo, tablóide, especulação sobre a vida alheia, excesso de fama ou do que se pode chamar glamour sem glamour.
Tive a oportunidade de ler um pequeno livro chamado "Crítica da Razão Pura", de Immanuel Kant, um filósofo alemão. Sua obra aborda o que é a pedra filosofal da metafísica, o objeto de estudo sobre a natureza do que sentimos, conhecemos e sabemos, intuitivamente ou por impressão, talvez o reflexo do espelho do que seria a viagem no tempo e espaço. (As únicas constantes em nossa vida, exclusive.) Seu trabalho, nas palavras dele, é na verdade a análise crítica dos ideais empiristas máximos do século XVII, coisas de gente velha, de Descartes, Aristóteles, de Hüme, onde ele desperta do "sono dogmático" aos 53 anos de idade. Critica a filosofia da razão porque ele entende que espancar a macaca pode levá-la à morte. Busca abrir os horizontes do inexplicável para que, ao invés de Deus, se questione o potencial do que é interno e do que é percepção. A macaca é a essência da alma. por que bate o coração? por que temos dejavús? É possível a transcendentalidade material? São coisas que até hoje poluem a mente das pessoas e elas nem sequer se questionam o porque de suas vidas estar tão previsível, tão melancólica e chata. Imagina o alemão vivendo o iluminismo no meio de alienados? Eu imagino o Brasil hoje pior do que a Europa toda a 200 anos atrás em muitos sentidos, e sendo pessimista, concordo quando Caetano Veloso diz que existem canções demais.
Um viva ao experimentalismo, dóa a quem doer!!!
Para que a crítica tenha validade ela tem que, sobretudo, ter transparência. levantar pontos fortes e fracos, tirar do lugar comum o que é um paradigma ou desvendar um grande segredo. Mas do jeito que a crítica anti-profissional tem sido feita, principalmente porque enfoca justamente coisas não científicas, inumanas, fotografias, ela perde seu caráter fundamental. Abram os olhos para o que é crítica. Duvide de uma crítica. kant foi longe assim. Quem sabe?
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