segunda-feira, novembro 29, 2010

WikiLeaks revela o que os EUA pensam dos líderes mundiais; veja - DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

Os diplomatas são conhecidos pelo tom politicamente correto de suas declarações públicas, mas documentos secretos americanos divulgados neste domingo pelo site WikiLeaks revelam o que os funcionários de Washington pensaram a portas fechadas. Os documentos diplomáticos secretos divulgados pelo WikiLeaks a vários jornais do mundo revelam descrições pouco amistosas de líderes mundiais.

Presidente da Argentina, Cristina Kirchner

O Departamento de Estado americano pediu à embaixada em Buenos Aires informações sobre "o estado de saúde mental" da presidente, segundo um dos documentos vazados, informa o jornal espanhol "El País".

Presidente da Venezuela, Hugo Chávez

Um vice-secretário americano, Philip Gordon, conta uma conversa que teve com um conselheiro do presidente francês, Jean-David Lévitte, na qual foi dito que Chávez está "louco" e que até mesmo o Brasil não podia apoiá-lo. Outro documento mostra que a diplomacia americana trabalhou para isolar o presidente venezuelano.

Primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi

Um importante diplomata o descreve como "irresponsável, vão e pouco eficaz como líder europeu moderno". Outro documento o descreve como "frágil física e politicamente", que não descansa apropriadamente por causa das festas que dá até altas horas da madrugada.

Presidente afegão, Hamid Karzai

Um documento o descreve como "extremadamente frágil" e passível de acreditar em teorias conspiratórias. Karzai mantém uma relação difícil com o presidente americano, Barack Obama.

Líder líbio, Muammar Gaddafi

Um texto diz que Gaddafi é "quase obsessivamente dependente de um pequeno núcleo de funcionários de confiança" e aparentemente não pode viajar se não estiver acompanhado de uma "voluptuosa" enfermeira ucraniana.

Acredita-se que Gaddafi tenha medo de voar sobre o mar e de pernoitar em andares altos de edifícios.

Presidente russo, Dimitri Medvedev

Apesar de ser oficialmente o chefe de Estado e chefiar o primeiro-ministro, Vladimir Putin, a embaixada americana em Moscou diz que Medvedev "é o Robin do Batman, Putin".

Presidente francês, Nicolas Sarkozy

A embaixada dos Estados Unidos em Paris acredita que o presidente é "suscetível e autoritário", destacando suas críticas a colaboradores.

Chanceler alemã, Angela Merkel

Um documento a considera "contrária à tomada de riscos e raramente criativa". Seu ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, teria uma "personalidade exuberante", mas pouco conhecimento de política externa.

quarta-feira, novembro 17, 2010

"Snoopy: Primeiro de Abril" integra coleção que comemora 60 anos do cão






Mulher dá falso aviso de bomba para evitar casamento de filha com marroquino

Uma russa que queria evitar a todo custo o casamento de sua filha com um cidadão marroquino foi presa por ter emitido um falso alarme de bomba em um voo com destino ao Marrocos, informou nesta quarta-feira o Ministério do Interior da Rússia.

A polícia do aeroporto moscovita de Domodedovo recebeu um telefonema anônimo de uma mulher que informou que sua filha era uma terrorista suicida e estava disposta a detonar uma bomba em um voo com destino ao Marrocos.

Agentes da polícia e soldados do serviço de segurança aérea investigaram a denúncia, mas não encontraram a suposta bomba, informou a agência russa RIA Novosti.

Segundo a polícia, a denunciante era uma mulher de 56 anos, residente em Yaroslavl, cidade a 250 quilômetros de Moscou.

"Sua filha estava apaixonada por um cidadão marroquino e tinha planos de casar e viver com ele. A mãe era contra a união com um estrangeiro", afirmou a porta-voz do Departamento de Transporte, Tatiana Agápova.

Animadoras motivaram reclamação de atleta do Iêmen

Ginastas chineses fazem gesto polêmico, durante premiação nos Jogos Asiáticos, na China

terça-feira, novembro 16, 2010

Drogas: defendidas com canhões e combatidas pelas leis - Joaquín Rábago

Londres, 16 nov (EFE).- O mundo das drogas é mesmo estranho: às vezes são defendidas por Estados a tiros de canhão e em outras ocasiões são combatidas pelo rigor das leis, como documenta uma exposição que acaba de ser inaugurada na capital britânica.

É conhecida a brutalidade utilizada pela Grã-Bretanha para proteger o comércio de ópio com o qual a East India Company pagava o chá, a seda, a porcelana e outras mercadorias que importava da China, no século XIX.

O ópio era ilegal no país e quando o comissário chinês do imperador decidiu requisitar todo o ópio importado da Índia pelos britânicos para atirá-lo ao mar, a Grã-Bretanha, em nome do livre comércio, atacou com canhões vários portos chineses e obrigou a China a assinar o Tratado de Nanquim (1842).

A partir desse momento, as plantações de ópio da Índia se transformaram em um dos ativos mais rentáveis do império britânico e o comércio com a China permitiu ao Reino Unido impor-se claramente sobre as potências comerciais rivais, como Espanha, Portugal e Holanda.

A exposição da Wellcome Collection, que ficará aberta ao público até 27 de fevereiro e que também conta com o lançamento de um livro, "High Society: Mind-Altering Drugs" (Alta Sociedade: Drogas que Alteram a Mente, em tradução livre), de Mike Jay, traz um olhar crítico e isento de moralismos sobre o mundo dos alucinógenos e entorpecentes.

O fenômeno, que de uma forma ou de outra atingiu todas as sociedades, é examinado historicamente pela exposição desde suas origens nas culturas mediterrâneas e do Oriente Médio até sua propagação por outras partes do mundo.

"High Society" (Alta Sociedade) - título que brinca com a palavra "high" (alto), que também pode significar "estar drogado" - parte da ideia que a alteração da consciência mediante a ingestão de determinadas substâncias, mesmo que hoje sejam lícitas, como o álcool, ou ilícitas, como a heroína, é um "impulso universal".

A partir dessa constatação, a exposição examina o uso de diferentes tipos de drogas em todo o planeta com propósitos recreativos, religiosos, medicinais ou sociais, em uma tentativa de demonstrar que as drogas não são um problema exclusivo da sociedade moderna.

A maioria das drogas que atualmente são consideradas ilícitas, como a maconha, a cocaína e a heroína, são derivadas de plantas que foram utilizadas como remédios durante milhares de anos.

O cannabis é uma planta encontrada originalmente na Ásia Central, mas já era conhecida dos antigos gregos, enquanto os exploradores espanhóis que chegaram à América foram testemunhas do consumo das folhas de coca pelos indígenas andinos.

As drogas foram e continuam sendo consumidas também para a interação social, explica a exposição, que dá como exemplos o uso que se faz de bebidas como a ayahuasca, produzida a partir de plantas alucinógenas e empregada nos rituais xamânicos dos tukano, da Amazônia colombiana, e o uso do peiote, um pequeno cacto rico em mescalina, pelo povo huichol, do México.

No final do século XIX, conforme as drogas ganharam potência, as pessoas começaram a tomar consciência de que é preciso controlá-las e as formas adotadas para este fim são distintas: educação, medicação ou a mais radical, a criminalização.

Esta última segue sendo aplicada a diversos narcóticos graças a uma convenção da ONU que não extinguiu o mercado ilegal, calculado por essa mesma organização em US$ 320 bilhões de lucro ao ano.

A exposição da Wellcome Collection reúne objetos e depoimentos de etnógrafos, cientistas, escritores e artistas relacionados com a história das drogas.

Entre esses nomes estão Sigmund Freud, que escreveu um panfleto sobre a coca, Albert Hofmann, o primeiro que descreveu a síntese do LSD e seus efeitos, Samuel Taylor Coleridge, autor de "Kubla Khan", poema escrito sob a influência do ópio, e Thomas de Quincey, autor das "Confissões de um Comedor de Ópio".

Também estão na exposição o poeta francês Charles Baudelaire ("Paraísos Artificiais"), seu compatriota Théophile Gautier ("O Clube dos Fumadores de Haxixe") e Henri Michaux, que pintou muitas vezes sob os efeitos da mescalina.

Orquestra Filarmônica de Brasília homenageia Semana da Consciência Negra

terça-feira, novembro 09, 2010

Cristiano Ronaldo back pass (Cristiano Ronaldo faz passe de costas)

Quadro de Andy Warhol é leilado por US$ 63 milhões

Fúria campeã do mundo e Mourinho ganham versão como 'caganers' - Por GLOBOESPORTE.COM

Os tradicionais bonecos "caganers", usados em festas de Natal na Catalunha, ganharam 51 novos personagens em 2010. Entre eles, a seleção espanhola campeã do mundo e o técnico José Mourinho, que assumiu o Real Madrid nesta temporada. Há ainda uma versão de Lionel Messi com o troféu da Bola de Ouro, que o craque do Barcelona recebeu por ter sido o melhor do mundo em 2009.
Os novos bonecos são vendidos pela empresa "caganer.com", que agora tem cerca de 200 personagens representados nas imagens de barro. Outra personalidade envolvida com futebol que ganhou um "caganer" neste ano é o presidente do Barcelona, Sandro Rosell.
O "caganer", ou "santo cagão", é sinônimo de fertilidade e simboliza a necessidade de fertilizar a terra para ter uma boa colheita no ano seguinte.



Abertura da Copa-2014 será no estádio do Corinthians - Por Tatiana Ramil

"A nossa vontade e a nossa certeza absoluta é que a abertura da Copa do Mundo será em São Paulo", afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador, Ricardo Teixeira, após reunião com o governador paulista, Alberto Goldman, e o prefeito da capital, Gilberto Kassab.

O projeto do estádio do Corinthians com capacidade ampliada de 48 mil para ao menos 65 mil lugares, a ser construído no bairro de Itaquera, agora será encaminhado para o comitê organizador da Copa, que analisará a proposta entre sete a 10 dias. A Fifa exige capacidade mínima de 65 mil lugares para o jogo de abertura do Mundial.

Apesar da declaração anunciando a abertura da Copa na arena corintiana, o próprio Teixeira afirmou em nota posteriormente que o local ainda precisa da aprovação da Fifa "para ser o estádio utilizado no jogo de abertura da competição, como sempre desejou o comitê organizador e a própria Fifa".

Em comunicado, o Corinthians informou que um pré-projeto do estádio com capacidade para 65 mil pessoas já está sendo analisando pelos "órgãos competentes locais e nacionais", e que somente após essa revisão "ele poderá ser definitivamente detalhado; e seus custos, e necessidades de financiamento, equacionados".

AMPLIAÇÃO DO ESTÁDIO

O estádio paulista para o Mundial era uma das maiores preocupações dos organizadores. O Morumbi, primeira escolha paulista, foi descartado pela Fifa depois que o São Paulo Futebol Clube, proprietário do estádio, não apresentou as garantias financeiras para as reformas necessárias para a Copa.

No final de agosto, após reunião entre autoridades paulistas e Teixeira, foi definido que o futuro estádio do Corinthians seria a sede dos jogos na maior cidade do país, porém somente nesta segunda-feira o governo de São Paulo oficializou essa escolha e enviará ao comitê organizador os detalhes do projeto.

O projeto inicial do Corinthians era para um estádio de 48 mil lugares ao custo de 335 milhões de reais a serem bancados pela construtora Odebrecht, que realizaria a obra em troca do direito de explorar o nome da arena.

O valor necessário para a ampliação do projeto ainda não foi definido, e os dirigentes do clube têm afirmado que não vão bancar o montante que será acrescido ao projeto.

O governador Goldman garantiu que dois terços das garantias financeiras já estão viabilizadas.

"O restante acreditamos que juntos encontraremos a saída para isso. O fato é que tudo que era preciso para chegar a esse ponto foi resolvido", disse Goldman, que voltou a descartar o uso de recursos públicos na obra.

Teixeira também não demonstrou preocupação a respeito das garantias financeiras. "O comitê irá trabalhar com os arquitetos do Corinthians para algumas eventuais alterações, e depois virão as garantias financeiras", afirmou o dirigente numa rápida entrevista no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.

No projeto inicial do clube paulista, a Odebrecht seria a responsável por apresentar as garantias ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para a liberação de um empréstimo. O BNDES dispõe de uma linha de crédito de até 400 milhões de reais para cada um dos 12 estádios que serão utilizados no Mundial.

A previsão do início da obras é para março do próximo ano e sua conclusão deverá ocorrer no último trimestre de 2013, "sempre sujeito à velocidade de aprovação do projeto", disse o Corinthians em nota. Com isso, o estádio ficaria fora da Copa das Confederações, em meados de 2013.



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segunda-feira, novembro 08, 2010

Engenheiros da Nasa queriam enviar humanoide à Lua - KENNETH CHANG DO "THE NEW YORK TIMES"


Com US$ 150 bilhões, a Nasa (agência espacial norte-americana) poderia ter enviado astronautas novamente à Lua. Mas o governo dos EUA julgou que era caro demais e, em setembro, o Congresso concordou em cancelar o programa.

Com uma fração desse valor --menos de US$ 200 milhões, além de aproximadamente US$ 250 milhões por um foguete--, engenheiros da Nasa no Centro Espacial Johnson, em Houston, afirmaram que podem enviar com segurança um robô humanoide à Lua e em menos de três anos.

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A ideia, conhecida como Projeto M, é quase um esforço de guerrilha dentro da Nasa, criado há um ano por Stephen J. Altemus, engenheiro-chefe do Centro Johnson. Ele conseguiu verbas excedentes, chamou engenheiros para trabalhar com ele em meio-período e barganhou com empresas e outras unidades da Nasa para se responsabilizar por planejamentos e testes preliminares. "Estamos conseguindo coisas impossíveis com muito pouco dinheiro", afirmou Altemus.

Um hábil robô humanoide --ao menos a metade superior-- já existe: o Robonaut 2. Desenvolvido pela Nasa e pela General Motors, foi colocado no ônibus espacial Discovery.

Com destino à ISS (sigla em inglês de Estação Espacial internacional), ele será o primeiro robô humanoide no espaço. Ele deve ajudar em obrigações "domésticas" na estação espacial, enquanto a Nasa aprende como astronautas e robôs trabalham juntos. No final, um Robonaut mais avançado deverá participar de operações no espaço.

O Projeto M também trabalha com outros projetos da Nasa que já estavam sendo conduzidos, incluindo motores de foguetes que queimam oxigênio líquido e metano --uma combinação de combustível barata e não-tóxica-- e um sistema automatizado de pouso que conseguiria evitar rochas, penhascos e outros perigos.

A integração das tecnologias em protótipos funcionais acelerou esse desenvolvimento. "Essa é a mágica", explicou Altemus. "Muitas vezes as tecnologias ficam cozinhando no laboratório, e ali existe um vale da morte onde elas nunca atingem a maturação esperada."

Os planejadores do Projeto M dizem que um robô caminhando na Lua capturaria a imaginação de estudantes, assim como os pousos lunares da Apollo inspiraram uma geração de cientistas e engenheiros há 40 anos.

"Imagino que isso vá acender algumas velas", disse Neil Milburn, vice-presidente da Armadillo Aerospace, uma pequena empresa texana trabalhando no Projeto M. Mas, conforme a atenção da Nasa se afasta da lua --"Já fomos lá, já fizemos isso", declarou o presidente Barack Obama em abril--, as possibilidades de enviar um robô para lá são no mínimo incertas.

O dilema a respeito do Projeto M condensa muitos dos contínuos debates sobre o futuro da agência espacial: o que a Nasa deve fazer quando não há dinheiro para tudo? Qual a melhor forma de incitar avanços em tecnologias espaciais? E, dados os custos e perigos, qual a real importância de enviar pessoas ao espaço?

"A parte delicada é se isso combina com a estrutura da agência para exploração", diz Altemus.

Um ano atrás, uma equipe de notáveis revisava o programa de voos espaciais tripulados da Nasa, em especial um ambicioso projeto chamado Constellation, que enviaria astronautas novamente à lua. Embora a Nasa tivesse gasto US$ 10 bilhões no Constellation, a maior parte do programa será cancelada quando o Congresso americano definir o orçamento para 2011.

Altemus ficou frustrado com as críticas da Nasa que surgiram durante a discussão do Constellation. "Sempre me senti como se nossa organização fosse uma Ferrari, e nós nunca podíamos dirigir pisando fundo no acelerador", disse ele. "Era como se estivéssemos sempre em marcha lenta."

O Projeto M surgiu de uma conversa com o filho à mesa da cozinha. Altemus queria algo que fosse instigante, mas não tão grande que exigisse anos de deliberações. A ideia surgiu em sua mente: um robô caminhando na Lua, um que pudesse enviar imagens em vídeo ao vivo, e fazer isso em cerca de mil dias.

"Eu disse 'vocês me apoiarão se eu colocar isso na organização? Não sei se conseguiremos fazê-lo. Não sei se conseguiremos a verba ou se isso será aprovado, vamos tentar'. E assim nós simplesmente começamos, e a coisa pegou como fogo", lembra.

Enviar um robô à Lua é muito mais fácil que enviar um ser humano. Para começar, um robô não precisa de oxigênio ou comida. E não existe viagem de volta.

O prazo de mil dias era arbitrário, explica o gerente do Projeto M, Matthew Ondler. "Isso cria uma sensação de urgência. A Nasa funciona melhor quando tem pouco tempo para descobrir as coisas. Se temos seis ou sete anos para pensar em algo, não somos tão bons. As administrações trocam e as prioridades do país mudam, e fica difícil manter as coisas rodando por tanto tempo."

Com a finalidade de auxiliar a educação científica, mil dias cabem facilmente nos quatro anos que um estudante passa na faculdade. Em comparação, mesmo se a Nasa cumprisse a meta definida por Obama de enviar astronautas a um asteroide até 2025, uma criança de sete anos já teria um diploma universitário.

Para conseguir as peças de que precisavam, Altemus e Ondler recorreram à permuta. A empresa Boston Power deu um protótipo de US$ 300 mil de uma avançada bateria de lítio, em troca de ajuda de engenharia em questões de gerenciamento de baterias.

"Era uma troca fácil, então fizemos muitos acordos como esse", disse Ondler.

A Armadillo forneceu um protótipo que havia construído para uma competição de módulos lunares, e a Nasa contribuiu com tecnologia de motores e acesso a instalações de testes.

A Nasa também pagou cerca de US$ 1 milhão à Armadillo, mas os tradicionais processos de desenvolvimento da agência teriam custado mais e levado mais tempo. Em seis meses, o módulo lunar voou 18 vezes com cabos e duas vezes em voo livre.

Nem todos os voos foram perfeitos, o que era o objetivo. "Não tem problema abrir um buraco no chão de vez em quando", disse Ondler. "Não tem problema vermos chamas saindo do lado errado do motor de vez em quando, contanto que estejamos aprendendo rapidamente, construindo e repetindo."

Ondler contou a história de um engenheiro que foi a uma loja de materiais de construção para comprar cerca de 80 dólares em materiais, para testar se o borrifo do combustível nos tanques poderia desestabilizar o módulo durante a descida. "A partir disso, fomos capazes de confirmar nossos modelos matemáticos e projetar o teste em escala natural", explicou ele, tudo em duas semanas.

O Projeto M passou por baixo do radar de todos da Nasa, incluindo seu administrador, o major general Charles F. Bolden Jr. Em fevereiro, em resposta a uma pergunta sobre projetos que a Nasa poderia empreender junto a outros países, Bolden citou um robô bípede que a agência espacial japonesa pretende enviar à lua até 2020.

"Se eu acho que consigo fazer isso?" disse Bolden. "Provavelmente não."

Naquela ocasião, a equipe do Projeto M estava esperando obter um sinal verde para iniciar em março, e realizar um pouso lunar robótico no final de 2012.

Apesar da sofisticação do projeto, as capacidades do robô seriam pequenas perto do que um humano poderia fazer na superfície da lua. O Projeto M foi concebido como uma demonstração de tecnologia, não uma missão científica.

Uma das principais tarefas pretendidas para o robô seria simplesmente levantar uma pedra e soltá-la, como parte de uma transmissão educacional para escolas. Os alunos poderiam fazer o mesmo e comparar a gravidade relativa da Terra.

O trabalho continua no Projeto M, com um custo de aproximadamente US$ 9 milhões até agora. A Armadillo está construindo um segundo protótipo de módulo, mas não há dinheiro para outros aspectos, como finalizar as pernas do Robonaut. A visão de Obama para a Nasa propunha um investimento de US$ 16 bilhões ao longo de cinco anos para tecnologias espaciais, mas o projeto de compromisso do congresso encaminha a maior parte da verba para um foguete pesado.

O projeto gerou interesse entre os gerentes da ISS, que é o motivo pelo qual o Robonaut está sendo enviado para lá. "Estou animado para ver como podemos evoluir a tecnologia no espaço e realmente ter um par de mãos e um robô humanoide na estação espacial", disse Altemus. "Isso é um grande passo para a agência".

Por enquanto, porém, os planos de enviar um deles ao espaço estão suspensos.

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sexta-feira, novembro 05, 2010

Sarney admite possibilidade de Congresso recriar CPMF - Agência Brasil

A defesa de alguns governadores eleitos e do próprio presidente do PSB e senador eleito, Eduardo Campos (PE), da volta da cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) repercutiu no Senado. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta sexta-feira (5) que apesar de a presidenta eleita, Dilma Rousseff, ter dito que não pensa em qualquer proposta neste sentido nada impede que o Congresso tome a iniciativa.

"Isso não impede que aqui dentro das casas do Congresso tenha a iniciativa parlamentar restaurando a CPMF", disse Sarney. Ele acrescentou que a primeira alteração neste sentido já foi apresentada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

O líder do Democratas, Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), por sua vez, ponderou que com uma oposição numericamente mais fraca em 2011, os parlamentares terão que "jogar pesado" para evitar que a iniciativa prospere. "Vamos trabalhar para segurar", acrescentou o parlamentar. A criação da Contribuição Social de Serviços (CSS), que tramita na Câmara, nada mais é do que a recriação da CPMF, destacou o democrata.

“Todos sabemos – e a própria presidenta eleita parece pensar o mesmo – (da necessidade) de uma reforma no sistema tributário nacional, que desonere a produção e prestação de bens e serviços e que fortaleça o pacto federativo. O Brasil não precisa de mais impostos”, ressaltou o líder do DEM.

O vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), qualificou de "escabro e escárnio" qualquer tentativa dos governadores ou da presidente eleita de levar adiante a ideia. Com a mesma avaliação do colega do DEM, de a oposição trabalhar com um bloco bem mais reduzido – no Senado, o número de parlamentares contrário ao governo cai de 33 para 22 – Dias afirmou que esses partidos terão que se desdobrar para conseguir uma dissidência na base governista que impeça o andamento da matéria.

Canadá investiga jovem que se disfarçou de idoso para embarcar em vôo

As autoridades do Canadá estão investigando um incidente no mínimo estranho que ocorreu no último dia 29 de outubro, em pleno voo AC018 da Air Canada. Um dos passageiros embarcou como um homem caucasiano idoso em Hong Kong, na China, e desembarcou em Vancouver como um jovem asiático de cerca de 20 anos.

Segundo um alerta obtido com exclusividade pela rede de TV CNN, as autoridades descrevem o incidente como "um caso inacreditável de ocultação". Tido como possível impostor, ele foi escoltado pela polícia de fronteira


O jovem alegou buscar proteção como refugiado, segundo o alerta. Ele ainda está detido, sob poder da polícia de fronteira canadense, que investiga o caso, e deve comparecer a uma audiência.

Ele embarcou como um senhor idoso e com documento de outro passageiro, um americano nascido em 1955. Ele teria usado um cartão Aeroplan, uma espécie de cartão de crédito para acumular milhas, para se identificar e embarcar. Durante o voo, teria tirado o disfarce no banheiro do avião.

Inicialmente, ainda segundo o documento obtido pela CNN, o passageiro alegou ter uma mala. Os tripulantes, contudo, encontraram ao menos outras duas malas que pertenceriam ao impostor. Uma delas continha roupas e a segunda um par de luvas. A terceira levava um kit de disfarce, com uma cabeça de silicone, uma espécie de máscara para o pescoço, um casaco de couro marrom, óculos e um cardigã.

quinta-feira, novembro 04, 2010

Motor Ferrari

Mecânicos da McLaren trabalham nos boxes

3D holograms enter the fourth dimension

Com hologramas, pesquisadores em tecnologia alcançam a quarta dimensão - JEFF HECHT DA NEW SCIENTIST

A holografia acaba de ganhar uma quarta dimensão. Segundo cientistas americanos, hologramas no estilo "Star Wars" agora são capazes de chegar ao mundo real.

Desde quando Emmett Leith e Juris Upatnieks criaram os primeiros hologramas com base em lasers em 1963, a holografia tem sido apontada como o futuro da imagem em terceira dimensão. Uma vez criado, um holograma pode ser iluminado para criar um padrão de ondas que replicam a luz refletida pelo objeto original, gerando uma imagem 3D sem a necessidade de óculos especiais.

Como tal, a holografia parece um meio ideal para a chamada "telepresença" tridimensional, como o famoso "holograma" da Princesa Leia no primeiro "Star Wars".

Durante a eleição presidencial de 2008, a cobertura da CNN usou o que parecia ser uma tecnologia holográfica, com o âncora Wolf Blitzer conversando cara a cara com sua correspondente virtual em 3D, Jessica Yellin --mas o efeito impressionante foi incluído por edição de imagens, não projetado ao vivo no próprio estúdio.

Por volta da noite das eleições de 2020, porém, a dupla pode ser capaz de realmente ter uma conversa cara a cara, de acordo com Nasser Peyghambarian, da Universidade do Arizona, em Tuscon (EUA). Com colegas e pesquisadores da Nitto Denko Technical Corpotation, em Oceanside, Califórnia, Peyghambarian desenvolveu um sistema capaz de produzir hologramas quase em tempo real.


Imagens plásticas

A chave para a criação do sistema foi um novo e complexo material plástico desenvolvido pelos pesquisadores cujo índice de refração muda quando atingido por lasers. Tais materiais têm sido estudados por anos, mas esse é o mais rápido e mais sensível entre os conhecidos até o momento, sendo capaz de gravar e exibir uma imagem holográfica diferente a cada dois segundos.

"Eles o elevaram a um novo nível de sensibilidade e área", diz Joe Perry, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta, que não se envolveu no trabalho.

Para demonstrar seu potencial para aplicações telepresenciais, Peyghambarian e sua equipe fotografaram um objeto de 16 ângulos diferentes com câmeras convencionais. Computadores, então, converteram as imagens para a forma necessária para a criação de hologramas, e enviaram a informação para um receptor a distância, usando o padrão Ethernet de comunicação. O receptor contém um laser que interpretava os dados para "escrever" cem linhas holográficas na peça de plástico de 10 cm² em um período de dois segundos. A seguir, LEDs vermelhos, verdes e azuis iluminavam o plástico, recriando o período, a direção e a amplitude das ondas luminosas refletidas no objeto original e formando uma réplica holográfica colorida em 3D.

De forma similar à de um DVD regravável, escrever um novo holograma sobre a superfície plástica apaga o anterior, o que permite aos pesquisadores criar vídeos holográficos, embora a uma "taxa de quadros", ou "frame rate", bastante baixa.

Ainda por vir

As imagens holográficas não são detalhadas, mas elas possuem grande profundidade. Entretanto, imagens maiores, com mais cores e maior resolução seriam necessárias para sistemas comerciais. Idealmente, seria preciso também o aumento do processamento de 0,5 frame por segundo (fps) para 30 fps para a telecomunicação, mas muitas potenciais aplicações em medicina ou na indústria da imagem poderiam usar as baixas taxas já alcançadas, segundo Peyghambarian.

Uma imagem como a da Princesa Leia "não é mais ficção científica, é algo que você pode fazer hoje", diz ele, em entrevista coletiva à imprensa. Entretanto, o pesquisador deixa claro que aplicações comerciais ainda levarão, pelo menos, entre sete e dez anos.