quinta-feira, julho 28, 2011
quarta-feira, julho 27, 2011
terça-feira, julho 26, 2011
Grãos de areia revelam mundo de cores e formas
Um cientista americano fotografa grãos de areia e amplia as imagens em mais de 250 vezes, revelando estruturas de formatos inusitados e cores vívidas.
''Cada grão de areia é único'', afirma Gary Greenberg, diretor do Laboratório de Microscopia e Microanálise do Instituto de Astronomia na Universidade do Havaí (EUA).
O especialista diz que os grãos trazem consigo histórias sobre a geologia, a biologia e a ecologia da região de onde se originam.
Para captar as imagens, ele utiliza microscópios especiais tridimensionais. Greenberg afirma que fotografar os grãos é uma tarefa complicada, já que os microscópios que ele utiliza têm pouca profundidade de campo, dificultando a obtenção do foco.
''Eu supero essa limitação fotografando uma série de imagens tomadas com focos distintos", afirma o professor.
"Para produzir uma imagem totalmente em foco, um programa de computador analisa cada imagem captada na série, seleciona as que estão bem focadas e descarta as outras''.
''Cada grão de areia é único'', afirma Gary Greenberg, diretor do Laboratório de Microscopia e Microanálise do Instituto de Astronomia na Universidade do Havaí (EUA).
Greenberg, que fotografa grãos de areia há dez anos, é originalmente fotógrafo e cineasta, mas mudou-se de Los Angeles para Londres nos anos 1970 com o objetivo de tornar-se doutor em pesquisa biomédica pela University College, na capital britânica.
| Gary Greenberg - clique na foto e veja galeria |
Para captar as imagens, ele utiliza microscópios especiais tridimensionais. Greenberg afirma que fotografar os grãos é uma tarefa complicada, já que os microscópios que ele utiliza têm pouca profundidade de campo, dificultando a obtenção do foco.
''Eu supero essa limitação fotografando uma série de imagens tomadas com focos distintos", afirma o professor.
"Para produzir uma imagem totalmente em foco, um programa de computador analisa cada imagem captada na série, seleciona as que estão bem focadas e descarta as outras''.
Físico de Hong Kong prova que viajar no tempo é impossível
Sabe aquela cena de viajar no tempo e no espaço? Ela ainda ficará restrita às histórias de ficção científica. Na vida real, um físico de Hong Kong provou que nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz --teoria formulada por Albert Einstein.
Posteriormente ficou provado que o fato era na verdade um fenômeno visual, mas os pesquisadores ainda defenderam que um único fóton poderia superar a velocidade da luz.
O professor assistente de física Du Shengwang, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, decidiu encerrar a discussão acadêmica e provar que as conclusões de Einstein estavam corretas medindo a velocidade de um único fóton.
"O estudo mostrou que um único fóton também obedece ao limite de velocidade como as ondas eletromagnéticas", disse ele.
"Ao provar que os fótons não podem viajar mais rápido do que a velocidade da luz, nossos resultados encerram o debate sobre a verdadeira velocidade de informação transportada por um único fóton", escreveu.
O estudo foi publicado na revista científica "Physical Review Letters".
| Chris Pizzello/AP |
Camoraboxe (Rodrigo Sirico)
Lembra do Camoranesi, aquele volante campeão mundial pela Itália em 2006, que jogou quase uma década pelo Juventus? Pois é, para quem não sabe, ele é argentino de nascimento e, desde o início do ano, defende o Lanús em seu país-natal. O time está em pré-temporada e, durante um jogo-treino contra o All Boys, Camoranesi saiu no tapa com o uruguaio Rodríguez, do time rival. Assista
Em tempo: Camoranesi completa 35 anos em outubro. Idade um tanto avançada para o destempero, não?
(Rodrigo Sirico)
Em tempo: Camoranesi completa 35 anos em outubro. Idade um tanto avançada para o destempero, não?
(Rodrigo Sirico)
Presidente da Petrobras diz que preço da gasolina pode aumentar
Segundo José Sérgio Gabrielli, produção de gasolina chegou ao limite no país. Ele admitiu ainda que país deverá importar gasolina.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse em entrevista ao Jornal da Globo, nesta segunda-feira (25), que a capacidade de produção de gasolina chegou ao limite no país, e que, com tanta demanda, o preço pode aumentar.Gabriellli afirmou que, com o aumento da venda de carros flex e a diminuição da produção de alcool, a solução, por enquanto, é importar gasolina. A capacidade de refino da Petrobrás, segundo ele, atingiu o limite. Entre os projetos da empresa está a construção de mais quatro refinarias, que começam a entrar em operação a partir do ano que vem.
“Chegamos a uma situação bastante diferenciada em 2010 e 2011, que é o aumento acelerado da demanda de gasolina. Com a crise do etanol e com a venda de carros flexiveis, flexfuel, que podem usar a gasolina e o etanol, houve um aumento grande da demanda de gasolina. Tivemos aumento de 19% da demanda de gasolina em 2010, que fez com que nossa capacidade de produção de gasolina chegasse ao limite. Nós estamos praticamente no limite das nossas refinarias hoje existentes para a produção de gasolina”, afirmou Gabrielli.
Aumento e importação
O presidente da Petrobras admite ainda que, com tanta demanda, pode aumentar o preço da gasolina, que está congelada desde 2009.
“Enquanto isso vamos trazer importação. Não tem dúvida. Nao vai faltar gasolina no Brasil. Nós provavelmente vamos precisar ajustar o preço doméstico. É um processo que depende essencialmente do comportamento do mercado internacional”, afirmou.
Plano de investimento
Gabrielli falou também sobre o plano de investimento da companhia. Segundo fontes do mercado, foram três tentativas de a empresa aprovar o plano de investimento, na última sexta-feira (22). Essa indecisão, que durou meses, ajudou a deixar os investidores inseguros e as ações da Petrobras continuaram caindo: cairam 14 % este ano e 34 % desde 2010.
O presidente da Petrobras diz que as ações da empresa já dão sinais de recuperação, e nega que houvesse uma expectativa de investimentos maiores.
No plano, pela primeira vez, a Petrobras pretende vender ativos ou participações acionárias em empresas para gerar um caixa de US$ 13,6 bilhões para o pagamento de dívidas.
“Temos três tipos de atuação basicamente. Uma primeira que é a busca de parceiros para atividades de exploração e produção no Brasil e no exterior. A segunda é buscar sócios para empresas que nós somos sócios, e, portanto, podermos ampliar a participação de outros sócios, reduzindo nossa participação nessas empresas. E o terceiro, como já disse, é a melhoria da gestão do nosso caixa.Nós podemos substituir padrões de garantia por recursos que não sejam monetários; podemos substituir tipos de titulos que temos aplicados, que são titulos de longo prazo por titulos que têm vencimento mais curto e sobra mais recurso no caixa para financiar o investimento”.
sábado, julho 23, 2011
Cantor de reggae lança álbum em tributo ao Nirvana em setembro
O cantor de reggae Little Roy irá lançar no início de setembro um álbum em tributo ao Nirvana. O disco irá se chamar "Battle For Seattle" e trará versões de 10 músicas da banda de Kurt Cobain.
O mês de setembro será marcado pela comemoração do aniversário de 20 anos de lançamento do álbum mais importante do Nirvana, "Nevermind".
Entre as músicas regravadas por Little Roy para o disco estão hits como "Come as You Are", "Lithium" e "Heart Shaped Box".
O cantor já divulgou uma amostra do novo trabalho. Ouça abaixo a sua versão para "Sliver", lançada pelo Nirvana em 1990.
O mês de setembro será marcado pela comemoração do aniversário de 20 anos de lançamento do álbum mais importante do Nirvana, "Nevermind".
Entre as músicas regravadas por Little Roy para o disco estão hits como "Come as You Are", "Lithium" e "Heart Shaped Box".
O cantor já divulgou uma amostra do novo trabalho. Ouça abaixo a sua versão para "Sliver", lançada pelo Nirvana em 1990.
sexta-feira, julho 22, 2011
As duas voltas mais espetaculares na história da Formula 1
Este video é um documento histórico, onde são filmadas duas voltas consideradas as melhores na história da Formula 1 até hoje. Os protagonistas são o francês René Arnoux no Renault amarelo, e Gilles Villeneuve na Ferrari vermelha.
A corrida foi na França em 1 de julho de 1979 no circuito de Dijon-Prenois, e o par de loucos estavam digladiando pelo segundo lugar. Além do show, essa corrida foi histórica, já que pela primeira vez foi vencida por um carro equipado com turbo (Jean Pierre Jabouille com o Renault) e isto marcou o futuro da F1 para sempre. Bons tempos em que a F1 dependia de braço e não somente de tecnologia.
terça-feira, julho 19, 2011
A última vitória de Fittipaldi na F1 - Lucas Berredo
O brasileiro conquistou seu segundo triunfo (o outro havia sido no Brasil) em uma temporada dominada pela Ferrari 312T de Niki Lauda que, com um seguro motor V12 e caixa de marchas transversal (incomum para a época), assegurou o título de pilotos com uma prova de antecipação. Naquele GP, Emerson subiria ao pódio ao lado de um brasileiro promissor, José Carlos Pace, e terminaria o campeonato em segundo lugar, a 19,5 pontos de Lauda. No ano seguinte, preferiu abraçar o complicado projeto nacional da Copersucar e nunca mais faria as pazes com a vitória.
Nos anos 60 e 70, o GP da Inglaterra revezava suas sedes entre Brands Hatch e Silverstone. Sede da prova em 1975, Silverstone apresentava para aquele ano uma chicane na Woodcote, uma medida adotada pelos organizadores para evitar acidentes similares ao que acabara, dois anos antes, com a carreira do italiano Andrea de Adamich. Aquela seria a primeira de várias modificações que transformaram o ultrarrápido Silverstone, cheio de retas, no que atualmente é um traçado mais técnico e travado.
Com uma nova chicane, era de se esperar que poucos seriam os acidentes naquela ocasião, mas o efeito foi contrário. A partir da 19ª volta, uma pesada chuva começou a cair no circuito. O primeiro a sair foi Clay Regazzoni, da Ferrari, ao bater na Club e danificar sua asa traseira. Depois o galês Tom Pryce, da Shadow, que liderava a prova, também colidiu na Club e abandonou o GP. A chuva parou, mas era apenas uma introdução do que estava por vir.
Àquele ponto, na linha de frente, sobraram Jody Scheckter, da Tyrrell, o brasileiro José Carlos Pace, da Brabham, Niki Lauda, da Ferrari, James Hunt, da Hesketh, e Emerson. Scheckter parou nos pits para mudar para pneus de chuva, enquanto o restante do pelotão continuou com pneus slick. O sul-africano ultrapassou a todos, seguido por Jean-Pierre Jarier, da Shadow, mas a pista secou novamente e Scheckter teve que, mais uma vez, parar nos pits.
Hunt assumiu a ponta na 42ª volta, mas seu motor começou a dar problemas e Fittipaldi, que ultrapassara Jarier e Pace, tomou a liderança. Aí os deuses do inesperado na F1 começaram a agir. Para a surpresa de todos, novamente o temporal voltou e Jarier foi o primeiro a rodar... na problemática Woodcote. Na volta 56, Pace, Scheckter, Hunt e outros cinco pilotos (incluindo Wilsinho Fittipaldi) rodaram na Club, enquanto Patrick Depailler, da Tyrrell, Mark Donohue, da Penske-March, e John Watson, da Surtees, bateram na Stowe (veja no vídeo abaixo).
Veio a bandeira vermelha e a corrida terminou 11 voltas antes do previsto. Emerson, que de última hora resolveu mudar para pneus de chuva, foi o vencedor. Pace pôde subir ao pódio, após a comissão do GP decidir que os resultados seriam contados pelo início da 56ª volta – para o desespero da Ferrari, que, ao término da corrida, teria Lauda no pódio.
Naquele dia, outro fato importante foi o anúncio de despedida do bicampeão inglês Graham Hill. Quatro meses depois, ele morreu em um acidente de avião.
GP da Inglaterra de 1975: resultado final
1º. Emerson Fittipaldi (BRA/McLaren-Ford), 1h22min05s0
2º. José Carlos Pace (BRA/Brabham-Ford), não completou
3º. Jody Scheckter (AFS/Tyrrell-Ford), não completou
4º. James Hunt (ING/Hesketh-Ford), não completou
5º. Mark Donohue (EUA/Penske March-Ford), não completou
6º. Vittorio Brambilla (ITA/Beta March-Ford), a 1 volta
7º. Jochen Mass (ALE/McLaren-Ford), não completou
8º. Niki Lauda (AUT/Ferrari), a 2 voltas
9º. Patrick Depailler (FRA/Tyrrell-Ford), não completou
10º. Alan Jones (AUS/Hill-Ford), a 2 voltas
11º. John Watson (IRN/Surtees-Ford), não completou
12º. Mario Andretti (EUA/Parnelli-Ford), a 2 voltas
13º. Clay Regazzoni (SUI/Ferrari), a 2 voltas
14º. Jean-Pierre Jarier (FRA/Shadow-Ford), não completou
15º. Tony Brise (ING/Hill-Ford), não completou
16º. Brian Henton (ING/Lotus-Ford), não completou
17º. John Nicholson (NZL/Lyncar-Ford), não completou
18º. Dave Morgan (ING/Surtees-Ford), não completou
19º. Wilsinho Fittipaldi (BRA/Copersucar-Ford), não completou
Não-classificados:
Hans-Joachim Stuck (ALE/Lavazza March-Ford), acidente
Jim Crawford (ESC/Lotus-Ford), acidente
Tom Pryce (GAL/Shadow-Ford), acidente
Lella Lombardi (ITA/Lavazza March-Ford), motor
Ronnie Peterson (SUE/Lotus-Ford), motor
Jacques Laffite (FRA/Williams-Ford), embreagem
Carlos Reutemann (ARG/Brabham-Ford), motor
Turquia é sede da Copa do Mundo de futebol para robôs
Robôs foram colocados à prova em Istambul, na Turquia, na RoboCup, ou Copa do Mundo de futebol de robôs, reunindo engenheiros de 40 países.
Cetin Mericli, um dos organizadores da Copa do Mundo de Robôs de 2011 conta que o evento reuniu 1,5 mil robôs que se enfrentaram em jogos de futebol.
"O torneio conta com times de robôs humanóides que têm pernas e braços, e robôs com rodinhas. Cada um enfrenta um problema diferente em campo em um ambiente muito dinâmico", disse.
O organizador afirma que cada um dos robôs jogadores muda de posição o tempo todo em campo. Ninguém fica sabendo antecipadamente as intenções do jogador rival, o que, em termos de robótica, é um problema muito difícil de resolver.
E todos os robôs são autônomos, ou seja, jogam com a própria inteligência. Os participantes programam o robô e simplemente soltam as máquinas em campo para participarem do jogo.
Thomas Rofer, vencedor na categoria de robôs de plataforma-padrão, disse que cada robô que projetou é um sistema autônomo, com um computador, câmeras, e outros sensores.
"O robô percebe o campo de futebol pela câmera, detectando as traves, as linhas de campo, os outros jogadores e a bola. Ele então constrói um modelo a partir do que percebeu e começa a jogar."
As regras da Copa do Mundo são inspiradas pelas regras da Fifa, mas, como os jogadores são máquinas, o regulamento foi adaptado. Por exemplo: os robôs que empurram demais recebem punições mais severas, já que as máquinas são mais frágeis do que os humanos.
Stephen McGill, do time vencedor na categoria humanóide, explica que os robôs têm uma webcam, como a de computadores comuns, que processa todas as cores que vê e determina onde estão as linhas e a bola.
"Eles estão conectados a uma rede wi-fi e se comunicam entre si. Como se um robô falasse para outro: estou mais perto da bola, vou chutar e você faz a defesa", afirmou.
A ideia é usar estes robôs cada vez mais para executarem tarefas que os humanos não querem fazer: tarefas perigosas demais ou sujas demais. Os robôs poderiam ser enviados a áreas onde existem escadas altas, ou áreas estreitas demais.
Os organizadores da Copa do Mundo de Robôs até já arriscam dizer que, daqui a dez anos, vão existir tantos robôs trabalhando, que as pessoas nem vão conseguir contá-los e eles vão começar a fazer parte de nossas vidas.
O punk da alta cozinha - Thomas Pappon
Outra coisa que o rock’n’roll e e a comida têm em comum: são assuntos muito bons, em qualquer mesa de bar – com a ressalva de que rock interessa bem mais em rodas masculinas.
Os paralelos não param por aí, e vou forçar a barra um pouco nessa última comparação, que, na verdade, é mais um “gancho” para falar de um novo fenômeno no mundo gastronômico: o avanço dos food trucks.
Food trucks são vans ou caminhões adaptados para venderem comida, grosso modo, restaurantes sobre rodas.
O conceito de uma kombi ou um trailler vendendo cachorro-quentes ou pastéis, por exemplo, não é novo, mas os food trucks são mais sofisticados.
São vans com griffe, de visual caprichado, que oferecem comida especializada de qualidade e cujo esquema de marketing dá inveja a vários restaurantes de nível, pois a imagem de um “evento sobre rodas” cai como uma luva para as mídias sociais.
O fenômeno se consolidou nos Estados Unidos, nos últimos dois ou três anos. Em 2009, a GQ americana já publicava uma lista dos 10 Best Food Trucks do país.
Todas as grandes cidades americanas têm suas food trucks mais queridas. Em outubro de 2010, Chicago realizava sua primeira cúpula de food trucks da região, que reuniu, em um estacionamento, vans como Flirty Cupcakes, The Southern Mac, Sweet Miss Giving’s, Tamali Space Churros, 5411 Empanadas, Hummingbird KItchen e gaztro-wagon (achei melhor não traduzir ou explicar) que vendem doces, hambúrgueres, comida mexicana, pastéis, frango frito ou churros “espaciais”.
A moda chegou a Londres no final do ano passado, quando a Street Kitchen, a van de Jun Tanaka, chef do Pearl e com várias participações em programas de TV, estacionou por algumas semanas em Covent Garden.
A Street Kitchen vende pratos servidos em caixinha de isopor, como por exemplo a salada de broad beans - um feijão verde grande, com beterraba, agrião e queijo Old Winchester ou o salmão grelhado com beterraba marinada, salada de couve-rábano (kohlrabi), batatas “ao murro” e ervas. A salada custa 5,5 libras (R$ 13,7), o salmão 6,5 (R$ 16,2).
Os preços são outro ponto de venda das food trucks. A clientela faz fila para comer em plena rua, de pé.
Jovens chefs em busca de independência estão caindo matando na ideia. É bem mais fácil vender numa van do que num restaurante, assim como é bem mais fácil promover o produto.
É aqui que retorno ao paralelo com o rock’n’roll. Os food trucks seguem a filosofia do “faça você mesmo”, são da turma que busca uma expressão e um caminho próprios para fazer e divulgar o que têm a oferecer, na marra e no muque.
Em suma, são o “punk da alta cozinha".
Criativos e empreendedores, esses jovens chefs apostam em vans estilosas, logos e designs bem bolados e sites transados. E eles tuítam. Divulgam quando e onde vão estar , numa constante comunicação direta com o freguês.
O trampo é duro. E ainda é preciso lidar com a legislação urbana, licenças, e eventuais multas de estacionar em local proibido.
O negócio é batalhar, abrir novas formas de levar sua arte ou produto ao público. Como os punks faziam.
Os paralelos não param por aí, e vou forçar a barra um pouco nessa última comparação, que, na verdade, é mais um “gancho” para falar de um novo fenômeno no mundo gastronômico: o avanço dos food trucks.
Food trucks são vans ou caminhões adaptados para venderem comida, grosso modo, restaurantes sobre rodas.
O conceito de uma kombi ou um trailler vendendo cachorro-quentes ou pastéis, por exemplo, não é novo, mas os food trucks são mais sofisticados.
São vans com griffe, de visual caprichado, que oferecem comida especializada de qualidade e cujo esquema de marketing dá inveja a vários restaurantes de nível, pois a imagem de um “evento sobre rodas” cai como uma luva para as mídias sociais.
O fenômeno se consolidou nos Estados Unidos, nos últimos dois ou três anos. Em 2009, a GQ americana já publicava uma lista dos 10 Best Food Trucks do país.
Todas as grandes cidades americanas têm suas food trucks mais queridas. Em outubro de 2010, Chicago realizava sua primeira cúpula de food trucks da região, que reuniu, em um estacionamento, vans como Flirty Cupcakes, The Southern Mac, Sweet Miss Giving’s, Tamali Space Churros, 5411 Empanadas, Hummingbird KItchen e gaztro-wagon (achei melhor não traduzir ou explicar) que vendem doces, hambúrgueres, comida mexicana, pastéis, frango frito ou churros “espaciais”.
A moda chegou a Londres no final do ano passado, quando a Street Kitchen, a van de Jun Tanaka, chef do Pearl e com várias participações em programas de TV, estacionou por algumas semanas em Covent Garden.
A Street Kitchen vende pratos servidos em caixinha de isopor, como por exemplo a salada de broad beans - um feijão verde grande, com beterraba, agrião e queijo Old Winchester ou o salmão grelhado com beterraba marinada, salada de couve-rábano (kohlrabi), batatas “ao murro” e ervas. A salada custa 5,5 libras (R$ 13,7), o salmão 6,5 (R$ 16,2).
Os preços são outro ponto de venda das food trucks. A clientela faz fila para comer em plena rua, de pé.
Jovens chefs em busca de independência estão caindo matando na ideia. É bem mais fácil vender numa van do que num restaurante, assim como é bem mais fácil promover o produto.
É aqui que retorno ao paralelo com o rock’n’roll. Os food trucks seguem a filosofia do “faça você mesmo”, são da turma que busca uma expressão e um caminho próprios para fazer e divulgar o que têm a oferecer, na marra e no muque.
Em suma, são o “punk da alta cozinha".
Criativos e empreendedores, esses jovens chefs apostam em vans estilosas, logos e designs bem bolados e sites transados. E eles tuítam. Divulgam quando e onde vão estar , numa constante comunicação direta com o freguês.
O trampo é duro. E ainda é preciso lidar com a legislação urbana, licenças, e eventuais multas de estacionar em local proibido.
O negócio é batalhar, abrir novas formas de levar sua arte ou produto ao público. Como os punks faziam.
segunda-feira, julho 18, 2011
quinta-feira, julho 14, 2011
Ativistas ucranianas tomam banho em novo protesto
| Ativistas feministas ucranianas protestam em chafariz de Kiev contra sucessivos cortes no fornecimento de água quente |
A escultura "Cloud Gate" (2006), do indiano-britânico Anish Kapoor, no parque Millennium (www.millenniumpark.org) de Chicago
Francês campeão mundial constrói casa dos sonhos para skatistas
Construção de 600 metros quadrados não tem quinas, apenas rampas
O brasileiro Bob Burnquist tem uma megarrampa em seu quintal, mas ficaria com inveja de Pierre-André Senizergues. Campeão mundial e hoje empresário, o francês construiu, em Malibu, na Califórnia, uma casa dos sonhos para qualquer skatista: não há quinas, somente rampas. Vai se mudar para lá em breve. Até o dia 7 de agosto, um protótipo está em exposição em Paris.| Protótipo da casa de Pierre-André Senizergues (Foto: reprodução Facebook) |
Na Skate Study House (SSH), um projeto de 600 metros quadrados, até os móveis e utensílios de cozinha são feitos de material de skate. E tudo com "consciência ambiental".
Dono de uma marca calçados de esportes de ação, Pierre, hoje com 48 anos, é fundador da Sole Technology. O projeto é executado pelo designer Gil Lebon Delapointe e pelo arquiteto Francois Perrin.
| Protótipo da casa de Pierre-André Senizergues (Foto: reprodução Facebook) |
Após restauração, "obra perdida" de Da Vinci é descoberta - France Presse
Pesquisadores descobriram mais uma obra de Leonardo da Vinci após uma minuciosa restauração. "Salvator Mundi", ou Salvador do Mundo, foi pintada por volta do ano de 1500.
Acreditava-se que havia sido executada por um aluno de Da Vinci, Giovanni Boltraffio, e foi vendida em 1958 por US$ 72.
Hoje, com a nova informação sobre a autoria da peça, ela está avaliada em US$ 192 milhões. A National Gallery, de Londres, afirmou que vai exibir a peça no segundo semestre deste ano.
Acreditava-se que havia sido executada por um aluno de Da Vinci, Giovanni Boltraffio, e foi vendida em 1958 por US$ 72.
Hoje, com a nova informação sobre a autoria da peça, ela está avaliada em US$ 192 milhões. A National Gallery, de Londres, afirmou que vai exibir a peça no segundo semestre deste ano.
| A obra "Salvator Mundi", ou Salvador do Mundo, pintada por volta de 1500 e agora atribuída a Leonardo da Vinci |
Vídeo flagra ciclista sendo agredido em Londres - BBC Brasil
Um vídeo de um homem agredindo um ciclista em Londres foi publicado na internet, na tentativa de se identificar o agressor.
O caso aconteceu em maio, mas até agora a polícia ainda não descobriu quem era o homem da imagem.
O ciclista Simon Page, 49, conta que estava andando junto com outros seis ciclistas em Bexley, no sul de Londres, quando seu grupo foi cortado por um carro.
O motorista parou e os passageiros desceram para xingar os ciclistas. Em seguida, eles voltaram para o veículo e atingiram de leve Simon ao sair dirigindo. Poucos metros depois, o motorista parou novamente e um dos passageiros agrediu Page.
A polícia afirma que o dono do carro não estava envolvido no incidente. Amigos de Simon Page que publicaram o vídeo esperam que usuários da internet possam ajudar a identificar o homem.
Historiador diz que só fim do euro salva a União Europeia - Vaguinaldo Marinheiro
O historiador Niall Ferguson, professor da Universidade de Harvard, nos EUA, sempre foi um crítico do uso de uma moeda única na União Europeia (UE).
Em 2000, após a adoção do euro, ele já previa que o moeda não duraria dez anos devido às diferenças fiscais entre os países.
Agora, afirma, a Europa precisa agir rápido: acabar com a união monetária para salvar a União Europeia.
Ferguson deu nesta quarta-feira uma palestra em Edimburgo (Escócia) dentro da TED, conferência sobre tecnologia, entretenimento e design que termina na quinta-feira.
Autor do livro "Civilization: The West and the Rest" (Civilização, o Ocidente e o Resto), falou sobre o declínio do Ocidente, após mais de 500 anos de domínio sobre o resto do mundo.
Depois, conversou com jornalistas sobre a crise econômica na Europa e nos Estados Unidos.
O que a Europa deve fazer para conter a crise da dívida?
Quando a Europa adotou o euro, eu já dizia que não iria funcionar, porque você não pode ter uma união econômica sem união fiscal. Em 2000, escrevi que a moeda não duraria mais de dez anos, porque as enormes diferenças entre os países causaria o colapso do sistema. É o que vemos agora.
A política de empréstimos não está revolvendo o problema. O que fazer?
Há duas opções para a Europa hoje, ou se transformar numa federação, como os Estados Unidos, ou abandonar essa ideia de moeda única. Mas não há vontade política para a federação. Estamos muito próximos de uma crise enorme. Os mercados já se voltaram para países como Itália e Espanha. Não faz sentido manter uma política de moeda única se você questionar a participação desses países.
Não é possível excluir países e salvar a moeda?
Eu acho que é preciso acabar com a moeda única para salvar a UE. Não há outra solução. A Grécia não vai ser competitiva com a mesma política monetária da Alemanha. Portugal também não. Há seis meses, ainda era possível manter o euro e excluir da união monetária um país ou outro. Mas essa solução foi sendo adiada e hoje não é mais uma opção.
Por que a Europa está demorando para tomar uma atitude mais drástica?
Porque as pessoas em Bruxelas (sede da UE) e em Frankfurt (sede do Banco Central Europeu) continuam a negar a realidade.
E o problema do déficit nos Estados Unidos?
Essa discussão sobre calote é estúpida. Entramos num território muito perigoso quando encontramos na mesma manchete de jornal os termos EUA e calote. Mesmo com o enorme problema fiscal dos EUA, não devemos falar de calote nesse momento. É incrível que os republicanos tenham ficado tão doutrinários que não queiram nem sequer discutir o fim de buracos no sistema tributário e nas despesas do país para reduzir o déficit. Para quem não tem um cérebro histérico, essa ideia de calote nos Estados Unidos é chocante.
Em 2000, após a adoção do euro, ele já previa que o moeda não duraria dez anos devido às diferenças fiscais entre os países.
Agora, afirma, a Europa precisa agir rápido: acabar com a união monetária para salvar a União Europeia.
Ferguson deu nesta quarta-feira uma palestra em Edimburgo (Escócia) dentro da TED, conferência sobre tecnologia, entretenimento e design que termina na quinta-feira.
Autor do livro "Civilization: The West and the Rest" (Civilização, o Ocidente e o Resto), falou sobre o declínio do Ocidente, após mais de 500 anos de domínio sobre o resto do mundo.
Depois, conversou com jornalistas sobre a crise econômica na Europa e nos Estados Unidos.
O que a Europa deve fazer para conter a crise da dívida?
Quando a Europa adotou o euro, eu já dizia que não iria funcionar, porque você não pode ter uma união econômica sem união fiscal. Em 2000, escrevi que a moeda não duraria mais de dez anos, porque as enormes diferenças entre os países causaria o colapso do sistema. É o que vemos agora.
A política de empréstimos não está revolvendo o problema. O que fazer?
Há duas opções para a Europa hoje, ou se transformar numa federação, como os Estados Unidos, ou abandonar essa ideia de moeda única. Mas não há vontade política para a federação. Estamos muito próximos de uma crise enorme. Os mercados já se voltaram para países como Itália e Espanha. Não faz sentido manter uma política de moeda única se você questionar a participação desses países.
Não é possível excluir países e salvar a moeda?
Eu acho que é preciso acabar com a moeda única para salvar a UE. Não há outra solução. A Grécia não vai ser competitiva com a mesma política monetária da Alemanha. Portugal também não. Há seis meses, ainda era possível manter o euro e excluir da união monetária um país ou outro. Mas essa solução foi sendo adiada e hoje não é mais uma opção.
Por que a Europa está demorando para tomar uma atitude mais drástica?
Porque as pessoas em Bruxelas (sede da UE) e em Frankfurt (sede do Banco Central Europeu) continuam a negar a realidade.
E o problema do déficit nos Estados Unidos?
Essa discussão sobre calote é estúpida. Entramos num território muito perigoso quando encontramos na mesma manchete de jornal os termos EUA e calote. Mesmo com o enorme problema fiscal dos EUA, não devemos falar de calote nesse momento. É incrível que os republicanos tenham ficado tão doutrinários que não queiram nem sequer discutir o fim de buracos no sistema tributário e nas despesas do país para reduzir o déficit. Para quem não tem um cérebro histérico, essa ideia de calote nos Estados Unidos é chocante.
quarta-feira, julho 13, 2011
Seu Jorge lança CD conceitual e elege educação como prioridade - Thales de Menezes
Seu Jorge é hoje o mais internacional dos artistas brasileiros. Faz mais shows no exterior do que no país, recebe um convite para cinema atrás do outro, canta com Ivete Sangalo em Nova York e com o U2 no Morumbi. Acaba de lançar o álbum "Músicas para Churrasco Vol. 1", início de uma trilogia. Como todos os seus CDs, terá mais resenhas na imprensa estrangeira do que por aqui. "Almaz", trabalho anterior, foi um disco sofisticado, feito com integrantes da Nação Zumbi e lançado primeiro fora do Brasil. Agora, com o novo álbum, deve retomar --e talvez aumentar-- a popularidade conquistada com seus hits, como "Mania de Peitão" e "Burguesinha". Aos 41 anos, Seu Jorge vê o Brasil com otimismo e insere a música --não só a dele-- num momento de redefinição da imagem do país.
Folha - Depois do "Almaz", quis voltar à canção popular?
Seu Jorge - Eu senti que existia uma demanda reprimida por um gênero específico, e esse gênero era eu.
Essa música negroide, despojada, popular, algo que já tinha acontecido com o "América Brasil", meu disco de 2007. "Burguesinha" e "Mina do Condomínio" se tornaram muito populares.
¦Inventei o nome "Músicas para Churrasco" e, então, criei uns personagens...
O nome veio antes?
Sim, depois as canções, em uns 30 dias. Foram surgindo esses personagens e fui amadurecendo as figuras.
Esse "Vol. 1" é para valer?
São três volumes, quero contar historinhas e evoluir os personagens numa trilogia. Tenho a ideia de fazer uma comédia depois dos discos. Não sei se exatamente um musical, mas uma comédia pontuada por canções.
Seu público está cada vez maior. Quem faz parte dele?
Tem de tudo, mas chegou uma nova classe C, um público ávido por coisas novas. Eu tenho muito contato com esse público e acredito que eles me acham muito semelhante a eles, como Alexandre Pires ou Exaltasamba.
A sensação que eu tenho é que, em algumas situações, a minha música é muito popular e, em outras, é bem sofisticada. Não sei bem o que é, mas eu estou muito feliz e confiante com a transição.
E a carreira no cinema?
Recebo muitos convites. Mas agora é um momento da música, levou um tempo para "repatriar" meus músicos.
Parei para "Tropa de Elite 2" e "Almaz", e eles tiveram que fazer outras coisas porque as contas chegam no fim do mês. Então é sacanagem reunir a turma só para gravar. Por um tempo, fiz uma opção clara pela música.
Você nunca pensou em morar em outro país?
Não, porque eu já entendo bastante de tristeza, vi muita lá fora. Não tenho agente por lá. Trato tudo daqui, com a minha Cafuné Produções.
Parte do público estrangeiro me conheceu como ator para depois ver que eu também fazia música. No Brasil, não há tanto essa cultura de artistas que se expressam em diferentes áreas.
Do que o Brasil precisa?
Há uma nova geografia de poder no mundo. Temos tudo para sentar na cadeira das decisões. Na arte, no esporte, não pode ser diferente.
Só precisamos de um trabalho melhor da gestão federal com o privado para gerir esse desenvolvimento. E a educação está no centro.
Aqui, jogador de futebol ficou lá no ensino fundamental e ganha cem mil por mês. Então, até o pai dele fala: "Estudar pra quê?". O cara ganha mais do que a árvore genealógica dele inteira.
Educação tem que ser discutida todo dia no jantar. Que nem novela. A gente não sabe tudo sobre os personagens? O interesse pela educação deveria ser nesse nível.
Folha - Depois do "Almaz", quis voltar à canção popular?
Seu Jorge - Eu senti que existia uma demanda reprimida por um gênero específico, e esse gênero era eu.
Essa música negroide, despojada, popular, algo que já tinha acontecido com o "América Brasil", meu disco de 2007. "Burguesinha" e "Mina do Condomínio" se tornaram muito populares.
¦Inventei o nome "Músicas para Churrasco" e, então, criei uns personagens...
O nome veio antes?
Sim, depois as canções, em uns 30 dias. Foram surgindo esses personagens e fui amadurecendo as figuras.
Esse "Vol. 1" é para valer?
São três volumes, quero contar historinhas e evoluir os personagens numa trilogia. Tenho a ideia de fazer uma comédia depois dos discos. Não sei se exatamente um musical, mas uma comédia pontuada por canções.
Seu público está cada vez maior. Quem faz parte dele?
Tem de tudo, mas chegou uma nova classe C, um público ávido por coisas novas. Eu tenho muito contato com esse público e acredito que eles me acham muito semelhante a eles, como Alexandre Pires ou Exaltasamba.
A sensação que eu tenho é que, em algumas situações, a minha música é muito popular e, em outras, é bem sofisticada. Não sei bem o que é, mas eu estou muito feliz e confiante com a transição.
E a carreira no cinema?
Recebo muitos convites. Mas agora é um momento da música, levou um tempo para "repatriar" meus músicos.
Parei para "Tropa de Elite 2" e "Almaz", e eles tiveram que fazer outras coisas porque as contas chegam no fim do mês. Então é sacanagem reunir a turma só para gravar. Por um tempo, fiz uma opção clara pela música.
Você nunca pensou em morar em outro país?
Não, porque eu já entendo bastante de tristeza, vi muita lá fora. Não tenho agente por lá. Trato tudo daqui, com a minha Cafuné Produções.
Parte do público estrangeiro me conheceu como ator para depois ver que eu também fazia música. No Brasil, não há tanto essa cultura de artistas que se expressam em diferentes áreas.
Do que o Brasil precisa?
Há uma nova geografia de poder no mundo. Temos tudo para sentar na cadeira das decisões. Na arte, no esporte, não pode ser diferente.
Só precisamos de um trabalho melhor da gestão federal com o privado para gerir esse desenvolvimento. E a educação está no centro.
Aqui, jogador de futebol ficou lá no ensino fundamental e ganha cem mil por mês. Então, até o pai dele fala: "Estudar pra quê?". O cara ganha mais do que a árvore genealógica dele inteira.
Educação tem que ser discutida todo dia no jantar. Que nem novela. A gente não sabe tudo sobre os personagens? O interesse pela educação deveria ser nesse nível.
domingo, julho 10, 2011
Fósseis achados no Uruguai podem invalidar teoria de povoamento da América
Recentes escavações que permitiram desenterrar e começar a pesquisar no Uruguai restos ósseos de animais com 29 mil anos de idade poderiam jogar por terra a teoria de que o povoamento da América aconteceu através do estreito de Bering há cerca de 12 mil anos.
Segundo um comunicado emitido neste sábado pela Presidência uruguaia, uma equipe de especialistas da Faculdade de Ciências da Unidade da República começou este ano a escavar uma região na qual há vários anos foi detectada a presença de fósseis de vários animais pré-históricos.
"Nesta primeira escavação descobrimos, no leito do arroio, milhares de ossos pertencentes a entre oito e dez gliptodontes, preguiças e um toxodonte em um só lugar, em um estado de conservação maravilhoso", assegura Richard Fariña, que lidera o grupo de paleontólogos.
Os trabalhos, que são realizados no Arroio Vizcaíno da localidade de Sauce, a cerca de 35 quilômetros a oeste de Montevidéu, são a continuidade dos primeiros trabalhos realizados na região em 1997, quando se descobriu pela primeira vez a existência dos fósseis, relata o boletim.
Os problemas econômicos impediram dar continuidade à pesquisa, apesar de que no ano de 2001 o paleontólogo espanhol Alfonso Arribas relatou a descoberta de marcas em um osso, concretamente uma clavícula, que poderia ser o resultado de cortes realizados com armas criadas pelos homens.
Fariñas argumenta agora que as marcas têm forma de "V", enquanto se tivessem sido causadas pelas garras de um animal teriam forma de "U" e assegura, além disso, que se encontraram na área fragmentos petrificados do que poderiam ter sido utensílios de fabricação humana.
A datação com testes de carbono 14 da clavícula que apresenta essa marca determinou que ela tem 29 mil anos.
"Se ficar demonstrado que as marcas nos ossos efetivamente foram provocadas por ferramentas humanas seria necessário renovar o paradigma existente, que estabelece que o povoamento americano aconteceu há 12 mil anos, do Norte para o Sul, pelo estreito de Bering", diz Fariña.
As autoridades do departamento de Canelones, onde fica Sauce, pretendem criar um museu paleontológico nessa cidade para expor o material colhido.
"Somos otimistas quanto aos resultados que possamos obter, mas serei prudente porque ainda não demonstramos fidedignamente a hipótese da presença humana na América há 29 mil anos", acrescentou o especialista.
Segundo um comunicado emitido neste sábado pela Presidência uruguaia, uma equipe de especialistas da Faculdade de Ciências da Unidade da República começou este ano a escavar uma região na qual há vários anos foi detectada a presença de fósseis de vários animais pré-históricos.
"Nesta primeira escavação descobrimos, no leito do arroio, milhares de ossos pertencentes a entre oito e dez gliptodontes, preguiças e um toxodonte em um só lugar, em um estado de conservação maravilhoso", assegura Richard Fariña, que lidera o grupo de paleontólogos.
Os trabalhos, que são realizados no Arroio Vizcaíno da localidade de Sauce, a cerca de 35 quilômetros a oeste de Montevidéu, são a continuidade dos primeiros trabalhos realizados na região em 1997, quando se descobriu pela primeira vez a existência dos fósseis, relata o boletim.
Os problemas econômicos impediram dar continuidade à pesquisa, apesar de que no ano de 2001 o paleontólogo espanhol Alfonso Arribas relatou a descoberta de marcas em um osso, concretamente uma clavícula, que poderia ser o resultado de cortes realizados com armas criadas pelos homens.
Fariñas argumenta agora que as marcas têm forma de "V", enquanto se tivessem sido causadas pelas garras de um animal teriam forma de "U" e assegura, além disso, que se encontraram na área fragmentos petrificados do que poderiam ter sido utensílios de fabricação humana.
A datação com testes de carbono 14 da clavícula que apresenta essa marca determinou que ela tem 29 mil anos.
"Se ficar demonstrado que as marcas nos ossos efetivamente foram provocadas por ferramentas humanas seria necessário renovar o paradigma existente, que estabelece que o povoamento americano aconteceu há 12 mil anos, do Norte para o Sul, pelo estreito de Bering", diz Fariña.
As autoridades do departamento de Canelones, onde fica Sauce, pretendem criar um museu paleontológico nessa cidade para expor o material colhido.
"Somos otimistas quanto aos resultados que possamos obter, mas serei prudente porque ainda não demonstramos fidedignamente a hipótese da presença humana na América há 29 mil anos", acrescentou o especialista.
sexta-feira, julho 08, 2011
STS 135: A última missão do ônibus espacial
Clique no link abaixo e acompanhe agora o lançamento do ônibus espacial Atlantis.
STS 135: A última missão do ônibus espacial
Luz do sol revela desenhos ocultos em Machu Picchu
Os construtores de Machu Picchu, no sudeste do Peru, deixaram ocultos desenhos de condores, alpacas e lhamas em sua estrutura que só podem ser vistos sob os raios do sol e em determinadas épocas do ano.
Há mais de 600 anos, os artífices da cidadela "foram guiados pelos astros, pelas montanhas e pelos rios" para escolher o local exato da construção do Machu Picchu, pois se tratava de um lugar "estratégico" para os incas, relata à agência de notícias Efe o pesquisador Zadir Milla.
De acordo com os vestígios encontrados em Machu Picchu, um dos principais usos do local era para o "culto à terra" porque, em seus mil metros de plataformas de estação, os incas desenvolveram um centro de pesquisa para o melhoramento de sementes e cultivos, afirma Milla.
Em segundo lugar, acrescentou o especialista, o santuário arqueológico era "um centro de peregrinação" onde se mostrava o Cosmos a uma elite, além de "um observatório astronômico".
"A cultura andina é cosmocêntrica, onde tudo faz parte de uma harmonia integrada e os seres constituem uma família", disse Milla, autor da pesquisa "O Código Secreto de Machu Picchu".
CONHECIMENTO DO UNIVERSO
O Machu Picchu foi uma escola para que seus governantes se preparassem para o conhecimento do Universo e a única forma de fazê-lo era vê-lo em movimento, entre as montanhas, nas diversas estações do ano e sob os astros.
"Nossos antepassados foram tão fora de série que criaram um espaço cuja imagem vai mudando no transcurso do ano", destacou.
Quando alguém vê a cidadela arqueológica do alto, pode observar que a montanha de Machu Picchu tem a forma de um condor com as asas abertas, ave que representa o Sol, o deus criador da vida e da fecundação.
Além disso, a parte alta do Huayna Picchu, outra montanha que rodeia o lugar, tem o formato de uma lhama olhando para o céu, que representa a terra.
"Há um lugar dentro da cidadela que chamam de prisões (porque parecem três celas de pedra), que se encontra sobre uma escultura de um condor levantando voo, e aos pés deste condor há uma mesa cerimonial de pedra que também reflete a mesma ave na altura do templo de Huiracocha", revela.
Estas imagens podem ser vistas sob a luz do sol ao meio-dia de 21 de junho, mas o templo de Huiracocha conta também com uma serpente, esculpida em pedra, que só pode ser vista claramente sob o sol a partir de 30 de outubro.
EQUINÓCIO
Mila relatou que há outro ambiente conhecido como olhos que choram ou como sala dos espelhos astronômicos, onde, através de uma janela, reflete-se a luz do equinócio nas datas de 23 de março, 21 de junho e 21 de setembro.
Segundo o pesquisador, cada região do Machu Picchu, formada por diferentes templos, era visitada em distintas épocas do ano e, por isso, revela imagens diversas em momentos diferentes.
"São espaços de interatividade para as pessoas", destacou.
O templo do sol, por exemplo, tem uma mesa cerimonial ao centro, que a cada 21 de junho recebe a luz solar por uma janela que cai sobre a cabeça de uma escultura de condor.
Milla alerta, no entanto, que a cidadela de Machu Picchu, que em 7 de julho terá atos de comemoração pelo centenário de seu "descobrimento" pelo explorador americano Hiram Bingham, perdeu desde 1976 uma de suas esculturas mais representativas que marcava o cruzamento de dois eixos muito importantes.
Segundo ele, a enorme peça foi removida da esplanada da cidadela para que o rei da Espanha Juan Carlos 1º aterrissasse em um helicóptero para visitar o Machu Picchu, mas nunca foi recolocada no lugar.
Há mais de 600 anos, os artífices da cidadela "foram guiados pelos astros, pelas montanhas e pelos rios" para escolher o local exato da construção do Machu Picchu, pois se tratava de um lugar "estratégico" para os incas, relata à agência de notícias Efe o pesquisador Zadir Milla.
De acordo com os vestígios encontrados em Machu Picchu, um dos principais usos do local era para o "culto à terra" porque, em seus mil metros de plataformas de estação, os incas desenvolveram um centro de pesquisa para o melhoramento de sementes e cultivos, afirma Milla.
Em segundo lugar, acrescentou o especialista, o santuário arqueológico era "um centro de peregrinação" onde se mostrava o Cosmos a uma elite, além de "um observatório astronômico".
"A cultura andina é cosmocêntrica, onde tudo faz parte de uma harmonia integrada e os seres constituem uma família", disse Milla, autor da pesquisa "O Código Secreto de Machu Picchu".
CONHECIMENTO DO UNIVERSO
O Machu Picchu foi uma escola para que seus governantes se preparassem para o conhecimento do Universo e a única forma de fazê-lo era vê-lo em movimento, entre as montanhas, nas diversas estações do ano e sob os astros.
"Nossos antepassados foram tão fora de série que criaram um espaço cuja imagem vai mudando no transcurso do ano", destacou.
Quando alguém vê a cidadela arqueológica do alto, pode observar que a montanha de Machu Picchu tem a forma de um condor com as asas abertas, ave que representa o Sol, o deus criador da vida e da fecundação.
Além disso, a parte alta do Huayna Picchu, outra montanha que rodeia o lugar, tem o formato de uma lhama olhando para o céu, que representa a terra.
"Há um lugar dentro da cidadela que chamam de prisões (porque parecem três celas de pedra), que se encontra sobre uma escultura de um condor levantando voo, e aos pés deste condor há uma mesa cerimonial de pedra que também reflete a mesma ave na altura do templo de Huiracocha", revela.
Estas imagens podem ser vistas sob a luz do sol ao meio-dia de 21 de junho, mas o templo de Huiracocha conta também com uma serpente, esculpida em pedra, que só pode ser vista claramente sob o sol a partir de 30 de outubro.
EQUINÓCIO
Mila relatou que há outro ambiente conhecido como olhos que choram ou como sala dos espelhos astronômicos, onde, através de uma janela, reflete-se a luz do equinócio nas datas de 23 de março, 21 de junho e 21 de setembro.
Segundo o pesquisador, cada região do Machu Picchu, formada por diferentes templos, era visitada em distintas épocas do ano e, por isso, revela imagens diversas em momentos diferentes.
"São espaços de interatividade para as pessoas", destacou.
O templo do sol, por exemplo, tem uma mesa cerimonial ao centro, que a cada 21 de junho recebe a luz solar por uma janela que cai sobre a cabeça de uma escultura de condor.
Milla alerta, no entanto, que a cidadela de Machu Picchu, que em 7 de julho terá atos de comemoração pelo centenário de seu "descobrimento" pelo explorador americano Hiram Bingham, perdeu desde 1976 uma de suas esculturas mais representativas que marcava o cruzamento de dois eixos muito importantes.
Segundo ele, a enorme peça foi removida da esplanada da cidadela para que o rei da Espanha Juan Carlos 1º aterrissasse em um helicóptero para visitar o Machu Picchu, mas nunca foi recolocada no lugar.
quinta-feira, julho 07, 2011
quarta-feira, julho 06, 2011
Investigações da CPI do Ecad começam em agosto - NÁDIA GUERLENDA CABRAL
Em reunião nesta terça-feira (5), senadores que participam da CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) do Ecad (Escritório Central de
Arrecadação e Distribuição) decidiram que começam em agosto as
audiências que pretendem investigar denúncias de que o órgão,
responsável por distribuir direitos de obras musicais a seus
compositores, fraudou pagamentos.
Nesse mês, até o recesso parlamentar, ainda estão previstas reuniões
administrativas da comissão. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ),
relator dos trabalhos da comissão, apresentou plano de trabalho para a
apuração de irregularidades que vai de 1º de agosto até a última
semana de outubro.
Lindbergh também adiantou alguns requerimentos que pretende fazer
durante a CPI, como a oitiva de Gloria Braga, presidente do Ecad, e a
convocação de Milton Coitinho dos Santos e de sua procuradora, Bárbara
de Mello Moreira.
O Ecad foi acusado de pagar R$ 127,8 mil a Coitinho, que assinava a
autoria de composições que seriam de outros autores. A Folha localizou
Coitinho em Bagé (RS). Ele é motorista de ônibus, afirma não tocar
"nem gaita" e nunca ter recebido a soma da entidade. Há, ainda, outras
denúncias de fraude, como a de 2004, em que R$ 1.140.198 de crédito
retido (dinheiro que deveria ser distribuído igualmente entre todos os
compositores) foi transformado em receita do escritório.
Os requerimentos feitos pelo senador Lindbergh serão analisados na
próxima reunião da CPI, terça-feira que vem.
FISCALIZAÇÃO
O presidente da CPI é o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que
defende um "modelo de gestão coletiva centralizada" de direitos
autorais no Brasil, diferente do atual. Perguntado sobre a possível
interferência dos diversos interessados na questão, o parlamentar
afirmou que "não vai se deixar intimidar". Segundo ele, integrantes do
Ecad chegaram a procurá-lo para pressionar contra a instalação da CPI.
Ele disse que é necessário que haja fiscalização pública sobre o Ecad.
"Para você ter uma ideia: de cada R$ 100 que são pagos para o Ecad,
apenas R$ 50 chegam ao autor e os outros R$ 50 ficam pela atividade
administrativa do órgão. É algo que não me parece proporcional",
afirmou o senador.
Segundo ele, de 136 países no mundo, 117 têm algum tipo de
fiscalização sobre os órgãos de arrecadação de direitos autorais. "Nós
fazemos companhia a países como o Congo, a Letônia", disse.
O Ministério da Cultura admitiu, no início de maio, a possibilidade de
falhas na gestão coletiva e a necessidade de supervisão do órgão pelo
Estado. O ministério deve entregar em breve proposta de reforma da Lei
de Direito Autoral ao Congresso.
(Comissão Parlamentar de Inquérito) do Ecad (Escritório Central de
Arrecadação e Distribuição) decidiram que começam em agosto as
audiências que pretendem investigar denúncias de que o órgão,
responsável por distribuir direitos de obras musicais a seus
compositores, fraudou pagamentos.
Nesse mês, até o recesso parlamentar, ainda estão previstas reuniões
administrativas da comissão. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ),
relator dos trabalhos da comissão, apresentou plano de trabalho para a
apuração de irregularidades que vai de 1º de agosto até a última
semana de outubro.
Lindbergh também adiantou alguns requerimentos que pretende fazer
durante a CPI, como a oitiva de Gloria Braga, presidente do Ecad, e a
convocação de Milton Coitinho dos Santos e de sua procuradora, Bárbara
de Mello Moreira.
O Ecad foi acusado de pagar R$ 127,8 mil a Coitinho, que assinava a
autoria de composições que seriam de outros autores. A Folha localizou
Coitinho em Bagé (RS). Ele é motorista de ônibus, afirma não tocar
"nem gaita" e nunca ter recebido a soma da entidade. Há, ainda, outras
denúncias de fraude, como a de 2004, em que R$ 1.140.198 de crédito
retido (dinheiro que deveria ser distribuído igualmente entre todos os
compositores) foi transformado em receita do escritório.
Os requerimentos feitos pelo senador Lindbergh serão analisados na
próxima reunião da CPI, terça-feira que vem.
FISCALIZAÇÃO
O presidente da CPI é o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que
defende um "modelo de gestão coletiva centralizada" de direitos
autorais no Brasil, diferente do atual. Perguntado sobre a possível
interferência dos diversos interessados na questão, o parlamentar
afirmou que "não vai se deixar intimidar". Segundo ele, integrantes do
Ecad chegaram a procurá-lo para pressionar contra a instalação da CPI.
Ele disse que é necessário que haja fiscalização pública sobre o Ecad.
"Para você ter uma ideia: de cada R$ 100 que são pagos para o Ecad,
apenas R$ 50 chegam ao autor e os outros R$ 50 ficam pela atividade
administrativa do órgão. É algo que não me parece proporcional",
afirmou o senador.
Segundo ele, de 136 países no mundo, 117 têm algum tipo de
fiscalização sobre os órgãos de arrecadação de direitos autorais. "Nós
fazemos companhia a países como o Congo, a Letônia", disse.
O Ministério da Cultura admitiu, no início de maio, a possibilidade de
falhas na gestão coletiva e a necessidade de supervisão do órgão pelo
Estado. O ministério deve entregar em breve proposta de reforma da Lei
de Direito Autoral ao Congresso.
segunda-feira, julho 04, 2011
Maquiagem infla gastos com saúde em R$ 12 bilhões
Estados maquiaram seus gastos com saúde pública em R$ 11,6 bilhões entre 2004 e 2008, informa reportagem de Daniela Lima eMariana Schreiber, publicada na edição desta segunda-feira da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Despesas com reformas de presídios, aposentadorias de funcionários públicos, obras de saneamento básico e financiamento habitacional foram apresentadas como investimentos em saúde, de acordo com o Ministério da Saúde.
O artifício foi usado para cumprir a emenda 29 da Constituição, que obriga os Estados a gastar 12% de suas receitas na área.
Minas Gerais é o campeão dos gastos inflados na lista. Dos R$ 2,7 bilhões que declarou ter gasto com saúde em 2008, R$ 835,4 milhões foram descartados pelo governo federal.
SE ME PERGUNTAREM, EU DIGO:
Quando alguém me diz que quer ser um bom exemplo pro meu filho, eu penso: vai ser bom exemplo pra si mesmo porque, do meu filho, cuido eu.
sexta-feira, julho 01, 2011
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