Descobri dados sobre a televisão que me deixaram preocupados. Pois a televisão é de fato digna de análise. Socialmente influente e formadora de opinião e público, a televisão é instigadora da visão e propaga imagens e tendências. Os dados foram obtidos através da T.V. Cultura em um programa chamado grandes cursos, da Universidade Anhembi Morumbi. A iniciativa do programa era defender que a televisão, do ponto de vista comercial, utiliza a imagem para vender seus fetiches e para o anunciante o investimento por milhões de espectadores é irrisório. Assim o custo de apresentar uma imagem fictícia da necessidade criada ou bem de consumo não durável para o consumidor de baixa e média renda tem como meta o lucro pois é baseada no salário mínimo, que não representa a renda média da população brasileira pelo caráter informal dos prestadores de serviço do país. Na minha opinião deve-se a isso o fato de pagarmos grandes quantidades de impostos sobre produtos e contas de banco: a defasagem na arrecadação média por habitante de impostos sobre sua hora de trabalho.
Em 2000, 30 segundos em horário nobre na rede Globo custavam R$139.000 aproximadamente. Dividido pelo número de espectadores, 25 milhões na época, dava uma quantia de 0,0055 centavos por habitante em investimentos diretos. O salário mínimo era de R$136,00 e a quantidade de dinheiro investida mensalmente por pessoa equivalia a R$160,00. O mesmo que pagar para ganhar no futuro, princípio do capitalismo e das políticas neo-liberais.
Hoje, concluo, deve-se gastar na mesma proporção em televisão, em imagem, em vendas. Mas a situação da população se mantém. Somos um país recheado de informalidades e com muitas arestas para apararmos. Trabalho, estuda e luta serão necessários para que as coisas mudem um pouco.