Eu fui chamado outro dia de bucólico pós-moderno. Não entendo o significado de nada que seja pós-moderno, até porque meu amigo mais poeta de hoje em dia sabe muito bem que a pós modernidade é apenas uma análise inferior da já atualizada hiper-modernidade, sociedade de consumo infinito que não tem parâmetros pessoais para saber se tem por necessidade ou por não mais diferenciar o necessário do que é supérfluo e neuroproduzido pela ignorância e desejo se perde nesse tempo.
Fui olhando por aí até que meu olho doeu. Como se eu visse meu retrato de 1994, atualizasse uns 15 quilos e depois colocasse ao lado a memória brasiliense do canal arte. Eu não tenho mais nada a perder senão um ou dois neurônios. O choque, eu sinto ele como um implulso elÉtrico em meus cabelos. É a minha inteligência e a minha consciência dizendo "use seus olhos para olhar fixamente um ponto qualquer que se reproduza no nada, um ponto de luz" e eu olharei meu filho. Coloquei a foto dele colada em meu peito para que todos os dias eu possa ficar com ele. Estou desperto neste sonho elétrico em vibrações ultravioleta e sonoridade ruidosa, minha mente cessa e não quero mais parar de não mais pensar e deixar de estar por aqui. Um sonho apenas se torna realidade quando deixa de ser apenas uma reflexão interior e passa a ser olhado por observadores críticos e impessoais. Mais um choque na cabeça e meus cabelos ficaram como arame farpado. Já basta de tantas lembranças. Meu amigo poeta diria que divaguei, mas tenho certeza de que no subliminar existe, com certeza, uma boa história de ódio entre amigos, uma inimizade extrema em tons negros e a saudade de não se importar com o que não tem solução. Enfim, eu não sou muito fácil e ninguém é, em suma. Silêncio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário