quinta-feira, abril 12, 2007

É melhor a gente crescer depressa enquanto depressa é o que nos resta!

Profético..."transe em mim... capital federal, ar seco rarefeito excelente para pensar..."
O Brasil já passou por uma catástrofe de morte e de guerra únicos no mundo. Milhões de índios cairam mortos, mais do que as centenas de milhares de japoneses que morreram com dois ataques atômicos, com a guerra biológica da colonização portuguesa e invasões estrangeiras no seio da natureza virgem do Eldorado, o ouro é o sol que nos ilumina todos os dias desde a Pangéia, e a herança nos castiga a todos; a herança está no semblante do jovem burguês ou no semplante do jovem operário: o cansaço nos pesa, ombros cansados das chibatadas que nunca nos açoitaram porque machucaram e feriram e mataram outras gerações de brasileiros e estrangeiros que aqui se miscigenaram com a natureza e com as caravelas e seu vento europeu.
A arte no Brasil morreu porque matou-se o que é o efeito da arte: quem aprecia, o apreciador de arte, que é o índio mais do que tudo e todos, depois o negro e depois o primitivo homem crô-magnon; o branco feudal e moderno jamais soube enxergar além do que pode se chamar de lixo cultural salvo exceções maravilhosas que romperam e rompem as ligas e tripas da massa encantadamente acomodada e sem cérebro.
Me permito dizer que o brasil só terá solução com descendentes e pais e educadores online pensando e vivendo felizes no brasil. Eu vivo de arte, mas muito longe me encontro dela em meu trabalho. É no meu estilo de vida que está toda a beleza. O céu azul, a terra vermelha, meu filho e minha mulher e eu criando vida o tempo todo, música no toca-discos ou na rádio e os badulaques chineses que emitem sons e reflexos... a guitarra que eu toco desligada para compor soa melhor do que 10 hendrixes juntos, quem dera eu pudesse ouví-lo tocar uma fender desplugada, quem dera... seria belo demais!
Arte... monitores quadrados, prédios quadrados, avenidas e linhas simétricas, o mousepad quadradinho, a impressora multifuncional é um retângulo... e onde está a beleza?
China - http://www.myspace.com/chinaina - expoente da música pernambucana sempre foi observado. Eu lembro do Sheik Tosado lançando disco antes do Maskavo e sabe, era como a minha vida faltando alguma coisa e o nonsense sem sentido parecia apenas imaginável nos livros beatniks ou na minha cabeça, era mais uma banda. Daí o vocal, China, some, se recompõe, faz a sua vida, tem sua arte pessoal online e pum, disponibiliza gratuitamente arte.
Devo muito de tudo à responsabilidade agarrada om dentes e dedos, à paternidade total, porque motiva o cérebro a ser e fazer o melhor em tudo o tempo todo em prol do que é bom, na vida não é preciso BBB, é preciso coragem para ser alguém pro seu filho e pro amigo do seu filho, que é filho de alguém que deveria ser tão bom e honesto como você ou eu. Nozes...
a guerra do brasileiro, se quiser ter artistas genuínos, deve ser menos voltada para a capitalização, ou seja, atingir meta financeira e deve ser educada, preparada para viver e agradecer por um país que tem tanta beleza de graça espalhada pelos seus cantos. Menos linhas e quadrados e deve ter mais curvas. Viva Gaudí!

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