quarta-feira, agosto 27, 2008

na rádio

Na rádio, a locutora Sandrinha proferia: ninguém dorme! Haviam dois violões e uma voz amaciando o som da noite em meio aos hits de S.O.J.A, Filosofia reggae, To Fly. E eu só pensava com meu Nylon Smile no que estava acontecendo dentro da minha cabeça.
Muita coisa, confesso que tinha horas que me dava vontade de tocar outra coisa, talvez uma daquelas referências musicais que acabamos dividindo com o público em uma determinada parte da entrevista. Fomos e somos bem tratados em todos os lugares que estamos. Isso me faz sentir como se "no quintal de alguma casa", pois meu nomadismo dinâmico já está adaptado a tantas idas e vindas em viagens semanais. Nomadismo dinâmico...
Com o violão no colo não fiz esforço algum. As canções que tocamos eu conheço a muito tempo. Mas minha cabeça estava em outro lugar. Tinha horas que dava vontade de tocar uma Bossa e contar uma história sobre ela, dizer porque o mundo precisa de gingas orgânicas tanto quanto das batidas eletrônicas de bom gosto, etc, tocar de novo e receber a opinião em tempo real do efeito disso no público. No fundo, essa parte é parte do meu sonho. O povo quer ouvir reggae e reggae é bom.
o clima da madrugada me deixa intrigado porque tenho por hábito dormir depois das 22hs mas não as 2hs da manhã. Me lembrei da época do estúdio ao vivo transamérica, do privilégio disponível entre 18 e 19hs de ouvir todos os dias as melhores, mais populares, promessas e intérpretes da jovem música feita no Brasil. Eu não era muito de ouvir o programa, eu tinha na cabeça a vontade de tocar lá. Fiz isso 3 vezes depois de alguns anos. Na madrugada, no entanto, você pode divagar ao vivo e dizer alguns palavrões, mesmo que isso não seja mais do meu feitio, ok, tudo liberado nas horas da noite noturna de Jundiaí. Música sem comercial é algo para os notívagos. Talvez eles sejam os arquitetos da música brasileira.

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