quando eu fico satisfeito me sinto estranho porque o meu caminho sempre foi essa necessidade de acabar com a insatisfação que eu sinto dentro de mim. daí eu estava na piscina rodeado de talentosos amigos e conhecidos e tudo me pareceu natural, meu filho já estava dormindo de barriga cheia e banho tomado, eu só não deixei o sono me vencer. na piscina alguém comentou algo sobre nietzsche, algo sobre a invalidade das soluções deste cara ou sobre o egocentrismo deste personagem, e eu não pude concordar com ele porque gosto muito do que li, do tipo de narrativa que ilustra a mente dos seres que se fundiram as minhas próprias convicções, até porque eu só li nietzsche com mais de 20 anos, eu sou mais influenciado por morrissey ou ginsberg inclusive, de que é preciso um grau de insatisfação nas conquistas para a superação do tipo de humanidade que fazemos parte, não uma vontade de ganhar dinheiro ou de fazer uma viagem mirabolante, uma humanidade que respira o mesmo ar da liberdade e que se iguala pelas diferenças, que se soma e alcança o ápice pela diversidade e pelo forte apelo à vontade de ser grande como gigantes na terra.
na piscina também teve o seguinte comentário: moisés é o homem que mais influenciou o mundo, depois jesus e depois aristóteles. também não pude concordar com essa afirmação. eu sou um átomo tão antigo como os átomos antigos dos tempos antidiluvianos, somos todos átomos de uma singular especialidade. somos átomos pensativos e nossos pensamentos não são palavras de fé apenas ou mandamentos ou diálogos. pra mim, o homem mais influente do mundo foi a primeira pessoa que amou sem ser bicho e, por isso, estamos todos aqui tentando ser uma família.
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