quinta-feira, julho 30, 2009
se me perguntarem, eu digo
Nada me deu uma sensação mais familiar nesta minha estadia em São Paulo do que a garoa que teimou em cair ontem o dia inteiro. A madrugada começou com uma chuvarada brava na verdade que amansou e virou uma bela garoa... uma garoa de gotas finas e intermitentes que eu não via cair desde minha infância, aqueles dias negros nos quais a metrópole paulistana ainda tinha indústrias dentro do perímetro urbano, indústrias que emitiam gases poluentes no ar muito antes do infortúnio da poluição emitida pelos automóveis de hoje, muita sujeira espalhada no ar mesmo. O mês de Julho registrou o maior volume de chuvas na cidade desde 1943 e isso me pareceu uma nota musical da natureza, estou aqui ela bradou, e tende a equilibrar o que os homens tendem a desequilibrar. Essa garoa era chuva ácida nos anos 80. Hoje limpa os céus paulistanos e evita que o ar seco se misture ao dióxido de carbono em excesso e nos mate à todos de intoxicação.
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