QUEM: Você declarou seu voto ao presidente Lula. E, ao mesmo tempo, é uma pessoa que sempre apoiou o movimento dos sem-terra (MST). Como está vendo o governo em relação à política agrícola?
LS: Acho que nosso governo realmente precisa atender melhor os movimentos, acho que há uma carência nesse atendimento, sim.
QUEM: Você ainda participa do MST?
LS: Já abraçava a causa, mas é claro que conhecer e ver de perto é bem diferente. Já tinha visto trabalho escravo, a realidade de pessoas em presídios, nas ruas, já tinha vivido esse caos urbano. Quando conheci o MST, vi que tinha muito a ver com o que pensava. Eu vejo solução quando a pobreza se organiza na forma de um movimento, de modo cidadão, para lutar por seus direitos. O que eu vejo é uma truculência do poder oficial. É truculento aceitar a existência de um Estado que mantém trabalho escravo através de políticos, de dirigentes, de pessoas que estão no Senado, no Congresso, que praticam isso.
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