sexta-feira, setembro 19, 2008

enrolado em lençóis

Há quem pense que atividade boêmia não combina mais comigo e eu estou aqui disposto à provar o contrário e, adiciono feliz esse comentário, estou quebrando as maiores barreiras psicológicas e sociais possíveis convivendo com gente que parece sempre estar enrolada em lençóis, mas que na verdade não passa de plebe. assim como eu. A boemia é para todos e posso incluir toda sorte de playboys, desajustados, meninas super produzidas, garçons, anônimos desgrenhados (eu), idiotas, prostitutas, manés e amigos de infância. Aquela salada de ninguém pega ninguém com muita bebida alcoólica de altíssimo valor agregado e dance música da pior qualidade com djs péssimos. Estamos aí, eu e a boemia, procurando um lábio para umidecer ou um colo quentinho pra cerrar os olhos, em busca daquele brinde com aquela menina, aquela piscadela de olho que resulta em uma motivação para os dois, quem piscou e quem retribuiu o piscar de olhos, ir em frente com otimismo. Não é fácil lidar com jovens na porra-seca ou velhos tarados. Inclusive um velho tarado tomou o maior sabão de uma mulher, muito bonita, que esculhambou a atitude daquele senhor, o senhor que tirou de todos os outros senhores a chance de dar uma xavecadinha naquela mulher porque ela parou, pirou, bebeu e não olhou mais pra ninguém. Acho que o velho tarado tentou beijar enfaticamente na força aquela mulher... que grosseiro.
Da minha parte, eu transbordo um tipo de paixão que me mete medo, me mete um fogo doido na parte de trás da cabeça, quase me envaidece mas é pouco... é como o nascer do sol na Islândia: é todo dia e dura muito tempo durante o verão. Depois vira aquele inverno rigoroso e escuro; é só lua e breu e estrelas lá no céu, é! Também me sinto enrolado nos lençóis da paixão, só que eu estou no formato múmia. Silêncio.

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